domingo, 17 de fevereiro de 2013

Apresentado o partido Rede Sustentabilidade, de Marina Silva



Marina Silva: “Nem direita, nem esquerda,
estamos à frente”

A ambientalista Marina Silva, 55, terceira candidata mais votada nas Eleições presidenciais de 2010, lançou neste sábado 16, seu partido, Rede Sustentabilidade, antes do pleito de 2014, em que poderá enfrentar a presidente Dilma Rousseff (PT).
Três deputados federais e três vereadores foram anunciados como fundadores do partido ao lado dela, que surpreendeu em 2010, ao conquistar 20 milhões de votos com o PV (fator vital para forçar o segundo turno entre Dilma e José Serra [PSDB]), disse que seu movimento político irá propor a sustentabilidade como princípio ambiental, político e econômico, e não será de esquerda ou direita.
“Minha posição frente ao governo Dilma não é de oposição, nem de posição. Assumo posições” dependendo do tema, declarou a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora, em entrevista coletiva. “Me perguntam se somos posição ou oposição à Dilma. Eu digo: nem posição, nem oposição”, acrescentou a ex-ministra do Meio Ambiente do governo do presidente Lula (PT), que à época teve embates ferrenhos com a então chefe da Casa Civil, hoje presidente da República.
Avaliando que ideia da Rede Sustentabilidade é ser uma opção ao eleitor, acabando com o duelo entre duas forças políticas, assinalou ainda sobre posicionamentos: “Nem direita, nem esquerda, estamos à frente”, disse. E: “Estamos indo para o mundo do paradoxo.”
Disse ainda: “Não pode ser um partido para ‘Eleição’, não é o principal. Estamos com uma nova visão de mundo, de sujeito político, que não é mais expectador da política. Esse sujeito é protagonista”, disse ela ao discursar.
Marina admitiu a possibilidade de ser a candidata da sigla Rede Sustentabilidade nas Eleições/2014, mas assinalou que, a princípio, irá se concentrar no reconhecimento legal do partido através da coleta de cerca de meio milhão de assinaturas até outubro.

31ª legenda
Ela frisa não se tratar de apenas mais uma nova legenda política brasileira e, que o novo partido não tem como finalidade as próximas Eleições presidenciais, mas preencher um vazio ético e de participação social na política do País.
O movimento, que tem Marina como principal estrela e que resultará na 31ª legenda partidária do Brasil, quer ter base na sociedade civil. Entre seus apoiadores estão ex-integrantes do PT - como a própria Marina -, PSDB, PSB e PPS.
A ex-senadora chegou ao local do evento acompanhada da também ex-senadora Heloísa Helena, de Alagoas. Ela disse que não tem receio de que a legenda não seja formalizada. “Essa vida real nos dá esperança para colher assinaturas porque vamos colher essas assinaturas em rede”, pontuou.
A ambientalista liderou um ato concorrido em Brasília-DF, em que foi discutido o estatuto e financiamento da legenda, que aceitará doações e rejeitará qualquer contribuição vinda de fabricantes de armas, cigarros, bebidas alcoólicas e agrotóxicos.
Marina narrou que não está “recrutando” parlamentares para formar uma ampla bancada no Congresso. “Ninguém está à caça de parlamentar, nem fazendo tudo para ter bancada. As pessoas virão por identidade programática, por coerência com as regras da Rede. Muitos dos nossos aliados continuarão em seus próprios partidos”, expôs, e informou que as conversas que manteve com parlamentares foram feitas a pedidos deles. “Todos com quem eu conversei pediram para conversar comigo.”
Artistas gravaram mensagens e enviaram fotos apoiando o movimento, entre eles o também ex-ministro da Cultura de Lula, cantor Gilberto Gil.

Uruaçu 17/02/13 - (Redação, com agências, sob adaptações)

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