terça-feira, 28 de novembro de 2017

Projeto-piloto ensina a alunos da rede aplicação da matemática nas finanças

Secretaria Raquel Teixeira no evento. Projeto foi aplicado nas 14 escolas participantes entre os meses de maio e novembro – Fotos: Divulgação/Seduce 

Objetivo da iniciativa é otimizar o aprendizado de matemática utilizando conceitos de finanças pessoais

Alunos de 14 unidades de ensino da rede pública estadual, que integram o projeto-piloto Por quê? Educação Financeira, apresentaram, nesta terça-feira 28 de novembro, o resultado dos trabalhos desenvolvidos durante todo o ano de 2017. O objetivo da iniciativa é otimizar o aprendizado de matemática utilizando conceitos de finanças pessoais.
O projeto-piloto é uma realização da Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Esporte (Seduce), em parceria com a editora BEĨ, responsável pelo material didático e pela metodologia do projeto, além do banco Itaú. O economista Paulo Costa, doutorando na Universidade de Harvard, em Massachusetts (Estados Unidos), ministrou palestra sobre o livro Aprendendo a lidar com o dinheiro, de sua autoria. A obra também foi aplicada em sala de aula.
As escolas selecionadas para o projeto-piloto são de Goiânia e Aparecida de Goiânia. Os trabalhos dos alunos consistiam em definir um objetivo e desenvolver formas de captação de recursos para viabilizar o projeto. Acompanhados por professores que foram preparados em oficinas, os alunos trabalharam conceitos de matemática financeira. Os projetos foram bastante diferentes como doação para instituição de caridade ou uma ida ao cinema.
A secretária de Estado da educação, cultura e esporte, Raquel Teixeira, frisou que o projeto “não pode acabar” e chamou a atenção dos estudantes para a necessidade de se prepararem para o futuro. “Só para vocês terem noção, nos próximos 20 anos, 50% das profissões que existem hoje já terão desaparecido. Outras atividades vão surgir porque nós estamos vivendo uma época de mudanças profundas”, ressaltou.
O diretor da editora BEĨ, Tomás Alvim, classificou a iniciativa como um dos melhores exemplos de aproveitamento de conteúdo. “Eu posso assegurar que, depois de 20 anos esse é o projeto da editora que mais produziu transformação”, assinalou Alvim.
Em sua fala, a diretora de relacionamento do Itaú, Daniela Zen, pontuou que a instituição está contente com os resultados da parceria. “Acreditamos que a Educação pode mudar o mundo e ver vocês participando da iniciativa nos enche de orgulho”.

Protagonismo
O projeto foi aplicado nas 14 escolas participantes entre os meses de maio e novembro. A iniciativa focou em alunos do 9º Ano do ensino fundamental e da 1ª Série do ensino médio. Os estudantes tiveram a oportunidade de produzir seus próprios projetos, envolvendo aspectos econômicos. Desta forma, estimulou-se a aprendizagem e a reflexão consciente sobre a importância da matemática no cotidiano e nos momentos de tomada de decisão, orientando os jovens a assumir o protagonismo de sua própria história.
Paulo Costa, que veio de Harvard exclusivamente para o evento, ficou impressionado como os resultados do projeto. “O que vocês aprenderam tem muito valor. Eu vi alunos falando de orçamento de escola, ‘marketing’, por exemplo. Tem muita gente ganhando de ‘rios de dinheiro’ fazendo isso, e vocês fazem isso no ensino médio. Vocês têm potencial”, assinalou.
Estudante da 1ª Série do ensino médio, do Instituto de Educação de Goiânia, Elias Batista Pereira de Souza, 16 anos, acredita que os aprendizados do projeto o acompanharão por toda a vida. “Nós aprendemos a trabalhar de várias formas com matemática. Entendemos que quando você guarda dinheiro, com o tempo ele aumenta. Já com o empréstimo é totalmente o contrário e não a forma mais saudável de lidar com o dinheiro”, explica.
Para Marcos André, 15 anos, do curso técnico em administração do CEPI Lyceu, o aprendizado já faz parte da rotina doméstica. “Meus pais pegaram o livro que eu levei para casa, e nós estamos aplicando alguns conteúdos no nosso cotidiano o que tem ajudado bastante no orçamento familiar”.
A coordenadora do projeto, Armênia Kolandjian (Seduce), está realizada com o desenvolvimento dos alunos. “Eles descobriram que podem sonhar. Hoje eles sabem que podem ocupar um lugar no espaço e fazer a diferença”, avalia.

(Informações: Comunicação Setorial da Seduce)

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