quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Declaro para os devidos fins de direito, que o jornal Diário do Norte (de ‘Minaçu-GO’ - assim está no Expediente), através da sua edição 822, de 25 a 31/01/10, utilizou INDEVIDAMENTE o meu nome, na página 8 (parte inferior), com o artigo O carrasco do século (ou atualidade), texto sobre a dengue que não condiz com os meus princípios, com as minhas óticas. As opiniões que tenho sobre o assunto não são as constantes no texto.

Esclareço que não idealizei tal texto, não produzi tal texto, não escrevi tal texto, não editei tal texto, não enviei tal texto, não solicitei que o referido veículo de comunicação publicasse o mesmo. Jamais tive relação com tal texto. Ou seja: eu não pari esse artigo.

Saliento que nunca, na vida, solicitei ao jornal Diário do Norte qualquer veiculação (anúncio, nota, reportagem, artigo, foto-legenda, foto e afins).

Por ser verdade a presente, peço fineza de desprezarem e desvincularem o meu nome com a referida publicação do citado jornal e, com esse estranhíssimo e inaceitável erro.

Estranhíssimo e inaceitável devido eu nunca ter tido vínculo algum com o Diário do Norte. Meu nome não integra o cotidiano dele. Meu nome não faz parte do dia-a-dia do mesmo.


Uruaçu Goiás, 27 de janeiro de 2010.


JOTA MARCELO
Editor-chefe do Jornal Cidade




terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Uruaçuense, Emerson apoia Ney Nogueira




Nascido em Uruaçu, Emerson Vaz (foto 1), que divide atuação profissional no circuito Uruaçu-Goiânia, assumiu a presidência do PRP na cidade de Uruaçu.
Articulador político, o mesmo desenvolve trabalho que visa divulgar o nome de Ney Nogueira (PP) (foto 2), assessor do governador Alcides Rodrigues (PP) e pré-candidato a deputado estadual.
O número 44 corresponde ao partido de Emerson, que não avisa também: dentro das Eleições/2010, para governador apoiará o candidato que receber o ok do chefão Alcides Rodrigues.

Ney
Ligado politicamente ao governador, Ney Nogueira auxilia Alcides Rodrigues desde 1999, quando o mesmo passou a ocupar o cargo de vice-governador.
Conforme o JC noticiou, Ney Nogueira é um dos homens fortes dentro do Governo de Goiás, posição alcançada também devido a sua simplicidade, competência profissional e, seu trato fino com interlocutores de todo o Estado que lhe procuram (outros nomes da administração estadual, parlamentares, congressistas, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários municipais, dirigentes partidários, lideranças político-administrativas, representantes classistas, demais personalidades, populares).
Jogador de futebol profissional no passado, Ney Nogueira se identifica com Uruaçu há anos, desde quando atuou pelo Uruaçu, disputando o Campeonato Goiano da Segunda Divisão no início da década de 1990.
Com o decorrer dos tempos, Ney Nogueira visitou e visita Uruaçu constantemente, seja trabalhando (inclusive, já reivindicou e ajudou a cidade obter repasses; o mesmo faz nos dias de hoje) ou descansando às margens do lago Serra da Mesa.



Uruaçu 19/01/10 - (Jota Marcelo - Blog do JC On-line)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

domingo, 10 de janeiro de 2010

AGENDA DE 2010 - O que vai pautar o debate?

Em 2010, a so­ci­e­da­de go­i­a­na não vai po­der dei­xar de dis­cu­tir um pro­je­to de de­sen­vol­vi­men­to eco­nô­mi­co pa­ra o Es­ta­do. Es­sa é a opi­ni­ão de po­lí­ti­cos, eco­no­mis­tas, mé­di­cos, ci­en­tis­tas po­lí­ti­cos, edu­ca­do­res e em­pre­sá­rios go­i­a­nos. “Go­i­ás se de­sen­vol­ve de ma­nei­ra sig­ni­fi­ca­ti­va, mas sem pla­ne­ja­men­to a mé­dio e lon­go pra­zos”, afir­ma o de­pu­ta­do fe­de­ral Ru­bens Oto­ni (PT). Se­gun­do ele, o gran­de de­sa­fio dos go­i­a­nos es­te ano se­rá de­fi­nir que ti­po de de­sen­vol­vi­men­to se quer pa­ra Go­i­ás pa­ra que es­se cres­ci­men­to não se­ja ale­a­tó­rio.

Den­tro des­se de­ba­te, o de­pu­ta­do pe­tis­ta gos­ta­ria que es­ti­ves­sem in­cluí­dos a ques­tão am­bien­tal e o de­sen­vol­vi­men­to so­ci­al. “Não adi­an­ta ter de­sen­vol­vi­men­to eco­nô­mi­co se is­so não in­flu­en­ciar na qua­li­da­de de vi­da da po­pu­la­ção. É pre­ci­so au­men­tar a ri­que­za sem que ha­ja con­cen­tra­ção.” Ele pro­põe a ela­bo­ra­ção de um pla­no eco­nô­mi­co e so­ci­al pa­ra o Es­ta­do.

E é jus­ta­men­te a de­si­gual­da­de so­ci­al um dos te­mas a ser de­ba­ti­do em 2010, na opi­ni­ão do ci­en­tis­ta po­lí­ti­co Fran­cis­co Ita­mi Cam­pos, pró-rei­tor de pós-gra­du­a­ção da Uni­e­van­gé­li­ca. Se­gun­do ele, a so­ci­e­da­de vai ter que dis­cu­tir o re­fle­xo dos pro­gra­mas so­ci­ais e bus­car al­ter­na­ti­vas pa­ra sa­ir do as­sis­ten­ci­a­lis­mo, que se­gun­do ele não traz uma con­se­quên­cia fa­mi­liar. Não di­mi­nui a de­si­gual­da­de so­ci­al. “As pes­so­as não se pre­o­cu­pam em tra­ba­lhar por­que têm bol­sas e es­sa si­tu­a­ção cria uma po­pu­la­ção de­so­cu­pa­da, sem in­te­res­se em se qua­li­fi­car.” Pa­ra Ita­mi Cam­pos, o as­sis­ten­ci­a­lis­mo pra­ti­ca­do pe­lo go­ver­no é “des­ca­bi­do”.

Pa­ra o rei­tor da Uni­ver­si­da­de Es­ta­du­al de Go­i­ás (UEG), Lu­iz An­tô­nio Aran­tes, o as­sis­ten­ci­a­lis­mo é um de­ba­te que não po­de mais ser adi­a­do em Go­i­ás. “Os pro­gra­mas de as­sis­tên­cia so­ci­al de­vem ser vin­cu­la­dos à ca­pa­ci­ta­ção do ci­da­dão pa­ra re­cu­pe­rar sua au­to­es­ti­ma.” Se­gun­do ele, os be­ne­fi­ci­a­dos pe­los pro­gra­mas so­ci­ais não po­dem pas­sar a vi­da in­tei­ra vi­ven­do de as­sis­tên­cia. “Têm de se tor­nar agen­tes pro­du­ti­vos.”

Pa­ra o de­pu­ta­do fe­de­ral San­dro Ma­bel (PR), a dis­cus­são so­bre o de­sen­vol­vi­men­to do Es­ta­do abran­ge o as­pec­to da ad­mi­nis­tra­ção pú­bli­ca. “Pre­ci­sa­mos ter uma ges­tão mais mo­der­na pa­ra de­sen­vol­ver mais rá­pi­do.” Se­gun­do ele, em Go­i­ás os go­ver­nos têm fei­to mui­to pou­co no cam­po da in­fra­es­tru­tu­ra. “Te­mos que in­te­grar o cres­ci­men­to do Es­ta­do com o do go­ver­no fe­de­ral. A ban­ca­da de de­pu­ta­dos tem fei­to sua par­te, mas o Es­ta­do não tem si­do o in­du­tor do de­sen­vol­vi­men­to.”

Na opi­ni­ão do de­pu­ta­do fe­de­ral Ro­nal­do Cai­a­do (DEM), não há fór­mu­las má­gi­cas quan­do se fa­la em de­sen­vol­vi­men­to. “É pre­ci­so di­mi­nu­ir a cor­rup­ção e am­pli­ar a ba­se de in­ves­ti­men­tos.” E a ques­tão da pro­bi­da­de ad­mi­nis­tra­ti­va é um dos te­mas que a so­ci­e­da­de go­i­a­na de­ve dis­cu­tir em 2010, se­gun­do o se­na­dor De­mós­te­nes Tor­res (DEM). “Em de­cor­rên­cia das acu­sa­ções que vão ser fei­tas du­ran­te a cam­pa­nha elei­to­ral. As in­si­nua­ções já co­me­ça­ram.” Um de­ba­te que de­ve in­clu­ir a res­pon­sa­bi­li­da­de fis­cal do go­ver­no. “O Es­ta­do gas­ta mui­to, mas gas­ta quan­to e com quê? Quem en­di­vi­dou o Es­ta­do”, exem­pli­fi­ca o se­na­dor.

Pa­ra o de­pu­ta­do fe­de­ral Le­o­nar­do Vi­le­la (PSDB), no de­ba­te so­bre de­sen­vol­vi­men­to do Es­ta­do o prin­ci­pal as­pec­to é a in­fra­es­tru­tu­ra. “O Es­ta­do é de­fi­cien­te em es­tra­das, ae­ro­por­tos, fer­ro­vi­as e ener­gia.” De­mós­te­nes Tor­res ob­ser­va que Go­i­ás po­de vir a se tor­nar a lo­co­mo­ti­va do Pa­ís, mas pa­ra pu­xar a eco­no­mia na­ci­o­nal vai ter que in­ves­tir em es­tra­das mo­der­nas, na Fer­ro­via Nor­te-Sul, no ae­ro­por­to de car­gas de Aná­po­lis e am­pli­ar as hi­dro­vi­as. “E vai ter que ar­ras­tar, nes­sa tra­je­tó­ria, o En­tor­no de Bra­sí­lia e o Nor­des­te e Nor­te do Es­ta­do.”

 

Problemas crônicos - Pa­ra o pre­si­den­te da As­so­cia­ção Co­mer­cial e In­dus­tri­al de Go­i­ás (Aci­eg), Pe­dro Bit­tar, em 2010 os go­i­a­nos vão co­brar uma po­si­ção de­sen­vol­vi­men­tis­ta do Es­ta­do e so­lu­ções pa­ra pro­ble­mas crô­ni­cos, co­mo a cri­se da Celg e a pre­ca­ri­e­da­de das ma­lhas vi­á­rias aé­rea e ter­res­tre do Es­ta­do. De­ve-se dis­cu­tir tam­bém, no ano que se ini­cia, a re­du­ção do cus­to Bra­sil. “Pa­ra se de­sen­vol­ver, o Es­ta­do pre­ci­sa re­du­zir su­as des­pe­sas, re­du­zir a car­ga tri­bu­tá­ria, de­so­ne­rar a eco­no­mia”, diz Bit­tar. O que de­ve tor­nar a pro­du­ção go­i­a­na mais com­pe­ti­ti­va, com o au­men­to da pro­du­ti­vi­da­de e da qua­li­da­de. “O Bra­sil é a bo­la da vez, mas te­mos que fa­zer a nos­sa par­te”, afir­ma o em­pre­sá­rio.

O pre­si­den­te da Fe­de­ra­ção das In­dús­tri­as do Es­ta­do (Fi­eg), Pau­lo Afon­so Fer­rei­ra, con­si­de­ra a ener­gia um dos prin­ci­pa­is pon­tos a ser dis­cu­ti­do nes­te ano, além da hi­dro­via. “Te­mos que dis­cu­tir a Ara­gu­aia-To­can­tins, se há pos­si­bi­li­da­de de o Rio Ara­gu­aia se tor­nar um meio de es­co­a­men­to, se há um pe­rí­o­do do ano na­ve­gá­vel e qua­is as em­bar­ca­ções in­di­ca­das.” Em re­la­ção à in­fra­es­tru­tu­ra, o pre­si­den­te ob­ser­va que a Fer­ro­via Nor­te-Sul vai le­var o Es­ta­do a re­dis­cu­tir sua in­te­gra­ção mo­dal.

As Par­ce­rias Pú­bli­co-Pri­va­das (PPP) é ou­tro te­ma im­por­tan­te a ser de­ba­ti­do, se­gun­do Pau­lo Afon­so. “O Es­ta­do tem li­mi­ta­ções pa­ra in­ves­tir e a bu­ro­cra­cia é ou­tro en­tra­ve que as PPPs re­sol­ve­ri­am”, diz. Se­ria so­lu­ção pa­ra in­ves­ti­men­tos a se­rem fei­tos na área de sa­ne­a­men­to, sa­ú­de e edu­ca­ção. “A Fi­eg tem know how em for­ma­ção pro­fis­si­o­nal e, em par­ce­ria com o Es­ta­do, po­de­ria aten­der a de­man­da do mer­ca­do”, ob­ser­va Fer­rei­ra.

Se­gun­do o ci­en­tis­ta po­lí­ti­co Fran­cis­co Ita­mi Cam­pos, o de­sen­vol­vi­men­to do Es­ta­do pas­sa obri­ga­to­ri­a­men­te pe­la dis­cus­são so­bre uma es­tra­té­gia pa­ra su­pe­rar as di­fi­cul­da­des de Go­i­ás em re­la­ção à ocu­pa­ção, em­pre­go e em­pre­en­di­men­tos. Um de­sen­vol­vi­men­to que vai es­tar atre­la­do a ou­tra dis­cus­são, na opi­ni­ão do eco­no­mis­ta Jo­ão Al­cân­ta­ra: “Ao cres­ci­men­to da eco­no­mia de­pois da cri­se.” A ex­pec­ta­ti­va, se­gun­do ele, é de que em 2010 ha­ja um cres­ci­men­to bas­tan­te in­ten­so. Ou o apro­fun­da­men­to da cri­se, ob­ser­va o ci­en­tis­ta po­lí­ti­co Car­los De­brey. “Vai se dis­cu­tir a re­cu­pe­ra­ção da eco­no­mia de­pois da re­ces­são e os per­cal­ços da cri­se, que ain­da não foi de­be­la­da.”

Se­gun­do Jo­ão Al­cân­ta­ra, o mer­ca­do fi­nan­cei­ro não po­de dei­xar de ser de­ba­ti­do es­te ano. Se­gun­do ele, há uma pre­vi­são de au­men­to do ju­ro dos atu­ais 8,25% pa­ra 10% em 2010 de­vi­do ao for­te cres­ci­men­to es­pe­ra­do. O mer­ca­do aguar­da tam­bém a sa­í­da de Hen­ri­que Mei­rel­les do Ban­co Cen­tral. “Há mui­to ex­pec­ta­ti­va so­bre o per­fil de quem vai as­su­mir.”

O de­sen­vol­vi­men­to eco­nô­mi­co de Go­i­ás le­va a ou­tra dis­cus­são que a so­ci­e­da­de go­i­a­na não po­de mais pro­te­lar: a for­ma­ção pro­fis­si­o­nal. “Um Es­ta­do que se de­sen­vol­ve nos ín­di­ces de Go­i­ás não po­de dei­xar de pen­sar na pre­pa­ra­ção de mão-de-obra pa­ra aten­der as ne­ces­si­da­des do mer­ca­do”, afir­ma o de­pu­ta­do Ru­bens Oto­ni. “Se que­re­mos ser di­fe­ren­tes, te­mos que ter gen­te mais bem for­ma­da, que es­tu­da mais e dei­xar de im­por­tar mão-de-obra”, ob­ser­va San­dro Ma­bel. Es­te tam­bém é um te­ma pri­o­ri­tá­rio, na opi­ni­ão de De­mós­te­nes Tor­res.

 

 

Mão-de-obra é fundamental

Se­gun­do Pe­dro Bit­tar, o Es­ta­do me­lho­rou mui­to nes­se as­pec­to, mas pre­ci­sa, em 2010, ace­le­rar o pro­ces­so de for­ma­ção de mão-de-obra por­que o mer­ca­do cres­ce mui­to rá­pi­do e não jus­ti­fi­ca mais Go­i­ás im­por­tar tra­ba­lha­do­res de ou­tros Es­ta­dos. Se­gun­do o mé­di­co of­tal­mo­lo­gis­ta Mar­cos Ávi­la, pa­ra Go­i­ás cres­cer e ge­rar em­pre­go é pre­ci­so in­ves­tir na ca­pa­ci­ta­ção de mão-de-obra es­pe­cia­li­za­da. Ele con­ta que as pes­so­as que vêm aqui fa­zer tra­ta­men­to fi­cam apai­xo­na­das pe­la ci­da­de e pe­lo ser­vi­ço pres­ta­do na área mé­di­ca. “Em al­guns ho­té­is já exis­tem pes­so­as trei­na­das pa­ra fa­zer cu­ra­ti­vo e é ne­ces­sá­rio que a es­pe­cia­li­za­ção que há na área de sa­ú­de se ex­pan­da pa­ra as ou­tras áre­as de pres­ta­ção de ser­vi­ço.” Afi­nal, ob­ser­va, é mui­to mais fá­cil vir a Go­i­â­nia pa­ra re­sol­ver um pro­ble­ma que ir a São Pau­lo, por exem­plo.

Mar­cos Ávi­la acha que che­gou o mo­men­to da so­ci­e­da­de dis­cu­tir a cri­a­ção de em­pre­sas de tra­ba­lhos ci­en­tí­fi­cos que vão pla­ne­jar, exe­cu­tar e fis­ca­li­zar o ser­vi­ço pres­ta­do no Es­ta­do. Pa­ra Fran­cis­co Ita­mi, é pre­ci­so ir além da qua­li­fi­ca­ção pro­fis­si­o­nal. “Pre­ci­sa­mos dis­cu­tir so­bre uma es­tru­tu­ra de en­si­no que qua­li­fi­que ade­qua­da­men­te a so­ci­e­da­de.” Me­ca­nis­mos que con­ci­li­em qua­li­fi­ca­ção com edu­ca­ção.

Pa­ra o rei­tor da UEG, Lu­iz An­tô­nio Aran­tes, es­se de­ba­te de­ve en­vol­ver a pro­du­ção ci­en­tí­fi­ca em Go­i­ás. “Pre­ci­sa­mos dis­cu­tir o de­sen­vol­vi­men­to da pes­qui­sa com mai­or in­cen­ti­vo.” Ele lem­bra que Go­i­ás tem uma po­si­ção ge­o­grá­fi­ca pri­vi­le­gi­a­da, mas es­sa con­di­ção só se trans­for­ma­rá em van­ta­gem quan­do o Es­ta­do se de­sen­vol­ver no as­pec­to ci­en­tí­fi­co. “Tem que se cri­ar um par­que tec­no­ló­gi­co em Go­i­ás pa­ra ga­ran­tir o de­sen­vol­vi­men­to da ci­ên­cia.”

A cri­a­ção de uma am­bi­en­te pa­ra ino­va­ção tec­no­ló­gi­ca é tam­bém a pre­o­cu­pa­ção do rei­tor Edward Ma­du­rei­ra. “A uni­ver­si­da­de es­tá for­man­do mes­tres e dou­to­res e não tem on­de co­lo­cá-los a ser­vi­ço da po­pu­la­ção.” Se­gun­do ele, o par­que tec­no­ló­gi­co se­rá o es­pa­ço de in­te­ra­ção en­tre em­pre­sa e uni­ver­si­da­de. “Pre­ci­sa­mos dis­cu­tir uma po­lí­ti­ca de ci­ên­cia e tec­no­lo­gia.” A Fun­da­ção de Apoio a Pes­qui­sa de Go­i­ás (Fa­peg) é, na opi­ni­ão do rei­tor, um im­por­tan­te ins­tru­men­to des­sa po­lí­ti­ca. “Ga­ran­te a in­de­pen­dên­cia do Es­ta­do pa­ra fi­nan­ciar su­as pes­qui­sas”, ex­pli­ca Edward Ma­du­rei­ra.

A Edu­ca­ção faz par­te dos te­mas clás­si­cos de to­da so­ci­e­da­de e não po­de­ria dei­xar de ser dis­cu­ti­da em 2010 pe­los go­i­a­nos. A co­me­çar pe­la edu­ca­ção bá­si­ca. “Te­mos que dis­cu­tir a im­plan­ta­ção da es­co­la em tem­po in­te­gral na re­de pú­bli­ca”, afir­ma o de­pu­ta­do Ro­nal­do Cai­a­do. Uma ma­nei­ra de dar a es­co­la pú­bli­ca con­di­ções de for­mar alu­nos com­pe­ti­ti­vos. Es­se te­ma tam­bém es­tá na agen­da do se­na­dor De­mós­te­nes Tor­res. “É a ques­tão do fi­nan­cia­men­to da edu­ca­ção e da bai­xa qua­li­da­de do en­si­no. Es­se de­ba­te en­vol­ve a for­ma­ção e ca­pa­ci­ta­ção dos pro­fes­so­res”, afir­ma o se­na­dor.

Pa­ra o de­pu­ta­do fe­de­ral Le­o­nar­do Vi­le­la, a edu­ca­ção vai con­ti­nu­ar a ser dis­cu­ti­da em 2010. “A me­lho­ria do pro­ces­so de ava­li­a­ção de do­cen­tes e dis­cen­tes, a aces­so à edu­ca­ção, a edu­ca­ção pro­fis­si­o­na­li­zan­te, a in­te­gra­ção en­tre to­das as ins­tân­cias go­ver­na­men­tais que ofe­re­cem edu­ca­ção e a me­lho­ria as ins­ti­tu­i­ções.” Na opi­ni­ão de San­dro Ma­bel, a me­lho­ria da edu­ca­ção de­pen­de da ges­tão do di­nhei­ro pú­bli­co. “É pre­ci­so cor­tar des­pe­sas pa­ra so­brar di­nhei­ro pa­ra in­ves­tir em es­co­la de tem­po in­te­gral, em sa­la de au­la e em qua­li­fi­ca­ção dos pro­fes­so­res.”

 

Avanço no ensino - Edward Ma­du­rei­ra, rei­tor UFG, afir­ma que a me­lho­ria da edu­ca­ção bá­si­ca pre­ci­sa ser dis­cu­ti­da com mais pro­fun­di­da­de. “Não pos­so en­ten­der co­mo um pa­ís po­de ser a quin­ta eco­no­mia do mun­do sem re­sol­ver o pro­ble­ma da edu­ca­ção.” Se­gun­do ele, de­ve-se dis­cu­tir a re­mu­ne­ra­ção e o pla­no de car­rei­ra dos pro­fes­so­res. “Quem vai fa­zer a op­ção pe­lo en­si­no bá­si­co sem ter no ho­ri­zon­te o es­tí­mu­lo de uma boa re­mu­ne­ra­ção?”

Na opi­ni­ão do eco­no­mis­ta Sér­gio Du­ar­te de Cas­tro, em 2010, a so­ci­e­da­de go­i­a­na tem co­mo de­sa­fio avan­çar na qua­li­da­de do en­si­no. “Ti­ve­mos o avan­ço quan­ti­ta­ti­vo, mas a qua­li­da­de do en­si­no bá­si­co é las­ti­má­vel.” Se­gun­do ele, se­rá pre­ci­so cons­tru­ir um pac­to en­vol­ven­do go­ver­no, uni­ver­si­da­de e so­ci­e­da­de or­ga­ni­za­da pa­ra pen­sar uma mu­dan­ça na edu­ca­ção.

Mu­dan­ça que pas­sa pe­la va­lo­ri­za­ção da car­reia do do­cen­te, pe­la for­ma­ção e qua­li­fi­ca­ção dos pro­fes­so­res e por uma ges­tão mais mo­der­na. “É pre­ci­so co­brar e fis­ca­li­zar a qua­li­da­de, os in­di­ca­do­res e im­plan­tar a me­ri­to­cra­cia nas es­co­las”, afir­ma Sér­gio Du­ar­te.
A dis­cus­são so­bre edu­ca­ção em Go­i­ás re­me­te obri­ga­to­ri­a­men­te a UEG. “Te­mos que dis­cu­tir que UEG que­re­mos”, afir­ma Ru­bens Oto­ni. Se­gun­do ele, a uni­ver­si­da­de de­ve ser mais que um es­pa­ço de gra­du­a­ção, mas de pes­qui­sa e ex­ten­são. “De­ve ser um ins­tru­men­to fun­da­men­tal pa­ra nor­te­ar o de­sen­vol­vi­men­to do Es­ta­do.”

A UEG tam­bém es­tá na pau­ta do de­pu­ta­do San­dro Ma­bel pa­ra 2010. “A uni­ver­si­da­de de­ve ofe­re­cer cur­sos que in­du­zem o de­sen­vol­vi­men­to do Es­ta­do.” Se­gun­do ele, Go­i­ás te­ve um bo­om na área mi­ne­ral e os téc­ni­cos e en­ge­nhei­ros de mi­nas vi­e­ram de fo­ra. “A UEG é boa, mas não foi cri­a­da de for­ma es­tru­tu­ra­da”, afir­ma.

Além da UEG, tam­bém a pre­ca­ri­e­da­de da sa­ú­de se tor­nou um te­ma re­cor­ren­te em Go­i­ás. Go­i­â­nia vi­ve ho­je uma epi­de­mia de den­gue que já ha­via si­do anun­ci­a­da no ano pas­sa­do e mes­mo as­sim não foi evi­ta­da. Se­gun­do o de­pu­ta­do San­dro Ma­bel, a sa­ú­de no Es­ta­do se en­con­tra nes­ta si­tu­a­ção por­que o go­ver­no não bus­ca par­ce­ria com a Uni­ão. “Os mu­ni­cí­pios in­ves­tem ape­nas na com­pra de am­bu­lân­cias, na am­bu­lan­ci­o­te­ra­pia.” Se­gun­do ele, é pre­ci­so pen­sar em 2010 em se cri­ar um nú­cleo em Bra­sí­lia de pes­so­as que en­ten­dam de sa­ú­de pú­bli­ca e sai­bam on­de bus­car os re­cur­sos. “Di­nhei­ro tem, não tem gen­te pa­ra bus­car.”

 

Salários - Es­sa tam­bém é a opi­ni­ão do de­pu­ta­do Ro­nal­do Cai­a­do. “É pre­ci­so dis­cu­tir uma ma­nei­ra de au­men­tar os re­cur­sos da sa­ú­de.” Se­gun­do ele, os R$ 58 bi­lhões, que po­dem che­gar a R$ 64 bi­lhões, são ín­fi­mos pa­ra ga­ran­tir o aten­di­men­to ga­ran­ti­do pe­la Cons­ti­tu­i­ção Fe­de­ral. Se­gun­do o de­pu­ta­do, os mé­di­cos que tra­ba­lham ex­clu­si­va­men­te na re­de pú­bli­ca de­ve­ri­am ter car­rei­ra de Es­ta­do, as­sim co­mo os pro­mo­to­res. “É uma equa­ção com­pli­ca­da, mas pre­ci­sa­mos pa­gar sa­lá­ri­os com­pa­tí­veis pa­ra os mé­di­cos pa­ra ga­ran­tir bom aten­di­men­to de sa­ú­de.”

A sa­ú­de pú­bli­ca tam­bém es­tá na agen­da do de­pu­ta­do Le­o­nar­do Vi­le­la. “Es­tá ca­ó­ti­ca. Bas­ta ver a si­tu­a­ção da den­gue no Es­ta­do, as fi­las e o mau aten­di­men­to.” Pa­ra Fran­cis­co Ita­mi Cam­pos, a dis­cus­são so­bre sa­ú­de de­ve en­vol­ver a pre­ven­ção. “Por que ven­der san­du­í­che e re­fri­ge­ran­te nas es­co­las pa­ra mais adi­an­te ter­mos pro­ble­mas com co­les­te­rol, di­a­be­tes e tan­tos ou­tros?”, ques­ti­o­na o ci­en­tis­ta po­lí­ti­co.

O de­sen­vol­vi­men­to do Es­ta­do es­bar­ra em ou­tro te­ma pre­do­mi­nan­te em 2010: o meio am­bi­en­te. “A mi­nis­tra Dil­ma Rous­seff es­ta­va cer­ta quan­do dis­se que o meio am­bi­en­te é uma ame­a­ça ao de­sen­vol­vi­men­to sus­ten­tá­vel”, ob­ser­va o eco­no­mis­ta Jo­ão Al­cân­ta­ra. Se­gun­do ele, pa­ra aten­der as ne­ces­si­da­des do meio am­bi­en­te o ho­mem tem que vol­tar à Ida­de da Pe­dra. “Va­mos ter que dis­cu­tir es­sa equa­ção em 2010, bus­car uma for­ma de equa­li­zar os dois as­pec­tos.”

 

 

Cerrado vai estar na discussão

Pa­ra o ci­en­tis­ta po­lí­ti­co Car­los De­brey, a dis­cus­são so­bre meio am­bi­en­te de­ve en­vol­ver o aque­ci­men­to glo­bal, mas prin­ci­pal­men­te a si­tu­a­ção do Cer­ra­do. “Um te­ma re­le­van­te pa­ra a cam­pa­nha elei­to­ral”, diz. Ele lem­bra que nas dé­ca­das de 80 e 90, o pro­ces­so de im­plan­ta­ção de mo­no­cul­tu­ras no Es­ta­do, prin­ci­pal­men­te da so­ja, pro­vo­cou a des­tru­i­ção de gran­de par­te do bi­o­ma, res­pon­sá­vel pe­la pre­ser­va­ção das águas no Cen­tro-Oes­te. “Ape­sar de não ser pri­o­ri­da­de do go­ver­no, es­sa de­ve ser uma das pre­o­cu­pa­ções da so­ci­e­da­de ci­vil”, apos­ta De­brey.

Na opi­ni­ão de Ro­nal­do Cai­a­do, o de­ba­te so­bre a sus­ten­ta­bi­li­da­de pas­sa por uma re­or­de­na­ção dos ór­gã­os de fis­ca­li­za­ção am­bien­tal, que de­ve­ri­am dei­xar de ser pu­ni­ti­vos “e acha­car as pes­so­as”, pa­ra se­rem edu­ca­ti­vos. Pa­ra o eco­no­mis­ta Sér­gio Du­ar­te, o de­ba­te am­bien­tal em Go­i­ás pas­sa pe­la co­le­ta se­le­ti­va e re­ci­cla­gem do li­xo e o uso de ener­gia al­ter­na­ti­va. Ele lem­bra que, na Chi­na, a ilu­mi­na­ção pú­bli­ca é ali­men­ta­da por ener­gia so­lar. “Em ca­da pos­te há uma pla­ca cap­tan­do a ener­gia so­lar.” O uso de ener­gia re­no­vá­vel de­ve es­tar na agen­da dos go­i­a­nos em 2010, se­gun­do Le­o­nar­do Vi­le­la. Pa­ra o rei­tor do UEG, Lu­iz An­tô­nio Aran­tes, a dis­cus­são do meio am­bi­en­te não se re­su­me à sus­ten­ta­bi­li­da­de, mas en­vol­ve qua­li­da­de de vi­da. “O que o ho­mem po­de con­ti­nu­ar a pro­du­zir sem com­pro­me­ter o meio am­bi­en­te.” No ca­so es­pe­cí­fi­co de Go­i­ás, a dis­cus­são mais im­por­tan­te no cam­po da ques­tão am­bien­tal en­vol­ve o Cer­ra­do. “Te­mos que bus­car mei­os de con­ti­nu­ar pro­du­zin­do, no Cer­ra­do, sem avan­çar nas áre­as pre­ser­va­das.”
Pa­ra o rei­tor Edward Ma­du­rei­ra, as ca­tás­tro­fes na­tu­ra­is que ocor­rem em to­do o pa­ís evi­den­ci­am a ne­ces­si­da­de do de­ba­te so­bre o meio am­bi­en­te. “Em Go­i­â­nia pre­ci­sa­mos dis­cu­tir o ex­ces­so de im­per­me­a­bi­li­za­ção do so­lo, o que de­ve tra­zer pro­ble­mas pa­ra a dre­na­gem de águas plu­vi­ais no fu­tu­ro, e con­so­li­dar a co­le­ta se­le­ti­va em to­da ci­da­de.”

 
Segurança - A se­gu­ran­ça pú­bli­ca é ou­tro te­ma que os go­i­a­nos não vão po­der dei­xar de dis­cu­tir em 2010, que co­me­çou com qua­se du­as de­ze­nas de as­sas­si­na­tos. A mai­o­ria de­les vin­cu­la­dos ao trá­fi­co de dro­gas, es­pe­ci­al­men­te de crack. “É pre­ci­so se pen­sar em me­di­das emer­gen­ci­ais e em so­lu­ções pa­ra mé­dio e lon­go pra­zo”, ob­ser­va San­dro Ma­bel. Se­gun­do ele, é pre­ci­so in­ves­tir em es­co­las em tem­po in­te­gral e no es­por­te pa­ra evi­tar que as cri­an­ças te­nham o pri­mei­ro con­ta­to com a dro­ga. “E te­mos que bus­car os ta­len­tos nas es­co­las, at­le­tas, e is­so não é ca­ro. Bas­ta fa­zer par­ce­rias com a ini­ci­a­ti­va pri­va­da”, diz.

Ou­tra me­di­da que de­ve ser dis­cu­ti­da em 2010, se­gun­do San­dro Ma­bel, é a pri­va­ti­za­ção do sis­te­ma pe­ni­ten­ci­á­rio. “É pre­ci­so aca­bar com a im­pu­ni­da­de. A pes­so­as que é pre­sa por trá­fi­co de crack, por exem­plo, fi­ca li­vre por­que não tem on­de pren­dê-la.” Se­gun­do ele, a ini­ci­a­ti­va pri­va­da tem con­di­ções de cri­ar pe­ni­ten­ci­á­rias-mo­de­lo, que vão cus­tar mais ba­ra­to e o pre­so sai re­cu­pe­ra­do. Se­gun­do Ro­nal­do Cai­a­do, a vi­o­lên­cia che­gou a um pon­to in­sus­ten­tá­vel com a es­cal­da das dro­gas e prin­ci­pal­men­te do crack. Ele diz que, em 2010, a so­ci­e­da­de vai ter que dis­cu­tir po­lí­ti­cas pa­ra ini­bir ou mi­ni­mi­zar o trá­fi­co e a uti­li­za­ção de dro­gas.

Pa­ra Sér­gio Du­ar­te, a ques­tão da vi­o­lên­cia de­ve ser en­fren­ta­da de for­ma es­tru­tu­ral por meio da cri­a­ção de re­des so­ci­ais, da cons­ti­tu­i­ção de po­lí­cia co­mu­ni­tá­ria e da in­clu­são dos es­pa­ços agre­ga­dos, on­de cres­ce a cri­mi­na­li­da­de. “O trá­fi­co de dro­gas e o con­su­mo de crack são pro­ble­mas so­ci­ais gra­ves que de­vem ser en­fren­ta­dos.”

Na opi­ni­ão do rei­tor da UEG, Lu­iz Aran­tes, a se­gu­ran­ça es­tá as­so­cia­da à edu­ca­ção, “que de­ve es­tar pre­sen­te na vi­da das pes­so­as des­de a fa­se ini­ci­al”. O que mais pre­o­cu­pa o rei­tor na área da se­gu­ran­ça pú­bli­ca é o trá­fi­co de dro­gas. “Es­ta­mos ven­do a des­tru­i­ção de fa­mí­lias in­tei­ras por cau­sa do crack.” A pre­ca­ri­e­da­de da se­gu­ran­ça pú­bli­ca em Go­i­ás re­fle­te, se­gun­do Fran­cis­co Ita­mi Cam­pos, as con­di­ções de atra­so do Es­ta­do.

O trân­si­to e o tran­spor­te em Go­i­â­nia não po­dem dei­xar de ser dis­cu­ti­dos es­se ano, afir­ma o eco­no­mis­ta Sér­gio Du­ar­te. Se­gun­do ele, a ci­da­de ex­pe­ri­men­ta um pro­ces­so de cres­ci­men­to mui­to ace­le­ra­do, o que tem atra­í­do mui­tos mi­gran­tes. Nos pró­xi­mos anos, ob­ser­va, o cres­ci­men­to de­ve ser ain­da mai­or, “o que de­ve exi­gir um gran­de pla­ne­ja­men­to es­tra­té­gi­co pa­ra a pró­xi­ma dé­ca­da.” Bus­car so­lu­ções pa­ra o trân­si­to e tran­spor­te que pas­sem pe­la cri­a­ção de ci­clo­vi­as e va­lo­ri­za­ção do tran­spor­te co­le­ti­vo. “A ci­da­de pre­ci­sa en­con­trar so­lu­ções ou­sa­das. Não um me­trô, mas ve­í­cu­los le­ves so­bre tri­lhos, sis­te­ma que cres­ce na Eu­ro­pa, in­te­gra­dos com mi­cro-ôni­bus.” Es­te tam­bém é um dos te­mas apon­ta­dos pe­lo de­pu­ta­do Le­o­nar­do Vi­le­la. “O trân­si­to es­tá ca­ó­ti­co em Go­i­â­nia.”


Transporte - Pa­ra o mé­di­co Mar­cos Ávi­la, a me­lho­ria da qua­li­da­de do trân­si­to e do tran­spor­te não po­de dei­xar de ser de­ba­ti­da em 2010. Edward Ma­du­rei­ra tam­bém ci­ta o tran­spor­te co­mo um te­ma a ser am­pla­men­te de­ba­ti­do em 2010. Se­gun­do ele, o go­ver­no de­ve bus­car al­ter­na­ti­vas pa­ra o tran­spor­te co­le­ti­vo por­que “es­tá im­pos­sí­vel tra­fe­gar em Go­i­â­nia”.

Pa­ra Jo­ão Al­cân­ta­ra, a Co­pa do Mun­do e os re­fle­xos do cam­pe­o­na­to no tu­ris­mo e no es­por­te tam­bém vão es­tar na pau­ta dos go­i­a­nos em 2010 de­vi­do à pro­xi­mi­da­de com Bra­sí­lia, on­de al­guns jo­gos vão ser re­a­li­za­dos.

Os te­mas de 2010 são os mes­mo de 20 anos atrás e, se­gun­do o de­pu­ta­do Ro­nal­do Cai­a­do, o pro­ble­ma não es­tá em iden­ti­fi­cá-los. As pes­qui­sas os apon­tam cla­ra­men­te. É pre­ci­so co­ra­gem pa­ra dis­cu­ti-los e, mais que is­so, mu­dar as re­gras. Em ano elei­to­ral, es­tes te­mas vi­ram mo­tes de cam­pa­nha. “Tu­do o que se dis­cu­tir em 2010 vai es­tar re­la­ci­o­na­do com o pro­ces­so elei­to­ral”, ob­ser­va o de­pu­ta­do Le­o­nar­do Vi­le­la. As elei­ções se­rão o pra­to do dia em 2010, prin­ci­pal­men­te a pre­si­den­ci­al, mas se­gun­do o rei­tor Lu­iz Aran­tes vão ser dis­cu­ti­das den­tro de prin­cí­pios éti­cos. “Vai se dis­cu­tir a cor­rup­ção, não ape­nas a que se re­fe­re a des­vio fi­nan­cei­ro, mas a cor­rup­ção mo­ral.”

Uruaçu 10/01/10 - (Transcrito, sem adaptações, do Jornal Opção [Goiânia-GO] -Andréia Bahia, edição de 10 a 16/01/10)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Acusados de integrar rede de pedofilia em Catanduva são condenados

Acusado de ser um dos principais integrantes da rede de pedofilia em Catanduva-SP, o borracheiro José Barra Nova de Mello, o Zé da Pipa, de 47 anos, foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão. Seu sobrinho, William de Mello de Souza, 20, recebeu pena de 12 anos.
Eles foram condenados pela juíza Sueli Juarez Alonso, titular da Vara da Infância e Juventude do Fórum de Catanduva.
Assinada no dia 28 de dezembro, a sentença foi divulgada nesta quinta-feira pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça.
A juíza acusa Zé da Pipa de ter molestado quatro crianças e ter abusado de outros três menores junto com o sobrinho, entre 2008 e 2009. A dupla, que está presa, e outros suspeitos, alguns de famílias influentes, são acusados de abusar de mais de 50 crianças em Catanduva.
“A conduta dos réus é de todo reprovável. Os crimes cometidos são graves. Não há como acolher a tese da defesa, a prova é robusta”, afirmou a juíza.

Uruaçu 07/01/10 - (Transcrito, sem adaptações, do site do Portal G1 [São Paulo-SP] [Agência Estado/São Paulo-SP], desta data)