segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Alto Horizonte lidera exportações em janeiro

Puxados pelos sulfetos de minério de cobre, Alto Horizonte foi o Município goiano que mais exportou em janeiro, conforme relatório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgado dia 19 de janeiro. Em seguida estão Palmeiras de Goiás, Mozarlândia, Ouvidor e Goiânia. Luziânia, que liderou o ranking dos exportadores em 2009, ficou em 18º no mês passado, por causa da entressafra da soja, seu principal produto de exportação.

Segundo o Ministério, Alto Horizonte exportou US$22,33 milhões em janeiro, basicamente para a Espanha e a Índia. Na avaliação do secretário estadual de Indústria e Comércio, Luiz Medeiros, a tendência para este ano é de um salto por parte de Alto Horizonte, onde a Mineração Maracá, da Yamana Gold, instalada na localidade, planeja ampliar a produção e exportação do concentrado de cobre, diante da recuperação da cotação do minério.

Segundo colocado no ranking do mês passado, Palmeiras de Goiás totalizou vendas externas de US$15,26 milhões de carne bovina, enviada para a Rússia, Hong Kong, Argélia, Venezuela e Itália, entre outros Países. A carne bovina também foi o item exportado por Mozarlândia, no total de US$10,02 milhões, cujos destinos principais foram a Rússia, Irã, Hong Kong, Jordânia e Países Baixos (Holanda).

O Município de Ouvidor exportou US$9,18 milhões de ferronióbio, principalmente para a China, Países Baixos (Holanda), Rússia, Coréia do Sul e dos Estados Unidos. Goiânia ficou em quinto lugar entre os Municípios exportadores do mês anterior, com a venda de carne bovina, maionese, injetores para bicos de motor a diesel, condimentos e temperos e móveis de madeira. Os principais destinos foram o Irã, Egito, Hong Kong, Líbia, Filipinas e Israel.

 

Importadores

Anápolis e Catalão foram os Municípios goianos que mais importaram em janeiro, de acordo com o Ministério. As compras de outros Países por parte de empresas instaladas em Anápolis somaram US$231,7 milhões. Foram importados veículos e suas partes e insumos farmacêuticos, principalmente da Coréia do Sul, Suíça, França, dos Estados Unidos e Itália.

Catalão importou US$ 79,3 milhões em janeiro de itens como veículos e suas partes, tratores e insumos para adubos. As compras foram feitas do Japão, da Tailândia, dos Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Rússia. A lista completa da balança comercial goiana por Municípios relativa a janeiro de 2010 está disponível no endereço www.mdic.gov.br (Informações, sob adaptações, da Agência Goiana de Comunicação - AGECOM (GDI) [Goiânia], de 19/02/2010. Leia mais sobre o assunto, abaixo).

 

Luziânia lidera exportações goianas

Luziânia foi o Município goiano que mais exportou em 2009, seguido de Alto Horizonte, Itumbiara, Palmeiras de Goiás e Ouvidor. Luziânia e Alto Horizonte também estão entre os 100 maiores Municípios exportadores do País, respectivamente na 87ª e na 97ª colocações. A informação é do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que divulgou relatório ontem.

No ano passado, as vendas externas de Luziânia totalizaram US$363,07 milhões, principalmente do complexo soja, milho, conservas alimentícias e algodão. Os principais destinos destes produtos foram China, Holanda, Espanha e Tailândia, entre outros. O Município liderou o ranking estadual das exportações ao longo de todo o ano de 2009.

Segundo o secretário estadual de Indústria e Comércio, Luiz Medeiros, Luziânia concentra hoje grandes empresas exportadoras na área do agronegócio, como a Bunge, Brasfrigo, Minuano, do Friboi.

 

Sob ameaça

Mas ele acredita que a tendência para 2010 é de que a liderança fique com Alto Horizonte, onde a empresa Yamana Gold planeja ampliar a produção e exportação do concentrado de cobre, diante da recuperação da cotação do minério. No ano passado, Alto Horizonte manteve pelo segundo ano consecutivo a segunda colocação, com exportações de US$331,62 milhões de sulfetos de minério de cobre. Os principais países de destino foram Espanha, Índia, Alemanha e Suíça.

Já Itumbiara totalizou US$191,17 milhões em vendas externas do complexo soja, açúcar, milho e algodão. Os produtos foram vendidos para China, Reino Unido, França, Bélgica e EUA.

Palmeiras de Goiás exportou total de US$188,72 milhões, basicamente de carne bovina para Rússia, Irã, Argélia e Líbano, entre outros. Já Ouvidor registrou vendas externas de US$186,77 milhões de ferronióbio para a China, Holanda, o Japão, Coréia do Sul e Rússia.

 

Importadores

Anápolis foi o Município goiano que mais importou em 2009 e ficou em 22º lugar no ranking nacional, com total de US$1,5 bilhão. Foram adquiridos de outros Países principalmente automóveis e suas partes pela Hyundai e insumos farmacêuticos, pelas indústrias do setor (Teuto, Neo Química). Luiz Medeiros ressalta que as importações efetuadas por Anápolis agregam valor à produção goiana, o que é bom para a economia do Estado.

Catalão é o segundo colocado do Estado e o 40º do País, com US$769,1 milhões de importações, basicamente de insumo para fertilizante e automóveis e suas partes (Informações, sob adaptações, do jornal O Popular [Goiânia], de 15/01/2010).

Uruaçu 22/02/10 - (Da Redação do JC On-line/[Blog do Jornal Cidade])

domingo, 21 de fevereiro de 2010

EDITORIAL (‘Jornal Cidade’/Uruaçu-GO - www.jotacidade.com, edição 97) - 20/02/10

Hospital: esperança com fervor

 

Sob responsabilidade, na fase de construção, da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), que em agosto de 2009 apresentou oficialmente a área de edificação e lançou a pedra fundamental, o Hospital Geral de Urgência e Emergência Serra da Mesa, denominação estabelecida pela Secretaria da Saúde do Estado de Goiás (SES-GO), também rotulado como Hospital Regional de Referência do Norte ou Hospital Regional do Norte, é estrutura aguardada com ansiedade e fervor acima da média pelos nortenses, além de comunidades de outras regiões.

Mas quando isso - diga-se de passagem, investimento que gerará milhares de empregos desde a fase de construção, se estendendo até seu pleno funcionamento -, começará a ser avistado fisicamente? A aprovação final dos projetos arquitetônicos e complementares é realidade consumada e, de acordo com informações da Agetop, após a finalização do processo de licitação (essa é a fase atual) será possível determinar datas de início e da conclusão da obra.

Ano passado a Agetop tornou público que o diferencial da obra é seu planejamento modular, garantindo a possibilidade de ampliação com o aproveitamento total da base. Em dados da Agetop, a obra de 21 mil metros quadrados será instalada numa área total de 40 mil metros quadrados, doada pelo Município de Uruaçu em 2008, tão logo se decidiu a localidade de implantação. A expectativa é de que o Hospital alcance cerca de 244 mil pessoas, sendo beneficiadas diretamente vinte e duas cidades da região Norte goiana, que abriga 26. O terreno está estabelecido na avenida Galdino Moreira de Souza, esquina com a rua Belém, Parque Alvorada, parte Leste uruaçuense, atrás do Seminário maior São José.

O setor de engenharia do órgão do Governo de Goiás esclarece que, com a primeira parte modular concluída serão disponibilizados 180 leitos de internação, dos quais 20 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e 20 pediátricos.

O governador Alcides Rodrigues (PP) e a secretária de Estado da Saúde de Goiás, Irani Ribeiro de Moura, afirmam que a obra terá início e será concluída dentro de 2010. Reivindicação da Associação dos Municípios do Norte (Amunorte), o aparelhamento do Hospital será a segunda etapa. Etapa também que exigirá farta quantia para que a aquisição dos equipamentos seja desferida.

Da mesma forma que o Governo de Goiás, em atuação firme de Alcides Rodrigues, conseguiu fazer com que a atual bancada goiana do Congresso inserisse em 2008 emenda de bancada (destinação coletiva de verba) para a construção, seria necessário que o mesmo governador e a mesma bancada atuassem de forma implacável para que isso se desenvolva dentro de 2010, com o recurso do aparelhamento ganhando liberação em 2011.

Do contrário, só mesmo o próximo governador (mandato 1º/01/2011-31/12/2014) e a próxima bancada goiana atuariam em favor disso. Daí, se praticado dentro de 2011 o recurso seria liberado em 2012.

A necessidade da estrutura do porte desse Hospital cresce diariamente, o povo precisa de tal investimento. O não início da obra e os prazos relatados aqui são motivos de desânimo para muitos, que não deixam ter razão, mas acreditar e investir em pensamentos positivos é primordial.
Exemplo do ato de acreditar, investir de maneira positiva: dois dias antes de embarcar para o Leste europeu, o prefeito de Uruaçu foi perguntado pela Editoria-chefe deste periódico sobre o que ele pensa na atualidade em relação ao andamento das negociações pertinentes ao Hospital. Lourenço Pereira Filho (Lourencinho, PP) disse, com o espírito positivo que sempre lhe acompanhou: “O governador é homem bom, sério, honesto, de palavra e que gosta de Uruaçu e do povo nortense. Não percam por esperar. O Hospital será uma realidade, em favor dos nortenses.”.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

OPINIÃO - ARTIGO

Victor Hugo Lopes

Uma breve história da polícia

 

A polícia tem sua origem praticamente simultânea aos primeiros grandes agrupamentos sociais. A centralização da gestão das condutas humanas na figura de um poder central faz com que se tornem necessários mecanismos que assegurem a ordem pública e evitem o caos nas relações sociais. As organizações políticas compreenderam que sua própria estabilidade depende da ordem; a imposição de uma força capaz de coagir e intimidar a população permitiu o desenvolvimento de governos públicos.

A forma e o sentido da atividade policial tem se alterado ao longo do tempo. A percepção contemporânea da polícia é fruto de fatores estruturais e organizacionais ocorridos ao longo de seu processo histórico. Há relações de proximidade da palavra polícia com política, vez que diz respeito à maneira da autoridade coletiva exercer o poder.

A polícia, que surge como forma de controle social racionalizado, passa a ser compreendida como o agente público que coage condutas humanas tidas por perturbadoras da ordem pública. Portanto, a autorização legítima do uso da força é expressão característica da polícia; o que a torna reconhecível e a faz se reconhecer enquanto instrumento estatal. As primeiras formas de polícia pública europeia surgem na Inglaterra, por volta do século XIII.

O século XIX é o momento histórico em que a polícia moderna passa a ser estruturada dentro do Estado em moldes semelhantes aos atuais. A criação de uma força policial capaz de lidar com civis dentro de um ambiente urbano é o que a diferencia do exército. As cidades norte-americanas no século XIX encorajavam a iniciativa popular ao oferecer recompensas para a captura de criminosos. Alguns grupos foram formados para caçar criminosos. Trata-se de um dos diversos arranjos sociais de organização de uma força que tinha por objetivo manter a ordem conforme um molde eminentemente estatal.

Na Europa, o surgimento de forças policiais tem relação clara com a formação de levantes e movimentos sociais contra o poder estabelecido. A polícia europeia do século XIX tinha por meta conter a ação de “turbas”.

O sociólogo francês Jean Claude Monet escreveu que “durante séculos, a luta contra os distúrbios políticos e sociais é, na Europa, confiada principalmente ao exército. Mas, pouco a pouco, no decorrer do século XIX, os responsáveis militares se insurgem contra o desemprego de suas unidades na manutenção da ordem urbana. (...) Entusiastas, mas insuficientemente treinadas e equipadas, sem legitimidade, essas milícias contribuem para exarcebar os problemas de ordem pública mais do que para resolvê-los. (...) Premidos entre exércitos cada vez mais poderosos e milícias ineficazes ou pouco seguras, apesar de sua boa vontade, os Estados europeus escolhem reforçar a especialização policial no domínio do controle das multidões. Em certos casos, essa especialização leva a criar organizações policiais ditas do tipo ‘terceira força’, que se situam a meio caminho do exército e da polícia clássica”.

A polícia urbana é historicamente recente e constituições antigas sequer a citam em seu texto. Foi criada no século XIX para sanar problemas táticos e políticos. Essa força policial era menos dispendiosa em gastos que uma força militar, criava menos ressentimento na população e respondia melhor às diretrizes de uma autoridade civil.

A polícia norte-americana do século XIX traz quatro importantes inovações. A instituição tinha organização hierárquica, recebia ordens do Executivo ao invés do Judiciário, os uniformes tornaram seus membros visíveis - e assim reconhecidos pela população - e, por fim, foi pensada para ser ativa, englobando patrulhamento e liberdade para a acusação de criminosos. Desse molde norte-americano surge a polícia urbana contemporânea no Brasil.

O policiamento passa a ser percebido como um serviço urbano, que começa a ser cobrado pela população. Os efeitos da presença policial nas ruas fizeram com que a população reivindicasse patrulhas em áreas que não estivessem. Houve, portanto, um declínio no final do século XIX nos crimes violentos e nas mortes acidentais. A polícia torna-se uma força pública legitimada, a serviço de um ente público, o Estado, cujo molde é a base da força policial que ora existe nas mais diferentes sociedades ocidentais.

Victor Hugo Lopes é jornalista e professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC). Transcrito, sem adaptações, do jornal Diário da Manhã (Goiânia-GO), desta data. Postado em 19/02/10

OPINIÃO - ARTIGO

Desenvolvimento social e econômico exige ensino profissional qualificado

Joel de Sant’Anna Braga Filho

 

Foi no período colonial que teve início a evolução da profissionalização no Brasil. Nessa época aconteceu, portanto, a criação da Casa dos Educandos Artífices, que tinha como finalidade a assistência a crianças órfãs e abandonadas, que eram subordinadas a normas disciplinares bem rigorosas. Vários estados possuíam essa instituição. O primeiro a criá-la foi o Pará, isso em 1840. No ano posterior foi a vez do Maranhão criar a sua.

Nessa época havia também a preocupação de disseminar a língua portuguesa nas vilas do interior, leia-se aqui Amazonas, especificamente. Neste estado, a língua geral era o nheengatu: língua materna de parte da população cabocla do interior amazônico, que vem do tronco Tupi, da família Tupi-Guarani. Sem a disseminação da língua portuguesa, não haveria como a Casa dos Educandos Artífices obter êxito dentro do seu propósito de criação. E junto a isso outras instituições de ensino.

Essa preocupação quanto à língua consta em um relatório apresentado ao governo amazonense, cuja autoria é do professor, etnólogo e poeta Gonçalves Dias, o poeta ímpar do Romantismo brasileiro que cantou “Minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá.” No respectivo relatório está registrado o seguinte: “A vantagem da frequência das escolas estaria principalmente em se desabituarem da língua geral que falam sempre, em casa e nas ruas, e em toda parte. Se pouco demoram nas escolas, se têm essas longas interrupções de quatro meses e mais por ano, é claro que conservarão muitos erros de pronunciação e mesmo de linguagem, sem que isso deva reverter em desfavor do mestre.”

Na instituição do Amazonas, criada em 1858, às crianças indígenas e desvalidas eram ministradas várias atividades: iniciação à leitura e à escrita e treinamento em inúmeros ofícios manuais, como alfaiataria, sapataria, marcenaria entre outros. Os indiozinhos, que entravam para a Casa aos 12 anos, ganhavam nomes cristãos e tinham de usar uniformes. Essa idade de admissão tinha a ver com as atividades que exigissem maior capacidade física e mental das crianças. É importante mencionar outro problema social da época relacionado à criação das Casas dos Educandos Artífices: advindo a crise do sistema escravista, intensificou-se, então, a preocupação com o preparo dos trabalhadores.

Já em 1909, o então presidente brasileiro, Nilo Peçanha, criou 19 escolas de aprendizes artífices, uma em cada em Estado. No Decreto 7566/09, constava a finalidade das escolas: ajudar os “desfavorecidos de fortuna”, levando-os a “adquirir hábitos de trabalho profícuo” e assim afastar os educandos “da ociosidade, escola do vício e do crime”.

Nossa realidade hoje é, portanto, outra bem diferente. Com advento da globalização, faz-se necessária a adoção de novos modelos de produção industrial. Diferentemente do que ocorria anteriormente, a educação profissional que se ministra hoje tem dois focos: o econômico e o social. E essa educação profissional, vale dizer, tem de se amoldar-se aos imperativos da nova ordem econômica. Sem isso, é malhar em ferro frio.

Goiás tem muito o que comemorar neste sentido. Em 2009 foram ministrados cursos a 35 mil jovens, quantidade esta que é o triplo dos atendidos em 2008. Para este ano, o governo Alcides tem como meta chegar a 70 mil jovens atendidos.

Na semana passada, estivemos com a ministra da Casa Civil. Procuramos a ministra no sentido de obter a liberação de 26 milhões. Esse recurso está relacionado ao programa Brasil Profissionalizado. Há também a liberação de mais R$ 5.5 milhões destinados ao ETEC Brasil, do ensino a distância, que vai atender 40 municípios. Outra notícia boa para Goiás: a liberação de uma emenda de bancada no valor de R$ 13.334 milhões para implantação de CVTs, que são pequenas escolas técnicas. Isso vai representar mais formação profissional a milhares de jovens goianos e consequentemente gerar-lhes um padrão de vida cidadã. Vale dizer também: dar-lhes um rumo “profícuo” na vida para que o mundo da marginalidade não os seduza e os tire do caminho saudável da cidadania.

Nessa luta pela materialização da cidadania, o gestor público não pode se agarrar à bandeira partidária e assim não estabelecer parcerias com partidos adversários do seu. Deve, sim, se agarrar à bandeira do povo, que exige (e merece) a geração de emprego, mais segurança, mais educação. E tais benefícios muitas vezes exigem parcerias governamentais. É isso que aponta o bom senso.

Joel de Sant’Anna Braga Filho reside em Goiânia e é secretário estadual de Ciência e Tecnologia em Goiás; odontólogo; e, membro da Academia Goianiense de Letras (http://www.twitter.com/joelsantanna_). Transcrito, sem adaptações, do jornal Diário da Manhã (Goiânia-GO), desta data. Postado em 19/02/10

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Deu na coluna 'SABOR DA LEITURA', do 'JC'

Mais uma obra do articulista Mariano Peres, postada originalmente no espaço on-line do mesmo (http://mariano.peres.zip.net/). Postada na coluna dele no JC - SABOR DA LEITURA - e, aqui transcrita, sem adaptações (este mesmo texto está postado no link AGENDA POLÍTICA, do site do JC):

MEU CORAÇÃO É DE SANTANA,
MINH’ALMA SE ENGALANA
PELO AMOR DESTA CIDADE

Por Marcope (*) - Uruaçu, 29/01/2010

Circula pela INTERNET
E-mail não lisonjeiro
Fala mal do prefeito
Texto de pouco esmero
Com rima comprometida
Estilo algo grosseiro.
Atinge a honra alheia
E oculta a identidade.
Meu coração é de Santana
Minh’alma se engalana
Pelo amor desta cidade

Plagiou o meu cordel
Fez versos de pé quebrado
Do mote fez bordão
Porquanto não foi rimado
Meu texto é mais discreto
E não tão malcriado.
Denunciei muita coisa,
Mas mostrei a identidade.
Meu coração é de Santana
Minh’alma se engalana
Pelo amor desta cidade

Atinge a primeira-dama,
Do prefeito diz horror
Escarnece secretários
Com eles o procurador.
Fala até do harém
De algum vereador,
Como na antiguidade.
Meu coração é de Santana
Minh’alma se engalana
Pelo amor desta cidade

A mim, arraia miúda
Me chama bajulador,
Diz que sou puxa-saco,
Isso não me causa dor
Até me sinto honrado
Com o título de DOUTOR.
Com toda sinceridade
Meu coração é de Santana
Minh’alma se engalana
Pelo amor desta cidade

Há quem diga asneiras
Sem medir a conseqüência
Falar da honra alheia
Sem dos fatos ter ciência
Pode destruir um lar
Por tola maledicência.
Cultivemos, pois, a ética
E a responsabilidade.
Meu coração é de Santana
Minh’alma se engalana
Pelo amor desta cidade

(*) Nota da Redação: Marcope é um dos pseudônimos de Mariano Correia Peres

Postagem na coluna on-line: 1º/02/10

Uruaçu 1º/02/10 - (Transcrito, sem adaptações, da coluna SABOR DA LEITURA, do site do JC)

Sucesso do ‘Carnaval/2010’ X Choradeira do ‘Bloco dos Insatisfeitos’

Desrespeitar opiniões jamais, no entanto Uruaçu conta com o que pode ser rotulado de Bloco dos Insatisfeitos, quando o assunto é Carnaval/2010. Tudo por conta da mudança do local da festança, que ganhou novo endereço, o Parque de Exposições Durval Ponce Leones, situado no alto do bairro JK. É Parque de Exposições, no plural. Quem escreve ou fala Exposição está agindo totalmente errado. De saudosa memória, Durval Ponce Leones (de quem o autor destas linhas tem a honra de ser sobrinho) foi um dos mais tradicionais comerciantes, agropecuaristas, e, um dos mais eficientes presidentes do Sindicato Rural de Uruaçu (SRU) de todos os tempos, entidade com a qual a Prefeitura firmou parceria para a realização dos festejos carnavalescos.
Componentes (e simpatizantes dos ideais) do Bloco dos Insatisfeitos faltaram incendiar Uruaçu, como teriam feito com Roma, ao defrontarem com a nova realidade, envolvendo a área cultural uruaçuense: sim, a folia tem novo reduto, o Parque de Exposições.
Mas essa gente ardente, contrária ao casamento evento cultural X espaço rural já está mais calma, até mesmo devido a tropa de choque que estimulou o quase incêndio também ter se acalmado.
Fenômeno de venda, o livro Woodstock, de Pete Fornatale (traduzido no Brasil pelo boa gente Jamari França, de O Globo), mostra série de depoimentos lembrando evento de 40 anos atrás, o Woodstock, que reuniu cerca de quatrocentas mil pessoas.
Acontecimento que se transformou no marco principal de enorme revolução jovem da época, levantando forte onda de mudança musical, política e social, o evento cultural foi realizado numa fazenda (espaço rural) de 240 hectares em Bethel (condado de Sullivan), no Estado de Nova York, Estados Unidos.
Pois bem: naquele 1969, mentes pertencentes a um também Bloco dos Insatisfeitos chiaram devido o evento ter sido agendado para acontecer num recinto rural. Resultado final: espetáculo cultural histórico onde nomes do rock mundialmente consagrados se apresentaram, trata-se do maior Festival de todos os tempos.


Parque de Exposições - 20 perguntas e respostas
01-O Carnaval deixará de ser, em âmbito geral, a maior festa e a maior manifestação cultural do mundo, devido ser realizada no Parque de Exposições? Não.

02-Que morador deixará de ir ao Carnaval pelo fato de o evento ser realizado no Parque de Exposições? Nenhum.

03-Que turista deixará de ir ao Carnaval pelo fato de o evento ser realizado no Parque de Exposições? Nenhum.

04-Que folião deixará de ir ao Carnaval pelo fato de o evento ser realizado no Parque de Exposições? Nenhum.

05-Que atração musical deixaria de tocar no Carnaval pelo fato de o evento ser realizado no Parque de Exposições? Nenhuma.

06-Que comerciante ou prestador de serviço deixaria de negociar com a Prefeitura pelo fato de o evento ser realizado no Parque de Exposições? Nenhum.

07-Que ambulante ou prestador de serviço deixaria de atuar no Carnaval pelo fato de o evento ser realizado no Parque de Exposições? Nenhum.

08-O Carnaval deixará de ser bom devido ser realizado no Parque de Exposições? Não.

09-O novo point do Carnaval, Parque de Exposições, tem melhor estrutura do que o anterior, na avenida Transbrasiliana (Centro)? Sim.

10-O Parque de Exposições é bem localizado? Sim.

11-O acesso ao novo point do Carnaval, Parque de Exposições, é difícil? Não.

12-As áreas interna e externa do Parque de Exposições são grandes? Sim.

13-O Parque de Exposições tem estacionamento? Sim.

14-O Parque de Exposições possui boa iluminação? Sim.

15-O relevo do Parque de Exposições apresenta irregularidades? Não.

16-O Parque de Exposições possui alternativas suficientes e adequadas para dispersão, deslocamento do público? Sim.

17-Mudança do local do Carnaval: a Prefeitura visou ganhar dinheiro com a atitude? Não. Após recomendação da 1ª Promotoria do Ministério Público da Comarca de Uruaçu, no início de 2009, o prefeito Lourencinho (PP) se reuniu com o promotor Afonso Antonio. Representantes legítimos dos Poderes em pauta, eles dialogaram e assinaram um termo de ajustamento de conduta ambiental.

18-Já agendou as atrações que se apresentarão durante as noites do Carnaval uruaçuense no Parque de Exposições? Marcação Cerrada (sexta-feira, 12); Chiclete com Banana Cover (sábado, 13); Kotcha Bamba (domingo, 14); Sacana Geral (segunda, 15); e, Banda Mandala (terça, 16). Diariamente e em tenda própria e alternativa, a música eletrônica também será destaque por meio da equipe Abelbeetle, de Goiânia.

19-A Praia Generosa, do lago Serra da Mesa, em Uruaçu, foi esquecida neste espaço? Não. Fica a informação de que em todos os dias do Carnaval/2010, igualmente em 2009, de sábado a terça, durante o dia, o som automotivo também será destaque através da equipe Abelbeetle, de Goiânia.

20-De forma natural, é possível que meia dúzia de membros do Bloco dos Insatisfeitos deixe de ir ao Carnaval, no Parque de Exposições. Uma dica aos que vão ficar em casa descansando? Leitura do livro Woodstock.

Uruaçu 1º/02/10 - (Transcrito, sem adaptações, do site do JC - coluna AGENDA POLÍTICA, de 28/01/10)