segunda-feira, 30 de agosto de 2010

OPINIÃO - Editorial

Economia: GO pode crescer mais...

...E crescer por igual. Alertar e incentivar sobre a necessidade de que seja praticado desenvolvimento regional em Goiás mais justo sempre foi pauta do JC, que desde sua edição número 1 circula em uma gama de cidades e está em sintonia permanente com as mesmas. Pregar isso é uma das bandeiras deste veículo de comunicação, que inclusive apresentou oficial e publicamente anos atrás sua preocupação junto ao Governo de Goiás, através da Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento do Estado de Goiás (Seplan).
Com desenvolvimento regional por igual - e é preciso valorizar, praticar mais investimentos nas regiões Nordeste/Norte -, número maior de cidades tem oportunidade de crescer e obter ganhos significantes.
Forte e mostrando imagem real positiva, com o seu potencial Goiás deve centrar atenção em crescimento acima da média, sem se sentir satisfeito com o jargão nóis é jeca mais é joia.
Estudo de grande consistência técnica capaz de nortear políticas públicas de desenvolvimento e atrair projetos de empreendedores da iniciativa privada, pois identifica os polos mais dinâmicos no Estado, o Ranking dos Municípios Goiás, elaborado pela administração estadual, é fruto de trabalho que exige avaliações minuciosas de dados estatísticos, informações socioeconômicas, análises aprofundadas da realidade dos 246 Municípios da Federação. O documento aponta fielmente a competitividade dessas localidades e, como a ideia é desencadear concorrência positiva entre os Municípios, contribuindo para com a atração de novos investimentos para o Estado, o Governo de Goiás teria, sim, que praticar isso sem cessar. Desenvolvimento regional por igual é primordial.
Se Goiás é destaque, com oscilações, entre os Estados mais competitivos do Brasil, o seu Produto Interno Bruto (PIB) global resulta da força de cada um dos Municípios (os avanços têm raízes na economia de cada região), motivo a mais pelo qual o Governo de Goiás ontem, hoje e amanhã deve investir nas conquistas da municipalidade, ao mesmo tempo em que jamais deve se apropriar de recursos dos Municípios.
Em se tratando da economia dos Municípios goianos, fica a certeza: toda cidade, tanto a capital Goiânia, como as 245 localidades interioranas, apresentam resultados positivos. E resultados que podiam ser melhores, com índices superiores, crescentes.
Quando mais um processo eleitoral indicará o novo governador de Goiás, fica a dica para que a gestão estadual invista em desenvolvimento regional. Reduzir as desigualdades regionais no Estado é questão de urgência.
Iniciativas, como estabelecer, praticar metas de investimentos para as regiões com justiça maior seria interessante. Que, ao receber protocolos de intenções de investimentos, o Governo de Goiás possa lembrar das regiões por igual. Outro fator muito importante seria o próximo governador chamar para integrar cargos do primeiro escalão, em órgãos estratégicos, personalidades que se identificam verdadeiramente com as localidades e as questões destacadas aqui. Mas personalidades que tenham condições (estrutura) para trabalhar. E se for apenas para garantir salário, de nada adianta.
Goiás tem como crescer mais. Justiça seja feita, que tal crescimento surja com a valorização por igual do desenvolvimento regional.

Postado em agosto/2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

OPINIÃO - Artigo

Campanha na internet veio para ficar

Marconi Perillo

Vejo que, depois da campanha de Barack Obama nos Estados Unidos, as redes sociais passaram a ser instrumentos efetivos de comunicação política. No Brasil e, particularmente, em Goiás, a onda das redes sociais chegou com muita força e, na nossa campanha, permitiu a ampliação do debate político e a interação com a sociedade.
No nosso dia a dia, multiplicamos contatos e veiculamos ideias e imagens no Twitter, Facebook, Orkut, Likendin, Youtube, Flickr, Formspring, Slideshare e nas demais mídias sociais. A coligação PSDB/DEM e partidos em Goiás fazem uma das campanhas políticas mais avançadas no âmbito da internet. Somos citados frequentememte na imprensa nacional.
A nossa equipe trabalha 24 horas por dia e é muito competente. Fomos pioneiros, por exemplo, na criação de um canal digital de TV, a TV Marconi, com transmissões ao vivo dos nossos eventos de campanha. Implementamos também no nosso site (www.marconiperillo.com.br) outra novidade: o noticiário em tempo real, atualizado praticamente minuto a minuto.
Planejamos com antecedência a nossa inserção nas redes sociais. Começamos com o Twitter (@marconiperillo), que faço questão de atualizar pessoalmente todos os dias, trocando ideias com um número crescente de seguidores, que hoje alcança a casa de 16 mil.
Em seguida, ampliamos nossa participação para as demais mídias. A nossa equipe digital conta com profissionais de diversas áreas, entre jornalistas, redatores, programadores, apresentadores, editores de texto, editores de imagem, fotógrafos e cinegrafistas. Foi uma aposta que fizemos e até agora os resultados que temos colhido são excelentes. A comunicação digital da campanha é muito ativa e vigorosa.
Pela avaliação que temos, estamos em grande vantagem nas redes sociais em relação às campanhas adversárias. É o que dizem as métricas pelas quais monitoramos nosso trabalho e também os levantamentos que são publicados pela imprensa local. Isso pode ser explicado pelo planejamento que fizemos e também pela prioridade que conferimos a esse projeto de comunicação digital.
Não vejo pontos negativos na utilização das mídias sociais. Inclusive, já consta de nosso plano de governo uma proposta de abrir a administração estadual para as redes sociais, especialmente para ampliar a interação com a sociedade, melhorar a qualidade dos serviços e aumentar a transparência das ações públicas, abrindo um canal direto de comunicação com o cidadão, que batizamos de ouvidoria digital.
Definitivamente, as redes sociais vieram para ficar nas campanhas eleitorais e na vida da sociedade, como instrumentos de democratização e participação popular.

Marconi Perillo (PSDB) reside em Goiânia-GO e é senador por Goiás. Postado em 26/08/10

Mensagem - 'Muquém/2010'


Postado em agosto/2010

Mensagem - 'Muquém/2010'


Postado em agosto/2010

sábado, 21 de agosto de 2010

Uruaçu: João da Saúde sofre AVC


João da Saúde: uma gama de ajudas para terceiros

Morador de Uruaçu, onde atuou como vereador (2005-2008), João Aparecido de Souza (João da Saúde) foi vítima de acidente vascular cerebral (AVC). Foram dois ou três derrames sofridos, com a família ficando desesperada. As sequelas: perdeu a movimentação da parte direita do corpo; se locomove apenas em cadeira de rodas; perdeu a voz e está sem conversar; não reconhece as pessoas, fora outros problemas. Incansável como nunca, a esposa Gilda Souza se desdobra e também atua como enfermeira. A meta atual é vencer, em parte que seja, o conjunto de problemas. Como o próprio apelido revela, é o mesmo João da Saúde que já ajudou centenas de famílias e milhares de pessoas. Desde as consultas e os exames médicos até complexos tratamentos e cirurgias de grandes portes. João da Saúde ajudou amenizar sofrimentos de uma multidão de gente, ajudou salvar muitas vidas.
Quantas e quantas pessoas, procuraram João da Saúde, via telefone ou pessoalmente!?! Todos os dias da semana ele recebia e atendia bem os que lhe procuravam em sua humilde casa, tratando bem a todos. Amigo de João da Saúde, o colunista poderia ter tomado a iniciativa de publicar aqui alguma foto da atualidade, mostrando esse bondoso ser humano de forma diferenciada do que se acostumava ver João da Saúde, o homem que mais andava a pé dentro de Uruaçu e de Goiânia (quando não aparecia carro), sempre correndo atrás de benefícios para terceiros.
Sendo levado nos dias atuais (aqui e ali) para consultórios, clínicas, hospitais, centros médicos pela esposa e os filhos, João da Saúde continua morando na avenida Transbrasiliana, 168, Centro de Uruaçu, a poucos metros da Secretaria Municipal da Promoção Social (SMPS). Telefone da esposa dele é (62) 9657-3867. Contatos podem também ser feitos com o filho dele, Rhiéroclis Souza, pelo número (62) 9623-0841.
A família não pediu esta veiculação (postada originalmente, em 13/07/10), mas entre as realidades da mesma consta uma: João da Saúde precisa e precisará de atenção especial em geral (apoios logístico, financeiro, afetivo).
Filho de Rio Verde-GO, João da Saúde e família residem em Uruaçu desde 1998. 


Uruaçu 21/08/10 - (JC On-line - Jota Marcelo)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

OPINIÃO - Artigos

Cadê Teresa?

Iracema Dantas


Dona Teresa e sua querida neta Lorena Dantas,
formada em Ciência da Computação

“Essa simbiose de amor começou a dar galhos. Desses galhos nasceram frutos e não para mais de dar flores.”

Teresa de Azevedo Dantas (nome de solteira) nasceu em Picuí, na Paraíba, no início dos anos 20. É filha única de José Paulino Dantas Pequeno, que tinha um jeito sisudo pra disfarçar uma alma grandiosa. Era conhecido por Parente e chamado de Coronel. Exportador de couro e algodão e proprietário de uma rua inteira de grandes armazéns, pra guardar mercadoria. Mantinha também um seringal em Sena Madureira, no Amazonas, pra onde pretendia mandar quem se atrevesse a “tocar” na maior riqueza da vida dele - sua única filha, em quem ele investia todos os seus sonhos.
Teresa fez o curso de Guarda-Livros (hoje Contabilidade), no Colégio Nossa Senhora das Neves, em Natal. Uma inovação tratando-se de uma mulher, praquela época. Falava inglês, francês, frequentava as melhores festas, esbanjava beleza e charme. Frequentou a renomada Escola Doméstica de Natal, onde aprendeu a preparar banquetes... Contadora da firma que representava no Nordeste a multinacional Eli Lilly and Company. Aluna da irmã Aquinata Eibel, filha de conde da Áustria. Na escola era chamada por Terezão e em casa, carinhosamente, por Teca.
Aos 27 anos, Teresa foi rendida pelo charme e os olhos azuis de um agricultor simples, sem pedigree. E os dois planejaram voar pra longe, em busca de um paraíso onde pudessem viver um amor eterno. No primeiro passo Teresa definiu a vida dela e de quem mais chegasse. Uma fotografia com a seguinte dedicatória foi o pivô de tudo: “Luiz, você concretiza o meu ideal na vida. Meu amor por você será eterno. E o resto você compreenderá no silêncio eloquente desta fotografia e na expressão sincera do meu olhar”.
Num navio, Teresa e Luiz partiram às escondidas da cidade de Natal, rumo ao porto de Santos, com um enxoval completo, todo bordado à mão, feito com carinho, pra guardar por toda a vida. Em Santos, o cunhado (irmão de Luiz) aguardava os pombinhos. Já tinha reservado igreja, contratado padre, alugado vestido, sapato, dama de honra, fotógrafo (uma foto vale mais do que mil palavras). Tudo que um casamento de verdade merece. Até o cartório estava de plantão.
E o coronel? Ele ficou a ver navios. Morreu de desgosto, mas antes perdeu toda sua fortuna em jogos de baralho.
Enquanto isso, Teresa e Luiz foram morar num acampamento, em plena mata virgem, no Paraná - maior exportador de café do mundo. Um Estado que precisava abrir estradas pra escoar sua riqueza e por isso eles foram pra lá.
Essa simbiose de amor começou a dar galhos. Desses galhos nasceram frutos e não para mais de dar flores.
Luiz, a partir de 31 de março de 1992, é morador do céu. E Teresa resume assim o pedacinho de vida que teve ao lado dele:
“Falar de Luiz Pereira de Araújo, com quem fui casada durante pouco mais de 41 anos, traz-me à memória a imagem do marido, pai e avô coruja. Figura múltipla que dedicava à família um carinho especial.
Homem simples que viveu da Terra. Um amante da Natureza. Autodidata que se atrevia a orientar consertos em trator por telefone, tamanha era sua afinidade e segurança profissional como mecânico. O melhor do mundo.
Todos o conheciam. Afinal, Xico Barbudo, apelido herdado nos anos 50, estava sempre cercado de amigos. Andava feliz num Jeep sem capota, escoltado pelo fiel Vencedor, cão que o acompanhou até morrer de velho.
Por detrás de seus olhos azuis morava um homem humilde, honesto e sensível.
Um nordestino adotado por Jaraguá, Lendária Terra.
Uma conversa amiga, bondade e desprendimento material acompanhavam a disposição para o trabalho. Dar a mão, ajudar os outros era o que importava, a qualquer hora do dia ou da noite.
Sua marca registrada tinha a troca como pagamento. Nunca conseguiu dar valor monetário a seu trabalho.”
Mas, cadê Teresa?
Teresa está em Jaraguá, guardada por dois de seus filhos, que não arredam o pé de perto dela. Feito uma rainha, só sendo paparicada, dando ordens pra todo mundo. O diploma de Guarda-Livros está na parede, assim como fotografias que registram só momentos bons. Sua máquina de datilografia manual está guardada debaixo de sete chaves. Bem ao centro da sala, em lugar de destaque, um diploma onde se lê: “Goianidade não é condição. É sentimento. Nascido aqui ou não, quem escolheu Goiás para viver é goiano pelo coração.”

Iracema Dantas reside em Goiânia e, é escritora e jornalista. Contatos: iracemada@gmail.com

Nota da Redação do JC, nesta postagem de 13/08/10: Iracema Dantas militou por anos na imprensa da capital Goiânia. Para este periódico, disse: “Fui a primeira colunista de Turismo em Goiás. Tive três páginas, às sextas-feiras, entre as décadas de 1970 e 1980. Na minha opinião, devemos dar apoio a essa ‘indústria sem chaminé’, chamada turismo.” Ela esclarece que conhece algumas pessoas em Uruaçu. “Da época em que eu trabalhava no Mobral. Amizades sinceras, que eu cultivo”, comenta. Iracema deixa também esta reflexão: “Há coisa melhor do que a língua? Ela é o laço da vida, da razão; e por meio dela as cidades são construídas e policiadas. Graças a ela as pessoas não só são instruídas, persuadidas e convencidas nas assembleias, mas também cumprem o primeiro de todos os deveres, que é o de louvar a Deus.” Palvaras de Esopo, moralista e fabulista grego do século 6 a.C.. Veja internauta, recortes de jornais, onde Iracema Dantas é destaque


Então coluna de Iracema, Turismo, quadro Roteiro.
“De Goiânia, domingo, 21/06/1981, ‘Folha de Goiaz’”, informa a mesma


Veiculação focando Iracema, que foi assessora da
então primeira-dama de Goiás, Valéria Perillo...


...Assinada pelo jornalista Dener Law, a reportagem
(de 05/01/2003) é do extinto jornal goianiense Gazeta Popular
Iracema integra e ajuda divulgar o projeto
É CHIQUE FALAR PORTUGUÊS

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ARTIGO - Opinião

Os 65 destinos indutores do Turismo reunidos em Goiânia - Laércio Júlio da Silva

 

Laércio Júlio da Silva

 

Goiânia faz parte dos municípios com maior referencial no setor compondo os 65 destinos indutores priorizados pelo Ministério do Turismo. Isso significa na prática que a capital, juntamente com Caldas Novas, Alto Paraíso e Pirenópolis no estado de Goiás, foi escolhida entre as localidades com maior potencial turístico de nosso país visando constantemente ser alvo de políticas públicas no sentido de capacitar os gestores da área, ampliar os conhecimentos sobre planejamento estratégico para a divulgação das metas traçadas pelo Plano Nacional de Turismo, fortalecer a governança e a inter-relação dos destinos com as regiões em que estão inseridos, tudo em consonância as ações do Ministério do Turismo.

A delegação da Secretaria Municipal de Turismo de Goiânia foi contemplada recentemente no 5º Salão do Turismo realizado em São Paulo de 26 a 30 de maio desse ano com um importante prêmio se notabilizando como destaque entre as cinco macrorregiões que melhor utilizaram à ferramenta SG65 (Grupo Gestor) do Ministério do Turismo.

Para termos uma idéia da importância dessa participação para o estado de Goiás, recentemente Pirenópolis foi palco do 2º Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas, que aconteceu entre os dias 8 e 10 de julho deste ano.

Coroando os esforços, a Secretaria Municipal de Turismo de Goiânia, representando a Prefeitura de Goiânia, foi a anfitriã da 6ª reunião ordinária da Associação Nacional de Secretários e Dirigentes de Turismo das Capitais e Destinos Indutores, a Anseditur, realizada entre os dias 22 e 23 de julho, no Castro’s Park Hotel. A reunião possibilitou integrar e fortalecer as políticas públicas e ações nacionais, estaduais e municipais, promovendo o turismo com sustentabilidade. Estiveram presentes Secretários de Turismo de todo o País que discutiram a Lei Geral do Turismo (Lei nº - 11.771, de 17 de Setembro de 2008) e a importância em fortalecer o Cadastur, cadastro geral de turismo do Ministério, em palestra e debate conduzidos pelo dr. Ricardo Moesch, diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico do Ministério do Turismo. Moesch ressaltou a importância do incentivo ao cadastramento: “as empresas e profissionais cadastrados formam o mapa do turismo brasileiro, estimulando o ordenamento, a formalidade e a legalização do setor”, disse ele no importante colóquio. Eduardo Sanovicz, representante da Reed - Alcantara Machado, apresentou a Feira das Américas 2010, que ocorre em parceria com a Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav) entre 20 e 22 de outubro, no Rio de Janeiro que contará com a participação de todo o “trade” turístico nacional.

Na reunião também foi apresentado o Plano de Marketing dos Destinos Indutores, pelo representante da Fundação Getulio Vargas (FGV), Airton Pereira. O projeto é resultado de uma parceria entre o Ministério do Turismo e a Anseditur, e deverá chegar a todos os 65 Destinos Indutores até o primeiro semestre de 2011. Na primeira fase do Plano de Marketing, os destinos receberão uma lista com os principais emissores de cada região, baseado no perfil dos turistas que a cidade recebe e nos hábitos de consumo de cada região indutora. Entre os destinos contemplados na Região Centro-Oeste está Goiânia, juntamente com Brasília, Bonito e Cuiabá. Logo após o término da reunião, no dia 24, o grupo de Secretários seguiu em visita técnica aos principais atrativos turísticos hidro termais de Caldas Novas e o Rio Quente Resort, onde foram recebidos por autoridades e lideranças do “trade” turístico local.

Para o Presidente da Anseditur, Marco Antônio Castello Branco, “a reunião de Goiânia foi um marco na história da entidade, sedimentando o objetivo de ajudar os Destinos Indutores em sua árdua tarefa, principalmente enfrentando desafios até a Copa do Mundo de 2014 e em seguida as Olimpíadas de 2016”.

O anfitrião, dr. Euler Morais, secretário municipal de Turismo, na ocasião representando o Prefeito de Goiânia Paulo Garcia, e também vice-presidente da Anseditur, destacou o “amadurecimento do Plano Municipal de Turismo, destacando o sucesso da reunião, que projeta ainda mais Goiânia no cenário do desenvolvimento turístico nacional”.

 

Laércio Júlio da Silva é formado em Administração Hoteleira (Senac Ceatel/Ecole de Glion) e funcionário da Secretaria Municipal de Turismo de Goiânia. Contatos: aercio.semtur@gmail.com. Transcrito, sem adaptações, do jornal Diário da Manhã [Goiânia-GO], desta data. Postado em 09/08/10

ARTIGO - Opinião

Polícia Militar, uma escola de vida

 

Francisco de Assis Alencar

 

A Polícia Militar de Goiás foi e continua sendo a minha escola de vida. Deixo-me invadir por um sentimento de gratidão pelas experiências vividas, as boas e as ruins, de tudo ficaram lições.  Retorno no tempo revivendo as grandes oportunidades que me foram oferecidas. Declarado Aspirante a Oficial no ano de 1973 foi me dado o direito de escolha para prestar serviços no 3º Batalhão com sede em Araguaína, hoje estado do Tocantins. Enfim chegara a hora tão sonhada, colocar em prática os conhecimentos teóricos adquiridos no período de formação escolar como cadete na Academia da PM.  Assim que me apresentei ao comando local, fui enviado para comandar um pelotão especial recrutado às pressas, para atender a emergência da operação contra os subversivos no extremo norte do estado, batizada de operação VINOR.
Assumi o comando do meu antecessor dentro de uma barraca às margens da Transamazônica na divisa com o estado do Pará, uma rodovia projetada pelos governos militares que até hoje não se consolidou. Mas naquela época o nosso objetivo era apoiar as forças federais no combate aos terroristas e subversivos da ordem local. Tanto que entre o material  carga que recebi,  relações de armas, munições e apetrechos para o acampamento, constava uma pasta com a foto e a descrição de todos os procurados por estarem envolvidos no levante junto aos proprietários rurais na região de Xambioá, com ordem para efetuar suas prisões.

A rotina do serviço era preparar as escalas de serviços e fiscalizar os turnos, mantendo uma vigilância diuturna ao trânsito. Ninguém passava por ali sem sofrer uma revista completa, nos passageiros dos ônibus, caminhões e automóveis e suas respectivas bagagens. Ali não tinha choro e nem vela, a revista era geral. Diariamente pessoas eram detidas, qualquer material sob suspeita era logo apreendido. Graças a Deus nos postos em que atuei, pude liberar todos os que eram simples trabalhadores rurais, pessoas da mão calejada e pessoas conhecidas da região, contribuindo com a paz e o respeito devido ao cidadão. Todos os suspeitos eram encaminhados para a sede do Terceiro Batalhão em Araguaína.

Não dá pra não acreditar em anjo da guarda, depois de passar por aquela experiência. Nas horas da madrugada quando tudo silenciava e o trânsito dava uma trégua, conseguíamos tirar alguns cochilos.  Filho da região,  desde pequeno aprendi a dormir em redes. Mas dormir em rede dentro de uma barraca na beira de uma estrada movimentada, comendo poeira, foi a primeira e última vez.

Além de cumprir a missão da melhor forma, existia a possibilidade de sofrermos um ataque, tanto por parte dos pretensos terroristas, como pela natureza da operação que certamente incomodava a muitos. Na condição de chefe e responsável pelo sucesso ou insucesso da operação, tinha que exercer uma vigilância cerrada sobre os meus comandados, visto que nossa responsabilidade crescia, dado a tentação para o consumo de bebidas alcoólicas naquelas condições. Outro ponto importante era a guarda do material apreendido, principalmente armas, munições e objetos de valor até o encaminhamento dos mesmos ao setor competente.

Eu era apenas um Aspirante a Oficial e como o aspirantado é um período probatório, foi a minha prova de fogo decisiva. Fui promovido a 2º Tenente dentro do prazo estipulado, apesar dos entreveros. Porém algo extraordinário aconteceu na minha vida no período em que trabalhava nos postos móveis ao longo da BR-153 e da transamazônica. Assim que passei na cidade de Colinas conheci uma jovem, que me transmitiu uma energia diferente, um fascínio irresistível, uma energia vibrante no olhar, transmitindo-me a certeza de que caminharíamos juntos na trajetória da vida.

Não tenho dúvida, passei pelo que tinha que passar, estava tudo escrito (maktub), era só seguir os passos. Aquele era o meu caminho. Embora a dureza das lições recebidas, as oportunidades benfazejas foram maiores. No final de 1975 realizei o meu sonho: - casei e retornei a Goiânia cheio de esperanças. Desde então uma estrela guia os meus passos. Tudo partilhamos em nossos vidas. Tempos depois ela também ingressou no serviço policial militar como Oficial Assistente Social. Ela ama o que faz. Granjeou amizade e respeito ao longo da sua carreira profissional. O trabalha que ela vem realizando repercute além PM goiana, visto que já serviu de modelo e inspiração para outras co-irmãs. Tudo que eu gostaria de ter feito quando no serviço ativo e não consegui fazer por me faltarem as oportunidades, ela vem realizando. O prestígio dela é de toda a família, pois a nossa história é conjunta. Sempre compareço nas solenidades e eventos profissionais, quando sou lembrado como alguém que apóia e colabora com o  Serviço Social e  com os Programas de Saúde ali coordenados.  “Tudo vale a pena quando a vida não é pequena”, com esta frase do poeta Fernando Pessoa, finalizo  agradecendo a Deus por tudo e à minha amada  pelo rumo que a minha vida tomou junto dela.

 

Francisco de Assis Alencar é coronel da Polícia Militar. Contatos: assis.alencar@terra.com.br. Transcrito, sem adaptações, do jornal Diário da Manhã [Goiânia-GO], desta data. Postado em 09/08/10

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Eliton, o vice de Marconi

PERFIL
Pouco conhecido, vice de Marconi tem luz própria

José Eliton Figueirêdo Júnior se destaca como advogado atuante no Direito Eleitoral e tem a política como tradição familiar: o pai foi prefeito de Posse, na região Nordeste do Estado.

NILSON GOMES - Especial para o Jornal Opção (*)

  
José Eliton, durante a convenção do DEM, em junho

Dona Mirtes, então primeira-dama de Posse, no Nordeste goiano, não dormia esperando Júnior. O esporte que o filho havia acabado de escolher era um assombro, mistura de vaquejada e rodeio com loucura mesmo. Colocavam mesas de bar no picadeiro e, ao redor, rapazes corajosos. Soltava-se um touro de quase uma tonelada ou um boi com meio metro de chifres. Nas arquibancadas, o público torcia, claro, para a fera. Quem se levantasse da cadeira ou tentasse se desviar da investida do animal era automaticamente desclassificado. O último recebia o prêmio. Dona Mirtes conta que Júnior nunca chegou em casa laureado nem machucado pelo touro. Se caía do cavalo, era literalmente.
O esporte anterior de Júnior havia sido a vaquejada. Subia num cavalo e corria atrás do gado em dupla com o amigo João Batista Costa, atual secretário de Meio Ambiente de Posse. A tarefa era derrubar a vaca em um ponto determinado. A aflição de dona Mirtes começava antes: “Eles soltavam a vaca num corredor estreito e o Júnior esporeava o cavalo atrás”. O corredor acabava no palco da festa, o picadeiro. Ganhava quem fizesse o serviço completo (correr e derrubar — na mão) em menos tempo. Um fazendeiro da região, Antônio Moreira, emprestou a Júnior um cavalo famoso pela beleza e a rapidez, amestrado para vaquejada. Júnior ficou treinando com o animal e, enquanto se tornava ás, mantinha-o perto de casa. Numa manhã, foi buscar o cavalo do fazendeiro: “Era o lugar mais limpo”. Fugira. O rapaz ficou desesperado. Chamou os amigos, matou aula, procurou para cima e para baixo. Nada. Primeiro, contou aos pais. Bronca. Continuou procurando. Nada. Foi ao fazendeiro. Seu Antônio, olha, num é de ver que seu cavalo fugiu. O senhor me desculpe, não foi descuido etc. etc. etc., mas eu vou pagar. Olha, Júnior, esse cavalo é de estimação, não tem nem preço. Se tiver eu vou pagar, o senhor pode ficar tranquilo. Bom, tranquilo seu Antônio não ficou, mas perdoou. Uma bela tarde, dias depois, chega à porta de dona Mirtes outro agricultor vizinho puxando um cavalo. Era o fujão. Não teve de pagar o animal, só que não escapou da conta: havia comido a roça do vizinho. Findava ali a carreira do destemido derrubador de boi bravo.
Antes da vaquejada, os hematomas de Júnior tinham outro motivo, o bicicross. Dona Mirtes perdeu a conta de bandeides, esparadrapo, mertiolate, gase e outros apetrechos de farmácia gastos nos braços, pernas, ombros e tudo quanto é lugar do corpo do atleta. Não chegou a quebrar o pai, mas quebrou o braço, as bicicletas e a crista: “Era um menino desassombrado, mas consciente”, lembra a mãe. Dona Mirtes não sabe, mas Júnior corria até com a bicicleta sem freios. Dona Mirtes não sabia, mas o menino desassombrado, que derrubava boi, que ficava ao redor da mesa esperando touro, que praticava bicicross com bike sem freios teria o mesmo desassombro na política. Dona Mirtes só soube disso enquanto assistia, emocionada, a convenção do Democratas que escolheu José Eliton de Figuerêdo Júnior candidato a vice-governador na chapa de Marconi Perillo, da coligação Goiás Quer Mais.
Warner de Sousa Barbosa, o Vavá, soube antes. Tem nome de empresa de Hollywood, há muitos anos não vai ao cinema, mas teve ideia que só em filme de roteiro B: “Vou lançar doutor Júnior para vice-governador”. No dia seguinte, encontro do Democratas em Posse, Vavá falaria como vice-prefeito. E falou. Lançou Júnior, ninguém lhe deu muita conversa, à exceção da pessoa certa, o presidente do DEM goiano, o deputado federal Ronaldo Caiado. Graças a ele, a ideia de Vavá saiu da ficção, cumprindo sua previsão não da noite anterior: “Desde menino ele é líder”, conta Vavá sobre o primo. Só mesmo tendo muita liderança para escalar Júnior no time da AABB, clube recreativo do Banco do Brasil, local de trabalho do José Eliton de Figuerêdo pai, o que foi prefeito de Posse nos anos 1980, fazendo de dona Mirtes a preocupada primeira-dama. Ainda há na cidade quem tente encontrar um jogador de futebol pior que Júnior. Perna comprida, muito fôlego, muita disposição, mas nenhum talento para dribles, arremates, passes, os fundamentos rudimentares do esporte.
A jogada certa era outra: Vavá acertou na adivinhação e dona Mirtes aumentou a preocupação. Ela viu dentro de casa que política rende em canseira sem dar nada em futuro para quem participa diretamente. O marido, advogado bem-sucedido, aposentado pelo BB, além de prefeito, ocupou diversos cargos estaduais, nenhum com rendimento financeiro. Logo agora que Júnior está com o escritório bem arrumadinho, bonitinho, entrou na política. “Respeito demais a opção dele de ajudar os goianos sendo candidato”, resigna-se a mãe. Está em campanha para Marconi e José Eliton, agora orgulhosa mesmo ficou foi quarta-feira, dia 7, com o filho tomando posse no Senado como integrante da comissão de notáveis, entre eles ministros de tribunais superiores, para reescrever o Código Eleitoral.
Ficar entre ministros não é exatamente uma novidade para José Eliton. Ao se formar em Direito, depois de interromper o curso de História, voltou imediatamente para Posse. Era julho de 1996 e o pai era novamente candidato a prefeito. Sim, José Eliton pai é advogado, mas, sim, confiou a defesa da coligação ao filho recém-formado. O promotor da comarca à época, Tito Amaral, se recorda do bacharel: “O que tinha de talentoso, tinha de brigão. E ele era muito talentoso”. A fama de bom de briga, no âmbito da discussão, o acompanha desde a infância. Vavá conta diversas histórias de Júnior comprando encrenca, mesmo em desvantagem numérica. A habilidade que faltou no futebol, sobrou na articulação: “Ele é bom demais de conversa e mais ainda de argumento”, elogia Vavá. Tito se surpreendeu com a qualidade de Júnior do mesmo jeito que Wilson Dias, o juiz de Direito de Posse. Tito previu que Júnior seria ministro do Supremo Tribunal Federal. Bom, integrante do STF ele ainda não é, mas já advogou ali diversas vezes e, em outra corte, o Tribunal Superior Eleitoral, é conhecido e elogiado.
Eduardo Alckmin foi ministro do TSE e demonstra vasto vocabulário ao enumerar os adjetivos para definir José Eliton: “Ele é brilhante, talentoso, atuante, lúcido, preparado, estudioso”. Júnior trabalhou com Alckmin e da convivência saíram distribuindo centelhas assim um sobre o outro. Ao saber que o ex-pupilo seria candidato a vice-governador, Alckmin fez a mesma pergunta que dona Mirtes: “Como alguém pode abandonar uma carreira tão bem-sucedida”. O ministro lamenta mais ainda pela profissão: “Sempre me surpreendo que alguém queira deixar a advocacia ou ao menos interrompê-la”. Logo ressalta a importância da nova atribuição de Júnior: “Política é um caminho de muito sacrifício. O político sério tem uma vida de quase sacerdócio”. E elogia o candidato a vice: “Fico alegre em saber que um profissional talentoso e uma pessoa sensível como o dr. José Eliton Júnior se dedique à política. Portanto, ao mesmo tempo em que fiquei surpreso, também estou feliz com sua escolha”. Praticamente as mesmas palavras da mãe. O próprio candidato a vice responde por que deixa um dos melhores escritórios especializados em Direito Eleitoral e, portanto, lucrativo, para entrar em algo pouco ou nada atraente para honestos como a política: “É a oportunidade de fazer, de construir. Quem vem de uma terra sofrida como o Nordeste goiano não pode perder a chance de fazer algo pela região”.
O leitor deve estar se perguntando como um advogado lá da sofrida terra de Posse foi parar no escritório de um ministro de tribunal superior. A história é longa, mas se resume assim: quem está acostumado a derrubar touro a unha não tem medo de cara feia, não teme um “não”. José Eliton se destacou na defesa de seus correligionários em Posse a ponto de chamar a atenção de um dos principais advogados do País, Felicíssimo de Sena, então presidente da OAB de Goiás. Felicíssimo chegou à mesma conclusão que o promotor Tito: um texto daquele, um conhecimento de Direito como aquele, enfim, um conteúdo naquele nível era exagero para um rapaz de 20 e poucos anos. E José Eliton voltou a morar em Goiânia, em 2004, participando da banca de Felicíssimo. O mesmo roteiro para Alckmin: o ministro conta de seu espanto com a qualidade do jovem advogado. E assim, à custa do próprio talento, José Eliton virou parceiro do escritório de um ex-ministro do TSE.
Desde que largou de andar de bicicross e derrubar touro na mão, José Eliton Júnior virou outro sem deixar de ser o mesmo. Dona Mirtes enumera-lhe os amigos e constata: “São os mesmos do tempo de Posse”. Claro, a lista aumentou, com senadores, ministros, advogados renomados. Aliás, desde que parou de subir em cavalo, José Eliton não para de subir na vida. Antes, começou a subir na rede. Estudante da Universidade Católica de Goiás, hoje PUC, Júnior passou a jogar voleibol. Levou a sério o sobe-levanta-corta e se deu melhor que no corre-derruba. Na vaquejada, nenhuma conquista; no vôlei, chegou à seleção da PUC e competiu em torneios estaduais e nacionais. Seu 1,89m faria dele um baixureco nas equipes de hoje, mas há 15 anos estava na média: “Naquela época, era o padrão”, lembra o candidato a vice-governador.
Entre uma partida e outra de vôlei, mantinha a dedicação aos livros, não apenas aos de Direito. “O Júnior lê muito desde pequeno”, diz a mãe, normalista do tempo em que professor devorava livros. Na hora da entrevista, o repórter testou o candidato. No momento, o que o sr. está lendo? “No momento, o plano de governo da coligação”. Foi alfabetizado na obra de Monteiro Lobato, passou a juventude com a literatura nacional e chegou à universidade devorando os clássicos mundiais. Mirtes já advertiu os filhos (além de Júnior, a contadora Raquel, servidora concursada da Secretaria da Fazenda, e a arquiteta Renata, que foi para a Europa fazer pós-graduação e se estabeleceu na Irlanda, onde projeta shoppings): “A bíblia é minha”. Não, ela não se refere ao livro máximo dos cristãos, mas aos livros máximos da infância brasileira, os do Sítio do Pica-Pau Amarelo. O volume que os filhos dos Figuerêdo leram é em papel finíssimo. Os três têm tão boa recordação que pediram a bíblia com “b” minúsculo. Mirtes foi salomônica: vai ficar na casa em comum do trio, a dos pais. Mesmo com o incentivo paterno, Júnior prefere filosofia a romances, daí citar Sócrates e Platão com a mesma facilidade com que outros políticos falam em música brega. Entre escritores, seu preferido é Émile Zola. O repórter desconfia e pede que cite trechos de “Germinal”. E ele passa na prova. Então, começa a contar trechos também do filme baseado na obra. Fala que já leu Balzac e é confrontado com a observação: diga nome de algo dele que não seja “A mulher de 30 anos”. E tome o candidato citando parágrafos de “Ilusões perdidas”.
Enquanto jogava vôlei como meio de rede da PUC e no Clube Social Feminino e lia os clássicos, Júnior tinha de defender algum dinheiro. Olhou os anúncios classificados, oba!, oportunidade para universitários num negócio estrangeiro. E foi vender cursos de Inglês. Batia de porta em porta, pé no chão, poeira, sol quente. Minha senhora, seu filho precisa. Não! Ô, meu jovem, para concorrer no mercado de trabalho globalizado é muito importante saber outro idioma. Não! E de não em não encheu a paciência e abandonou o ofício tendo conseguido vender apenas um exemplar. Para um amigo. Eram os anos 1980 dos quais traz o gosto pela MPB e o rock nacional. No internacional, é fã de Pink Floyd. Frequentava os hoje derrubados Ginásio Rio Vermelho e Estádio Olímpico. Não caiu na onda de cheirar loló, fazer tatuagem, deixar o cabelo crescer: “Sempre fui muito conservador”. Na faculdade, nada de política estudantil. Para ele, política mesmo era a das urnas, tradicional.
Como o pai, ele militava o tempo inteiro. O primo Vavá e a mãe contam que, nas eleições presidenciais de 1989, a casa se dividia em três: José Eliton pai apoiava Ulysses Guimarães, José Eliton filho ficou com Mario Covas e a irmã do meio, Raquel, torcia para Lula. “Júnior fazia campanha mesmo!”, exclama o primo para enfatizar. Júnior levou de Goiânia uma bandeira imensa, “maior que um carro”, com o nome de Covas. Começou a desfilar com ela por Posse inteira, “se mostrando, exibindo o candidato dele”. Eram os tempos pré-tucanos nos governos federal e estadual e, no Nordeste de Goiás, quase ninguém era PSDB. Germano Barbosa, um tio de Júnior, chegou-lhe a carraspana: “Sai daqui agora com essa bandeira, moleque. Sai! Aqui em Posse só entra Ulysses”. Em vez de enrolar o parente, enrolou a bandeira: “Só obedeci porque era meu tio”.
Assim, na casa cheia de gente o tempo inteiro, Júnior se fez adulto. Agora, vai voltar a Posse empunhando uma bandeira com o mesmo número, mas com outro nome, o seu. Antes de ser eleito, para sequer pensar em vaidade por tão novo ter a oportunidade de alcançar posição tão alta, a mãe se encarrega de dinamitar o topete que ele não tem: “Ele sempre aprendeu em casa a pisar na vaidade todos os dias, a pisotear a arrogância, porque tudo passa, ainda mais os mandatos, que têm dia e hora para terminar”. Outra arte que Júnior aprendeu com os pais foi a do diálogo. Os colegas da advocacia atribuem parte de seu sucesso à facilidade para articular. Com isso, tem clientes em todos os partidos. Advoga para o DEM como já defendeu o PMDB, deputados do PT, prefeitos das mais diferentes siglas. “Isso (a proeza da comunicação) ele tem desde criança”, baba o pai.
Em Posse, seu prestígio de advogado é tamanho que ultrapassou o de político, mesmo que ele tenha atuado em todas as campanhas. As disputas eleitorais ensejam muita confusão, nem todas políticas ou jurídicas. Em 1994, o deputado representante de Posse, Walter Rodrigues, hoje presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, saiu vice da agora senadora Lúcia Vânia. Ainda se podia distribuir alimentos e os generosos representados pelo então candidato a vice fizeram uma grande festa, tendo como organizadores jovens como o hoje candidato a vice. Fim do evento, um passou mal. Depois, outro. E mais outros. E quase todos. Dezesseis anos depois não se sabe se foram as duas caixas d’água de chope que provocaram a maior disenteria coletiva da história de Posse. Quem conta, atualmente, ri, mas o próprio sofreu à época.
Antes de Lúcia, o adolescente Júnior esteve com Henrique Santillo na eleição de 1986: “Fui ao aeroporto recepcionar o Santillo e o líder da juventude, Marconi Perillo”. Na terceira eleição seguinte, Marconi é que era candidato a governador e José Eliton, já advogado, coordenou a assessoria jurídica naquela parte do Estado. Agora, novamente na terceira eleição seguinte, outros adolescentes como Júnior irão ao campo de aviação de Posse receber Marconi e seu vice local. Dona Mirtes parece não acreditar. É tradição na família Júnior enviar à mãe suas fotos de pescaria: “É cada peixão que eu fico me perguntando se é de verdade ou se é inflável”. A candidatura é para valer, dona Mirtes, e só infla com voto e torce tanto para o filho que fica apreensiva com o sofrimento para andar atrás desses votos. Se em Posse, de proporções bem menores, o casal penava em época de eleição, imagine no Estado inteiro. Mas ela se acostumou às conquistas do filho. Dona Mirtes resiste em concordar, mas vê-lo ao lado de Marconi, com amplas chances de chegarem ao governo, enche-lhe de orgulho o coração, que antes cabia Posse e agora tem mais de 340 mil quilômetros quadrados — o coração da mãe é do tamanho do Estado de Goiás. 

Uruaçu 06/08/10 - (Transcrito, sem adaptações, do Jornal Opção [Goiânia-GO] - edição de 18 a 24/07/10. (*) Nilson Gomes é jornalista e reside em Goiânia)

Cúria terá nova sede


Nova sede da Cúria, em frente à Catedral:
obras em andamento

Estão em andamento as obras da reforma do prédio onde funcionará a Cúria Diocesana, sede da Diocese de Uruaçu, comandada pelo bispo d. Messias dos Reis. A estrutura está localizada na rua Pedro Ribeiro Paes Landim (antiga Leopoldo de Bulhões), esquina com rua Coronel Aristides, em frente a Catedral Sant’Ana, Centro uruaçuense.
De acordo com informações do Portal Diocesano, no novo espaço administrativo vai funcionar a Secretaria do Bispado, a Contabilidade, a Chacelaria, o Economato, o Arquivo Diocesano e ainda salas do atendimento do vigário geral (padre Antônio Teixeira), do juiz auditor, do coordenador de pastoral e do bispo.
Da mesma forma, o imóvel santo terá sala de espera, sala para pequenas reuniões, área de convivência do clero e copa.

Reforma da residência episcopal
Segundo a Diocese, antecipadamente será anunciada ‘o momento da transferência da Cúria para este novo espaço.’
Terminadas as obras atuais, terá início a reforma da residência episcopal, espaço onde reside o bispo, na rua Benedito Almeida Campos, atrás da Catedral. 


Uruaçu 04/08/10 - (Jota Marcelo - Blog do Jornal Cidade, com informações do Portal Diocesano)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Muquém: GTLO desenvolve atividades culturais


Grupo Teatral Limpando o Olho: sede em Uruaçu
e sucesso de âmbito estadual

Entre 9 e 15 de agosto, o Grupo Teatral Limpando o Olho (GTLO), com sede em Uruaçu, desenvolverá atividades culturais do Projeto Circulando no Santuário de Muquém.
As apresentações, dentro dos dias de realização da Romaria de Muquém, serão diferenciadas, num comparativo ao que foi visto em anos anteriores.
No entanto, garante Antônio Ricardo Eckert, animador cultural e diretor da entidade, a estrutura que começou a ser instalada nesta quarta-feira 4, oferece boas condições para os artistas e o público que participarão/assistirá dos/os espetáculos.
Como em vezes anteriores, Eckert frisa que a meta central do projeto é realizar apresentações teatrais e espetáculos circenses do GTLO (de sucesso na esfera estadual), beneficiando por completo diferentes públicos de todas as faixas de idade. Externando que, além de fortalecer a carreira dos artistas e promover as artes cênicas em Goiás, no Brasil, “as apresentações garantem diversidade cultural a população de Niquelândia, do distrito de Muquém e da região, de Goiás, bem como aos fiéis e turistas do Brasil que visitam a Romaria.”
Convite, palavras de Eckert: “Estamos convidando a todos para participarem das atividades do Grupo Teatral Limpando o Olho, com o Projeto Circulando no Santuário de Muquém. Além das atividades artísticas, culturais, você pode aproveitar e rezar um pouco, pagar alguma promessa, subir o morro existente no Muquém, em penitência opcional, tomar delicioso banho de cachoeira, passear nas trilhas, encontrar com um monte de gente interessante, participar de um ‘Festival’ de música ambiental e mais um monte de coisas boas. Mas lembre-se: lá é um Santuário de fé e ambiental, ou seja: bastante natural. Por isso, se você for pra ficar mais de um dia, leve barraca.”

Segunda maior festa religiosa goiana
Anualmente, em agosto, através da Diocese de Uruaçu, a Igreja Católica organiza a Romaria de Muquém, este ano chega a edição de número 261. A iniciativa é em homenagem a Nossa Senhora d’Abadia de Muquém. O ponto alto do evento ocorre em 15 de agosto, quando pela manhã é realizada concorrida Missa, celebrada pelo bispo d. Messias.
O santuário de Muquém está localizado no distrito de Muquém, localizado no Município de Niquelândia, localidade da região Norte de Goiás.

Dados para contatos da entidade
Grupo Teatral Limpando o Olho
Rua 6, nº 13 - bairro São Sebastião
Uruaçu-Goiás - 76.400-000
Fones (62) 3357-4185, (62) 3357-4185, 8414-7979, 9299-7089 ou 9954-8449
E-mail gtlolho@gmail.com ou antonio.eckert@hotmail.com
Site www.gtlolho.com.br

Uruaçu 04/08/10 - (Jota Marcelo - JC On-line)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

‘Soybean Forum - Fórum’ continua com inscrições abertas

Continuam abertas as inscrições para o Soybean Forum - Fórum Internacional de Produtores de Soja & Cia., que acontece entre os dias 18 e 21 de agosto, em Salvador-BA. No evento serão analisadas as novas perspectivas da soja, a cultura que, favorecida pela logística favorável, vem atraindo os maiores investimentos na nova região de expansão, acompanhada também de avanços em algodão, milho e outras culturas.

“O cultivo de soja na região do Matopiba já ocupa uma expressiva área de 2,3 milhões de hectares, produzindo cerca de 7 milhões de toneladas, mais de dez por cento da safra brasileira, e que deve continuar crescendo fortemente nos próximos anos, favorecido pelos investimentos em infraestrutura e logística que estão em andamento ou projetados para a região, o que atrai o interesse do mundo todo”, afirma Silmar César Müller, diretor da ProBiz, empresa especializada em eventos corporativos para o agronegócio, idealizadora e promotora do Soybean Forum.

O encontro, que vai reunir produtores de destaque da região, além de atrair outros produtores, empresários e investidores de todo o País e do exterior, conta com o apoio institucional da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) e de outras entidades representativas nacionais e regionais do setor, bem como de patrocínios de grandes empresas dos setores de insumos, serviços e equipamentos agrícolas.

O evento, que terá especialistas e autoridades como palestrantes e painelistas de destaque, tem como tema principal as perspectivas, oportunidades e desafios da produção, do mercado, da logística e de investimentos para uma expansão sustentável do agronegócio do Matopiba e também do Norte/Nordeste do Mato Grosso, outra importante região de expansão diretamente interessada na nova logística que se abre a partir do novo polo produtivo e seus investimentos em infraestrutura de transportes e portos.

Por isso mesmo, externa a organização, um dos focos do debate será a logística, especialmente quanto ao novo Corredor Centro-Norte e suas ramificações, de interesse também dos produtores do Norte dos Estados do Mato Grosso, cujas safras ficarão mais próximas não só de novos portos de exportação ao Norte do País como do grande mercado consumidor interno do Nordeste brasileiro. São pelo menos sete Estados com interesses diretos nessa nova logística, um eixo multimodal de transportes e já em andamento que inclui a Ferrovia Norte-Sul, a Hidrovia Araguaia-Tocantins, a projetada Ferrovia de integração Centro-Leste, além de eclusas e rodovias, que podem alavancar o processo de desenvolvimento e crescimento regional dos Estados do Tocantins, Maranhão, Pará, Piauí, de Goiás, Mato Grosso e da Bahia, podendo incluir ainda o Noroeste de Minas. E que desembocará em novos portos do Norte/Nordeste como Itaqui, no Maranhão, e Vila do Conde, no Pará.

 

Evento

O evento - observa o sócio-diretor da ProBiz, Paulo Beltrão -, é  dirigido especialmente a 100 produtores de soja de destaque da região e com operações nos sete Estados diretamente interessados no Corredor Centro-Norte, que são convidados especiais, custeados por patrocinadores.

Os ingressos especiais e gratuitos para produtores patrocinados já estão esgotados, tendo até superado as expectativas. Mas ainda há vagas para interessados, pois o evento é aberto a quaisquer outros produtores, empresários e investidores com interesses na região, do País e do exterior, que podem participar do encontro mediante pagamento de taxa de inscrição.

Beltrão observa que ainda existe disponibilidade também para patrocinadores. “O evento, pelas suas particularidades, é uma excelente oportunidade para empresas de todos os setores e tamanhos interessadas em contatos, relacionamentos e posicionamento, tais como empresas fornecedoras, processadoras de alimentos, distribuidoras ou de serviços, além de investidores, para novas parcerias de negócios ou investimentos com os produtores que estão fazendo a nova fronteira agrícola do Brasil”, observa.

Outras informações: www.probiz.com.br/soybean ou pelo telefone (11) 3755-0799. 

Uruaçu 04/08/10 - (Assessoria de Comunicação do evento, sob adaptação)