domingo, 12 de julho de 2009

Uruaçu - 78 anos... ‘A função da cidade’

Texto, sem adaptações, do jornalista Hélio Rocha, titular da coluna Memorandum, do jornal O Popular, de 23/05/09, também propício para essa época do ano, em que Uruaçu completa, na data de 4 de julho, 78 anos de emancipação político-administrativa:


Avenida Tocantins. Centro de Uruaçu, que chega aos 78 anos de existência

Lourenço Pereira Filho (Lourencinho), atual prefeito de Uruaçu

A função da cidade


Por maior que seja a globalização, é na cidade que vivemos e, portanto, temos de lutar muito pelo aperfeiçoamento da esfera municipal de administração. A valorização da esfera municipal de decisões é mencionada como fundamental pelo jornalista Villas-Bôas Corrêa. Lembra ele: “No mundo globalizado, continuaremos vivendo na cidade, no bairro, na rua, nas fazendas e nos sítios. Mas, pesando racionalmente, sintonizados com o mundo. Esse tipo de sociedade valoriza os serviços locais, seu conforto e segurança, a educação, a saúde e o lazer. Portanto, infla o município, responsável direto pelas escolas, pelo transporte, pelas estradas, pela recreação. E mingua o Estado, cedendo espaço à expansão do município. A representação parlamentar tende a ajustar-se à remontagem do Estado. As Câmaras de Vereadores, mais ágeis, reduzidas e equipadas, asseguram seu lugar no futuro, absolvendo atribuições e competência às assembléias estaduais”.

Abaixo, um recado editado com amor (Editorial do JC) focando questões ambientais. Serve para reflexões. Quem sabe, daqui outros 78 anos Uruaçu não esteja devastada devido agressões ao meio ambiente.

Meio ambiente é o suporte da vida

“Água que nasce na fonte serena do mundo / E que abre o profundo grotão. Água que faz inocente riacho e deságua / Na corrente do ribeirão.”

Guilherme Arantes


O corpo humano é um sistema complexo cuja expressão principal é chamada de vida. Para a vida existir, ter continuidade e evolução é necessário que exista água, e, a vida é proporcional à quantidade, qualidade da água existente: nos lugares onde existe menos água existe menos vida, e onde a água é de baixa qualidade a qualidade da vida também é baixa. A água é necessária tanto na forma de chuva para a produção de alimentos quanto para o funcionamento dos telefones celulares, pois as pessoas que os fabricam, fazem funcionar e os usam precisam de água para dessedentação e higiene corporal, doméstica. Sem água o planeta Terra seria um grande deserto sem vida.
A água entra nas casas na forma de água tratada e sai das casas na forma de esgoto com destino a fossas ou estações de tratamento. A água que sai será absorvida pela natureza que cuidará de reciclar a água: evaporação, condensação na forma de nuvens, chuva, nova captação, novo tratamento e novo uso. Nesse grande ciclo é preciso observar, com muita atenção, a importante tarefa de limpar a água para que possa ser usada pelos humanos, pois, quanto mais suja a água mais dinheiro será gasto em tratamento e mais alta será a conta mensal. Cuidar da limpeza dos lugares por onde a água circula, como os córregos e rios, e onde ela se acumula, como nas caixas d’água, poços e lagos, é garantir que as cidades possam ter uma água tratada mais barata e com maior garantia de abastecimento para o futuro. As águas parecem estar diminuindo nos lugares onde precisamos dela, mas isto não é culpa da natureza. As águas estão ficando mais sujas, mas isto não é culpa da natureza. Tudo é culpa da atividade humana, do pouco cuidado com esse elemento fundamental para a vida.
A culpa não é só daqueles que desmatam e impermeabilizam o solo. A culpa é também, e talvez culpa mais grave, daqueles que vivem nas cidades e jogam lixo no chão. Jogar lixo no chão é algo que pode ser compreendido como qualquer deposição de resíduo doméstico ou industrial na natureza, seja o papel de balinha jogado na rua, seja o resíduo industrial despejado diretamente no curso d’água. Esta culpa das pessoas é razoavelmente desculpável porque, quando crianças, não aprenderam na escola que devem cuidar da água para que seja mais limpa e mais abundante, e a culpa mais grave, então, pode ser da escola que está mais preocupada em garantir que a criança consiga passar num exame vestibular de faculdade do que garantir que tenha água limpa para viver. A culpa não é do governo porque governo nenhum dará conta de limpar o lixo que é jogado no chão. Por mais que o governo colete, varra as ruas e coloque lixeiras essas ações não podem ocorrer nas 24 horas do dia e, se pudessem, seriam tão caras que a cidade trabalharia só para poder pagar a limpeza.
Parar de jogar lixo no chão é atitude inteligente, seja inteligência da cabeça na forma de querer ter uma cidade mais limpa, seja a inteligência do bolso na forma de pagar menos pela limpeza. E mais do que isto a própria inteligência do desenvolvimento que tanto se quer ter, principalmente em Uruaçu, sede deste periódico e onde o turismo no lago Serra da Mesa, nos pontos de acesso mais próximos, está sendo comprometido pelo lixo jogado nas ruas da cidade e que é carreado pelas águas para o lago.
Os cidadãos de Uruaçu precisam decidir se querem ou não ter uma cidade limpa, córregos, rios, lago limpos, e se assim decidirem podem começar parando de jogar lixo no chão, gesto simples que as escolas podem ensinar e incentivar para que as crianças aprendam a cuidar do que lhes garantirá vida e saúde no futuro: um meio ambiente saudável.


Lago Serra da Mesa, em Uruaçu


Mais uma vista aprazível do lago Serra da Mesa, em Uruaçu


Nota da Redação: outras belas imagens do lago Serra da Mesa (fruto de trabalho especial do repórter-fotográfico Marcello Jr.), com a praia Generosa, em Uruaçu, podem ser apreciadas no site deste periódico (www.jotacidade.com), link EVENTOS. Acesse e recomende ao mundo, por favor!

Uruaçu 11/07/09 - (Jota Marcelo, Márcia Cristina e Marcello Jr. -
JC On-line)

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