terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tocantins: aos 93 anos, morre ‘Dona’ Pupuia


Dona
Pupuia: laços familiares e de amizade em Uruaçu.
Foi a segunda mãe do radialista Motta Filho

Chegada do corpo de Dona Pupuia ao Salão Paroquial,
onde foi celebrada missa de corpo presente

Interior do Salão durante a missa

Momento do sepultamento no cemitério de Alvorada

Faleceu dia 5 de novembro, em Goiânia, Guilhermina Ponce Mafra, conhecida como Pupuia ou Dona Pupuia, aos 93 anos. Ela estava realizando tratamento médico, depois de sofrer uma queda em sua residência, na cidade de Alvorada-TO, onde residia e foi sepultada.
Dona Pupuia, juntamente com o esposo Francisco Mafra de Santana (o Chicão, ajudou a construir a cidade tocantinense citada, que hoje tem cerca de 18 mil habitantes. A matriarca, que residiu em Uruaçu nos anos 1950 e 1960, deixou sete filhos, 29 netos e 35 bisnetos.
O velório transcorreu na sede do Salão Paroquial, pertencente à Igreja Católica, onde foi celebrada missa de corpo presente. O sepultamento ocorreu dia 6, por volta das 17h, no Cemitério Municipal.
Em 15 de junho de 1978, Chicão havia falecido. Com isso, coube a dedicada matriarca Dona Pupuia se dedicar quase que totalmente aos familiares - filhos, noras, genros, netos e bisnetos.

História de vida
Em 1º de junho de 1918, nascia Guilhermina Ponce na cidade de Peixe (na época pertencente ao Estado de Goiás, hoje região Sul do Tocantins e distante a 319 quilômetros da capital Palmas). Em 3 junho de 1915 nascia Francisco Mafra de Santana em Ilhéus-BA. Por ocasião do destino, os dois se conheceram e sob olhares firmes surgiu um grande amor, resultante de matrimônio feliz e duradouro em Goiânia, capital de Goiás. Uma vez casados, nos idos de 1951 o novo par escolheu Uruaçu para residir, precisamente na fazenda Cabeçeira Funda, de propriedade de Cecília, avó dela, Dona Pupuia.
Após alguns meses, migraram-se para a fazenda Capão do Cedro, localizada a 14 quilômetros de Alvorada e, ali o casal idealizou construir uma pensão, aproveitando-se da oportunidade por ocasião da instalação de um acampamento da então Rodobrás (empresa rodoviária do governo federal) e da construção da rodovia Bernardo Sayão (BR-153 veio anos depois).
Em dados do Governo do Tocantins, dia 11 de novembro de 1963 o distrito de Alvorada foi elevado à condição de Município, desmembrando-se de Peixe. Por bom tempo, a pensão recebeu os encarregados e operários envolvidos com a obra.

Mudança para a cidade
Passaram os anos e, com a finalidade de educar os filhos e, ao mesmo tempo em que surgia Alvorada, o casal resolveu investir outra vez em um ramo comercial.
Foi quando implantaram a primeira pensão, de nome Três Poderes, na zona urbana da promissora cidade. Dona Pupuia e Chicão foram fundamentais na construção de Alvorada.
A prosperidade do novo empreendimento foi essencial na criação e educação dos sete filhos de sobrenome Ponce Mafra: Josemá (Santo), Lucimar (Luci), Édima (Dima), Anamá (Naninha), Cecília, José da Penha (Zezinho) e Maria Sueli.
Durante cerca de 12 anos, o uruaçuense Ismar Lopes dos Reis (Motta Filho), radialista, cronista esportivo, desportista e editor/administrador do site www.mottafilho.com.br, mais que morou com essa mulher de vida marcante: ele foi criado por Dona Pupuia, espécie de segunda mãe do mesmo, que tem como mãe biológica Benedita Lopes dos Reis (Dona Ditinha, moradora de Uruaçu e mãe também de Jota Marcelo, editor-chefe do Jornal Cidade.
Dos tempos de criança, Motta Filho guarda inúmeras lembranças de Dona Pupuia, rica na simplicidade, rica na dedicação para com os familiares em geral. Mais que lembranças, igualmente todos os familiares Motta Filho guarda para sempre importante patrimônio conquistado em Alvorada: a boa educação que recebeu da matriarca.

Exemplo
Mulher guerreira, correta, honesta e de pulso forte, Dona Pupuia deixou um legado de vida e de exemplo para a família toda, da mesma forma para a cidade de Alvorada, onde era respeitada e conselheira de políticos, eclesiásticos e atuantes de todos os segmentos.
Como se vê, não apenas a família, mas Alvorada num todo passou de imediato a sentir saudade e falta de Guilhermina Ponce Mafra.

Uruaçu 08/11/11 - (Da Redação do JC, com transcrição [sob adaptações], do site www.mottafilho.com.br [Uruaçu] - Motta Filho)

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