domingo, 9 de dezembro de 2012

Solange Bertulino sonha receber Prefeitura com o mínimo de dívidas

Esta veiculação é a parte final da entrevista que o Jornal Cidade fez com a prefeita eleita de Uruaçu, Solange Bertulino (PMDB), quando da visita dela a Redação do periódico, em 30 de outubro. Acompanhada de Ademir Sandoval e Evisio Silva, presidente e vice-presidente do PMDB local naquela data; e, de Marciel Lázaro Araújo Silva (militante, aliado), a nova chefe do Poder Executivo municipal respondeu a mais que 50 questões, coordenadas pelos editores Jota Marcelo e Márcia Cristina.
Neste segundo tópico, dividido em quatro partes, a vitoriosa pela coligação Resgatando a cidadania do povo de Uruaçu (que reuniu ainda o PSB [do vice-prefeito eleito Professor Francisco], PT e PC do B) fala sobre política e relações institucionais (reportagem principal); economia e recursos (primeira submatéria); saúde pública (segunda submatéria); e, urbanismo (terceira submatéria).
As respostas da parte inicial da entrevista estão publicadas no link Municipais (postagem de 15 de novembro), do site www.jotacidade.com. O atrativo também está postado no link Edições Anteriores, edição 150. Da mesma forma, no Blog do JORNAL CIDADE/Personalidades.

Quando assumir em 1º de janeiro, Solange Bertulino
já estará sabendo de parte da situação financeira
da Prefeitura. 2013 deve ser de contínuos ajustes

Solange Bertulino na Redação, acompanhada
de Ademir Sandoval (esq.) e Evisio Silva

De que forma a Solange Bertulino planeja lidar com o Poder Legislativo?
De maneira muito clara, simples, visto que uma coisa que eu sempre prezo, sempre prezei durante o andar da minha vida, é que a gente respeite o limite, dever e a competência de cada um. São casas distintas, onde há o respeito em cada uma delas e o relacionamento tem que ser de transparência, trabalho e de busca sempre de benfeitoria para o nosso Município. Afinal de contas fomos eleitos para fazer e transformar o Município onde a gente vive. Então, esse relacionamento vai ser sempre pautado no respeito, na ética, transparência e na busca, na busca incessante de benfeitorias para o cidadão de Uruaçu.

E com o Poder Judiciário e o Ministério Público (MP)?
Da mesma forma, uma coisa que eu sempre digo, eu sempre falei e realizei, é o ato de respeitar as instituições. A partir do momento que você respeita as instituições, você é respeitado. E o respeito que eu digo é o seguinte: é dever do Ministério Público defender a população de estar indo e vindo, é um direito dele, é o trabalho dele, mas também é um dever e direito nosso, estar ponderando, estar defendendo, direcionando. Quando falamos de respeito às instituições é essa relação amistosa, respeitosa, porém sem nenhum laço, sem nenhum compromisso de A, B ou de C. É respeitar as instituições lá, ou seja, fazer o dever de casa lá e nós fazermos de cá. E é bem lembrado. Gostaria de lembrar também: enquanto candidata eu estive em todos - Ministério Público, juízes, colocando lá o meu nome, de toda minha equipe, frisando que gostaria muito, estava candidata naquele momento, de fazer por Uruaçu o que eu acho necessário e que iria, se eleita fosse, o meu dever de casa e, iria respeitar as ponderações e os limites de cada Poder.

E com as entidades e representações do terceiro setor?
A relação da prefeita com as instituições não foge à regra, porque todas as instituições trabalham em um objeto comum, em prol de um só projeto, que é a melhoria da vida do cidadão, do Município, seja de A ou B ou classe social. Então, vai ser da mesma forma, uma relação amigável, transparente e respeitosa, onde podemos estar, através dessas entidades, buscando melhorias e benfeitorias para o Município.

Nota da Redação: ponderações de Evisio:
-“Os prefeitos dão trabalho demais para a assessoria, são cheios de picuinhas, frescura, excentricidade. E quando começamos uma campanha temos que estar em sintonia. Nunca fiz campanha de um partido que eu não tivesse afinidade ou alguém candidato que não tivesse nada a ver. Fiz essa contextualização para chegar na Solange. Qual é a diferença, minha opinião pessoal, que eu achei na Solange? Primeira coisa, que nunca vi em nenhuma liderança política a humildade de querer aprender. São qualidades que acho extremamente importante para um líder. A Solange, tudo, tudo que você pensar, ela liga para a gente, até incomoda, querendo opinião, querendo saber. Conversamos sobre isso - eu, ela, Ademir, Marciel, a Ana [Maria Gundim] [aliada e integrante do grupo de apoio a prefeita eleita], a Maria de Fátima [educadora; e, integrante do grupo de apoio a prefeita eleita], que estão sempre por perto, presidentes de partidos. No início, tinham aquele medo, quando começamos a fazer essa aliança, isso é histórico aqui em Uruaçu, o povo via o PMDB como um ‘bicho’, autoritário, quer tudo só para ele. Eu acho que a Solange vai colocar um ponto final nesta história toda e, eu sempre tenho dito em nossas conversas que vamos começar uma nova etapa política em Uruaçu, inclusive falo isso para nossos adversários políticos, que foram adversários políticos de campanha, agora já não são mais, pelo fato de eu ter carregado muitos bons relacionamentos dos adversários. Isso é uma coisa particular minha mesma, que eu trouxe para cá com o pessoal do Lourenço [prefeito Lourencinho, do PP]. Tanto é, que eu tenho um bom relacionamento - acho que não tem melhor -, trânsito, consigo conversar, resolver problemas com todos eles. Estou falando isso pela questão dos vereadores... Foi perguntado na entrevista... Pois já começou aí o embate: pela mesa diretora, a presidência da Câmara [Municipal de Uruaçu] e, a Solange ligou, começaram a ligar para ela, colocar pressão e a Solange perguntou: ‘Como vamos fazer?’. Eu disse: ‘Solange, vamos deixar eles resolver?’. Acho que, como os Poderes são independentes e, nós entendemos que lá na Câmara, no geral, não sei se vocês concordam, a Câmara ficou boa, eu acho, que eles podem se entender bem [as conjecturas estão em andamento no que se refere à mesa diretora 2013]

Mensalão e Supremo Tribunal Federal (STF). Como avalia o julgamento de casos de corrupção, denunciados lá em 2005?
Acho que o processo correu de forma natural, houve comprovação e houve o julgamento. Agora, como cidadã, eu penso que as coisas estão tomando um rumo que têm que tomar, já que é um anseio velho, um velho anseio de transparência nas ações a partir de todos, principalmente dos políticos, um direcionamento para onde está indo isso ou aquilo. Acho que os órgãos em si, as entidades estão demonstrando isso através dos seus julgamentos. Penso que o nosso Município, o nosso País, a tendência dele é aprimorar e crescer ainda mais nesse sentido. O que todos querem é que as coisas sejam transparentes, que quando olharmos, entendermos, porque esse processo do mensalão, por exemplo, grande parte do nosso povo, inclusive alguns de nós [presentes da Redação], temos dificuldades para entender toda essa questão processual, a linguagem de advogados. Eles falam uma linguagem de advogado e nosso povo, o mais simples às vezes não consegue entender muito bem. Eu penso que de uma maneira mais clara, isso, com o passar do tempo, vai ficar melhor para todos os cidadãos, o que é ser ficha limpa, o que é a Lei da Ficha Limpa, o que é ter transparência, fazer as coisas e mostrar como foi feito. Os nossos magistrados, as entidades estão caminhando no caminho que têm que caminhar mesmo, a procura realmente do anseio da população que quer representantes a altura do seu povo.

Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Integrado Serra da Mesa: não seria viável mudar a sede para Goiânia, pois os prefeitos afirmam não querer presidi-lo devido estar sediado em Uruaçu. Com sede na capital, o Cidisem estaria na segunda cidade de todo prefeito. Ou na sua ótica ficaria como é: o presidente quase sempre ser o titular do Executivo uruaçuense?
Olha só: essa relação com o Cidisem, hoje, como se apresenta, é mais uma questão de diálogo, agora que foram renovados quase todos os prefeitos da região [integrantes da entidade]. Eu acho que é mais uma questão de diálogo, porque veja bem: tirar a sede do Cidisem de Uruaçu, cidade polo e, levar para Goiânia, eu acho que precisamos sentar, nós prefeitos, conversarmos sobre essa situação e designar direcionamentos para o Cidisem. Até então eu não vi, não tenho nenhuma informação desde 2009. O que eu sei é que o atual prefeito [de Uruaçu, Lourencinho, do PP] é o presidente e não tem nenhuma ação nesse sentido... Não sei [sobre o fato de] que o Consórcio tenha atuado ou desenvolvido ação na área específica. Então, é uma questão de tomar pé da situação, dialogar e achar uma situação viável. Nas ações de Furnas [Eletrobras Furnas], a Marisa [Marisa Araújo, prefeita de Uruaçu nos mandatos 2001-2004 e 2005-2008 e, presidente do Cidisem em diferentes períodos] conseguiu uma grande leva de recursos para a preservação, inserção. Até na cultura, igual o apoio para o Memorial Serra da Mesa [complexo de natureza científica e educativa existente às margens do lago Serra da Mesa, em Uruaçu e, administrado pela Fundação de Desenvolvimento da Região da Serra da Mesa, a Fusem]. Eu sei que teve uma parte do orçamento lá. Ações ambientais, que é o que mais precisa, preservação ambiental.

Nota da Redação: em dados da empresa (e conforme já informado pelo Jornal Cidade), antes atuando em separado, Eletrobras e Furnas se transformaram em empresa única, nascendo a Eletrobras Furnas, que atua no segmento de geração e transmissão de energia, de economia mista e é, subsidiária da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Além da geração hídrica e termelétrica, a Eletrobras Furnas investe também em fontes alternativas de energia. Em parceria com outros grupos empresariais, comercializou a energia e obteve a autorização para construir 17 parques eólicos no Ceará e no Rio Grande do Norte. A Eletrobras Furnas possui um complexo de empreendimentos responsável por dez por cento da geração de energia elétrica do País. São 15 usinas hidrelétricas, duas termelétricas, aproximadamente 20 mil quilômetros de linhas de transmissão e cinquenta e duas subestações. De toda a energia consumida no Brasil, mais de 40 por cento passam pelo Sistema Eletrobras Furnas, proprietária majoritária da Usina hidrelétrica Serra da Mesa, que tem Uruaçu como uma das cidades ribeirinhas. O Cidisem nasceu sob incentivo da Eletrobras Furnas e, para desenvolver ações em localidades lindeiras ou de alguma ligação com o reservatório. Visão da empresa, mirando ao ano 2018: ser o maior e mais bem sucedido agente brasileiro no setor de energia elétrica

Nota da Redação (2): ponderações de Ademir: alegando que o atual quadro de prefeitos eleito é sinônimo de novos gestores membros do Cidisem mais abertos para o diálogo (pregado por Solange), ele defende a ideia de que a representação (oficialmente composta por 13 Municípios) terá melhores condições de funcionamento, cumprindo - de fato -, as ações do cotidiano. Ademir chegou a lembrar: “Só dois prefeitos filiados foram reeleitos: o Iranzinho, [PSD] de Colinas do Sul e, o Nenzão [PSD], de Campinaçu.” Entre os membros novatos apontados como bons de diálogos, Ademir citou, além dos dois, os seguintes prefeitos eleitos: Luiz Teixeira (PMDB - Niquelândia), Elvino Coelho (PMDB - Mara Rosa), Maurídes Nascimento (PSDB - Minaçu), Jacob Ferreira (PMDB - São Luiz do Norte) e Chicão (PSB - Campinorte). Agrônomo, Ademir opina que o Consórcio devia se envolver também com causas referentes aos loteamentos, as demarcações nas margens do lago (ocupações em geral). “Isso aí vai virar uma ‘favela’ e, depois ninguém dá conta de consertar questões ambientais na beira do lago”, prevê. Disse Ademir: “As ações que mais precisam [ser priorizadas] são as ações ambientais. As endemias também são fundamentais, ainda mais com esse sobe e desce do lago. As outras coisas são de responsabilidade de cada Município consorciado”, alerta Ademir, que por fim, aconselha (citando exemplos vistos no Paraná) o Cidisem lidar mais amplamente com o segmento saúde pública (hospital, medicamentos), pois, entre outras conquistas, poderia ajudar até mesmo as Prefeituras agremiadas na aquisição de bens e produtos do segmento sob economia e menor burocracia. E, não deixou de enaltecer a gestão pública de qualidade em todos os sentidos

Nota da Redação (3): Evisio enalteceu a importância e memorizou uma gama de iniciativas do Cidisem, evidenciou o associativismo organizado e propõe o fortalecimento do Consórcio, iniciativa que o tornaria respeitado e com capacidade para galgar e conseguir benefícios para as cidades membros. Chamou atenção enfaticamente para a situação real atual do convênio Cidisem-Eletrobras Furnas e em linhas gerais, alerta: o erro não estaria na Eletrobras Furnas. Comentando não ser fácil renovar o convênio existente, externou que a burocracia ajuda provocar isso. Ele também recordou particularidades englobando o advento do lago; o Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA) e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) referentes ao reservatório; a situação ontem e hoje dos ribeirinhos, entre outros fatores afins

Nota da Redação (4): se expressando publicamente no decorrer dos anos, Lourencinho teve e tem o hábito de afirmar que atua dentro das normas, seja como prefeito, seja como presidente do Cidisem

Pesca e aquicultura: dias atrás, a presidente Dilma Roussef (PT) anunciou o lançamento do Plano Safra para o setor, com investimento R$4,1 bilhões até 2014, visando dobrar a produção aquícola no Brasil, chegando a produção total de 2 milhões de toneladas/ano. O Plano aumentará o crédito, estimulará a formação de Cooperativas, ajudará a melhorar as condições de armazenagem e a comercialização do pescado, investirá em assistência técnica e em pesquisa. Meta: aumentar a competitividade da indústria da pesca e a renda das famílias de pescadores que ainda vivem na pobreza extrema. Em dois mandatos e como presidente do Cidisem, Marisa lutou muito pelo segmento, a atual gestão municipal (e do Consórcio) não alavancou o empreendimento. Não parece piada isso: não dar certo em Uruaçu, onde existe água abundante e tantas famílias dispostas para com a causa?
Na verdade, sim! Já estamos nesse namoro desde sempre. Sempre reunimos, falava, voltava à questão dos cooperados lá da produção... Tanto, que no nosso plano de governo criamos a Semana Gastronômica [com realização do Festival Gastronômico], envolvendo o setor, pois a parte mais difícil foi feita pela Marisa, a instalação do projeto de piscicultura. A qualificação, que é o segundo passo mais difícil, também foi feita e está na hora de colhermos os frutos desse projeto grandioso que visa a promoção de uma vida saudável para a população, uma qualidade de vida para quem produz e, é por isso que no nosso plano de governo nós criamos a Superintendência Municipal de Aquicultura para resgatar. E, tem o processo da licença, que é o nosso primeiro impasse, primeiro problema a ser resolvido. Por isso que criamos a Superintendência, para cuidar desse setor, para investir, diversificar, qualificar. O Toninho [Antônio Machado de Almeida, entre outras funções presidente da Colônia dos Pescadores Z-04 do Lago Serra da Mesa] me dizia [em 27 de outubro] - e eu já havia conversado com ele, porque fiquei sabendo -, que eles tinham sido contemplados com mais um projeto, ganhando verba do programa ReDes [Programa ReDes BNDES - Votorantim, parceria que reúne também o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES; e, o Instituto Votorantim, pertencente ao grupo Votorantim]. Ganharam mais cem tanques-rede e, o que acontece? Eles não têm o número de famílias suficiente para que possam desenvolver ações específicas. Pelo visto, terão que redirecionar o projeto e eu conversava com ele, perguntei como está a produção e o Toninho falou da precariedade, a falta de apoio, que está sendo muito difícil. Eles colocam uma quantidade de alevinos aqui, tem que ser uma produção de escala, pois quando chegar ao primeiro [estágio; pescador participante] para poder tirar a produção, o daqui já deve estar pronto. Não está existindo o ciclo completo. E eu falava para ele que nós vamos ter que conversar, direcionar. Estamos com evento que já vai precisar da produção, senão como vamos fazer uma semana de degustação, de apresentação se não tiver peixes? Não tem jeito: é a matéria-prima no nosso governo. Vamos estar retomando essa ferramenta importante na movimentação econômica do Município. É por isso que vamos colocar uma pessoa para cuidar de todo esse setor e vamos direcionar, produzir, vender.

A sequência da entrevista está nas três próximas submatérias


‘O governador é governador de todos nós, a prefeita é prefeita de todos nós’
Continuando a entrevista feita com Solange Bertulino (PMDB) na Redação do JC em 30 de outubro (quando se fez acompanhada de Ademir Sandoval e Evisio Silva, naquele dia ainda presidente e vice-presidente do PMDB local; e, de Marciel Lázaro Araújo Silva [militante, aliado]), nesta submatéria a prefeita eleita de Uruaçu assinala considerações a respeito da área econômica e sobre a busca de recursos para a Prefeitura. Ela aguarda receber o Poder Executivo “na mesma situação que a minha então saudosa amiga prefeita Marisa passou. Gostaria!... A Marisa [Araújo, prefeita de Uruaçu nas gestões 2001-2004 e 2005-2008] passou naquele momento uma Prefeitura saneável”, salienta. Mirando investimentos expressivos para Uruaçu e a região Norte goiana, opina: “Eu acredito que é preciso olhar mais para nós.” Sobre a relação institucional com o Governo de Goiás, vem a manifestação: “Vamos sim bater na porta de quem tiver que bater e de falar. Enfim, a busca de recursos vai ser uma marca incessante no nosso governo.”

“A busca de recursos vai ser uma marca incessante
no nosso governo”, adianta Solange Bertulino

A maioria dos prefeitos eleitos apresenta agilidade interessante, procurado os deputados federais e senadores com diferenciados pedidos, até com projetos elaborados, para que coloquem recursos para seus Municípios no Orçamento da União, que é votado no final do ano. O que a prefeita eleita já fez nesse sentido [Nota: considerando a data da entrevista - 30 de outubro]?
Já tivemos reunião com o nosso deputado federal Pedro Chaves [PMDB-GO], nosso representante a nível estadual, Bruno Peixoto [deputado estadual pelo PMDB] e, nós já fizemos um elenco de pedidos nos sentido de melhorias para Uruaçu. Uruaçu precisa de uma atenção em todos os setores e de reformulação mesmo, no sentido de fazer as coisas acontecerem. Então, já estive com Pedro Chaves e ele garantiu uma verba para 2013 no sentido de construção de creches [Centros Municipais de Educação Infantil - CMEIs], recapeamento de asfalto, fazer asfalto, revitalização de parques, construção e revitalização das praças, casas populares, visto que há uma demanda grande em Uruaçu por moradia. E a questão da Saúde [Pública] também, que é o nosso pilar, é a nossa bandeira. Vai ser o pontapé inicial no nosso governo, que é a vinda, a construção do Pronto Atendimento e, também recursos necessários para que possamos implementar melhorias na reforma dos Postos de Saúde, qualidade de espera, reformulação do Cais [Unidade Municipal de Pronto Atendimento {UMPA}, também chamada de Ambulatório 24 Horas - Centro de Assistência Integral à Saúde {Cais}]. Enfim, no regaste, com um convênio com o Hospital Santana, para que o povo tenha o acesso à tão falada e sonhada cidadania. Os nossos representantes da base aliada vão ajudar - inclusive recebi uma ligação do deputado [federal] Rubens Otoni [PT], que é da base -, o Mauro Rubem [deputado estadual pelo PT], consolidando a verba, inclusive a reserva de verba para 2013. E tenho certeza absoluta que com união, primeiro com a nossa força de trabalho e, a união da nossa base aliada, nós vamos construir e reconstruir muito em Uruaçu.

Municipalidade que firma parceria com congressistas consegue recursos. Correto?
Com certeza. Olha, nós temos aqui um exemplo muito próximo sobre o efeito e, eu acredito nas parcerias e no trabalho em equipe desde sempre. Primeiro, que qualquer projeto vencedor tem sempre uma equipe na mesma altura do idealizador do projeto. Um grande exemplo é Anápolis [cidade da região central do Estado de Goiás, a 55 quilômetros da capital Goiânia], onde se faz uma Administração competentíssima, desde o nível municipal e também nos outros níveis [a entrevistada destaca Antonio Gomide {PT}, reeleito no primeiro turno com 88,93 por cento dos votos válidos, maior índice visto no Brasil envolvendo os dois turnos do processo sucessório 2012. A cidade é o terceiro maior colégio eleitoral de Goiás]. Anápolis está uma princesa e de onde se conseguiu? Conseguiu todo seu recurso através do governo federal. Anápolis hoje é um canteiro de obras. Passe em todos os setores dentro de Anápolis, existem benfeitorias. Isso é importante para alavancar, quando há parcerias as coisas acontecem e nós vamos procurar parcerias na esfera estadual, federal. Por quê? Eu penso que os nossos governantes, nosso governo do Estado têm compromissos com o povo de Uruaçu. Então, vamos lá pedir ao senhor governador [de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB] que olhe pelo seu povo aqui em Uruaçu e vamos pedir, sim, pois é importante a união de todos os setores para que a vida dos Municípios se torne melhor. De uma forma muita tranquila, serena, sem nenhum problema. Vale resaltar que as Eleições acabaram dia 7 de outubro... Agora, para frente, é trabalho e parcerias e, o governador é governador de todos nós, a prefeita é prefeita de todos nós. É importante delimitar essas questões, essas limitações. Vamos sim bater na porta de quem tiver que bater e de falar. Enfim, a busca de recursos vai ser uma marca incessante no nosso governo.

No geral, em que situação financeira espera receber o Executivo?
Eu gostaria de receber a Prefeitura na mesma situação que a minha então saudosa amiga prefeita Marisa passou. Gostaria!... A Marisa [Araújo, prefeita de Uruaçu nas gestões 2001-2004 e 2005-2008] passou naquele momento uma Prefeitura saneável, uma Prefeitura nos trilhos, realmente no caminho da construção de muitos projetos, de verbas em caixa e eu gostaria de receber da mesma forma. Eu gostaria de receber, mas eu quero dizer aqui a todos os leitores, vocês do Jornal Cidade, os meus companheiros que me acompanham, todos que sabem dessa ideia: nós estamos preparados para o que vamos receber. Eu quero só dizer que nós estamos preparados, pé no chão. Da maneira como a gente vai receber, nós vamos achar caminhos e meios para que possamos melhorar.
Nota da Redação: ponderações de Evisio:
-O peemedebista enxerga que a dívida da Prefeitura de Uruaçu com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é quase impagável, o mesmo acontecendo com quase todas as Prefeituras do Brasil. “A Marisa pagou, ele [Lourencinho, prefeito de Uruaçu, pelo PP], com certeza, pagou também. Esse recurso é debitado de forma direta em conta corrente. São feitos parcelamentos, mas sempre fica alguma coisa [de uma gestão para outra].” Sobre a dívida perante a Celg (companhia energética pertencente ao Governo de Goiás e ao governo estadual): “Nós [gestões Marisa] pagamos também, da mesma forma que a Administração anterior pagou e da mesma forma que a atual pagou. E a Solange vai continuar pagando”, relatou, ao mesmo tempo em que teceu série de comentários, detalhando relações financeiras da Prefeitura com o INSS e com a Celg, advindas de décadas. A prefeita eleita e Ademir também desferiram detalhes sobre essas questões, mesmo que resumidamente. Usando o jargão rombo, Ademir se disse preocupado também com a situação do Fundo de Previdência do Município de Uruaçu (Uruaçu Prev). “Só mesmo quando a Solange assumir é que ela vai saber o tamanho do rombo”, frisou, entre outras colocações. Na Câmara Municipal estão em andamento as atividades de Comissão de Investigação e Processante (CIP) que apura denúncias feitas por membros do Conselho Municipal de Previdência do Município de Uruaçu, responsável pela gestão do Fundo. A CIP decidiu por unanimidade notificar publicamente o prefeito, para que ele apresente defesa prévia por escrito, versando sobre atos de denúncia que lhe são atribuídos; desde quando surgiu essa iniciativa adveio, claro, a pretensão de notificar pessoalmente o chefe do Poder Executivo uruaçuense, dirigente da municipalidade até o dia 31 de dezembro

Nota da Redação (2): ao longo dos anos, publicamente Lourencinho ressalta ter herdado a Prefeitura com dívidas que lhe causaram problemas, inclusive junto ao INSS e a Celg. Sobre o Fundo de Previdência, o prefeito afirma, igualmente de forma pública, que a criação do mesmo proporcionou melhorias aos servidores públicos municipais, com os mesmos não lidando com prejuízos

Existe a possibilidade de a prefeita Solange Bertulino construir a sede própria da Prefeitura?
Existe, as possibilidades existem e, na verdade, eu penso, até é um sonho antigo de alguns, até de companheiros e mesmo os funcionários, pois na verdade é interessante a gente falar: Eu tenho uma casa, agora aquela casa é minha e ninguém vai me tirar de lá. A possibilidade existe e nós vamos estudar ao longo dos anos, visto que temos outras tantas prioridades tão maiores assim, tão mais não... É que, eu vou dizer, com mais importância, necessária, no momento. Mas existe sim a possibilidade e a gente vai olhar, buscando recursos e quem sabe, ao longo dos quatro anos a gente não comece a construir a sede própria da Prefeitura de Uruaçu, coisa simples, prática.

Não é falta de consideração o fato de o Governo de Goiás - desde décadas distantes -, deixar de atuar em favor da implantação de grandes indústrias no Norte do Estado, daquelas que geram trezentos; oitocentos; mil empregos ou mais, cada?
Como cidadã, eu penso que sim. A gente sabe que Uruaçu hoje tem uma localização muito privilegiada. O fato de estar nessa localização é propício para que haja realmente esses investimentos. Agora, o motivo que levou - pelo qual não foi direcionado, foi perguntado através do Governo do Estado -, eu quero acreditar que não seja por motivos políticos. Mas as ações que vemos desde então, as ações políticas nos mostram o contrário. Eu acredito que é preciso olhar mais para nós. Não acredito que Uruaçu não tenha ou as nossas cidades [Norte goiano] aqui não tenham as mesmas condições que lá tem. Nós também somos estrategicamente bem localizados, existe uma oportunidade de inserção de crescimento, eu acho que é um olhar mesmo carinhoso que precisam ter para nossa região, é um olhar carinhoso que precisam ter não só na época de campanha - que nós temos enxergado como o divisor de água -, mas, como se define, nós precisamos ser olhados agora, na hora dos investimentos e, vamos estar lá, enquanto prefeita, incessantemente mostrando isso.

O Jornal Cidade já consultou diferentes vezes a Vale e outras companhias sobre a hipótese de algum empreendimento da mineração ser implantado em terra uruaçuense. Todas as respostas foram vazias, o que é normal. A senhora tem conhecimento de algum projeto nesse sentido?
Eu tenho uma vaga informação nesse sentido, mesmo não sendo em Uruaçu propriamente dito, mas em um raio [localização geográfica] na divisa do Município de Campinorte com o nosso Município. Seria uma mineradora [Mineração Campinorte], que está ali na região do Quilômetro 300 [de fato, no Pau Terra - área específica do Mieis -, reduto rural da localidade nortense, oficialmente chamada Colinaçu, distante 40 quilômetros do Centro de Campinorte; antes, 22 quilômetros atrás, está o reduto do Quilômetro 300 {Jerusalém}]. Essa mineradora está fazendo um estudo, inclusive as pesquisas estão adiantadas. Então, lá existe um projeto, um projeto mais próximo, para iniciar até 2015 mais ou menos. É para começar a instalação da Mineradora, mas a parte administrativa, me parece, começa no final de 2013, início de 2014. Não sei se tem realmente projeto em nossa cidade [algo integralmente dentro de Uruaçu]. Ainda não conversei com ninguém, com responsável por qualquer Mineradora em si, mas até então existe essa possibilidade [citada], que pode beneficiar Uruaçu, mesmo que indiretamente, mas com porcentagem boa.

Leia mais, nas duas últimas submatérias


Solange prevê Saúde Pública no rumo certo
Na sequência da entrevista realizada com Solange Bertulino (PMDB) na Redação do JC dia 30 de outubro (ocasião em que estava ladeada por Ademir Sandoval e Evisio Silva, ambos ainda presidente e vice-presidente do PMDB da cidade nortense; e, de Marciel Lázaro Araújo Silva [militante, aliado]), a presente submatéria apresenta análises da prefeita eleita de Uruaçu focando a Saúde Pública, um dos gargalos das Prefeituras, dos Estados e do governo federal.
Sem baixar a cabeça, a nova chefe do Poder Executivo sublinha que as adversidades do segmento existem por todo o País e, “é um problema crônico que a gente precisa estar dando uma solução, assim, de pronto, para o nosso povo. A primeira coisa que nós vamos fazer é equiparar, ter médicos e remédios nos Postos de Saúde”, vaticina.


Solange Bertulino, sobre problemas da área da Saúde Pública: “Sabemos que isso não é empecilho para que possamos melhorar”

A senhora herdará um sistema de saúde avaliado como o pior problema público de Uruaçu (mesma situação da maioria dos Municípios brasileiros). Quais serão as ações iniciais?
Entendemos o seguinte: os problemas da saúde são no Brasil inteiro, é um problema crônico que a gente precisa estar dando uma solução, assim, de pronto, para o nosso povo. Sabemos que isso não é empecilho para que possamos melhorar a saúde aqui em Uruaçu. O que vamos fazer, a primeira coisa que nós vamos fazer é equiparar, no sentido de ter médicos e remédios nos Postos de Saúde, nos Postinhos. Vamos dar uma estrutura de humanização no Cais [Unidade Municipal de Pronto Atendimento {UMPA}, também chamada de Ambulatório 24 Horas - Centro de Assistência Integral à Saúde {Cais}]. Vamos resgatar o convênio com o Hospital Santana, desafogando um pouco o atendimento e a fila de espera no Cais. Vamos reestruturar, através de reuniões, palestras, com todas as equipes do PSF [Programa Saúde da Família], que é uma saúde preventiva. Na medida em que você investe, que o PSF começa a trabalhar, como realmente de fato foi criado para esse trabalho, nós vamos desafogar o Cais e desafogar também o Hospital Santana. Se você tem um bom atendimento, onde o seu problema é resolvido no Postinho, você não vai precisar ir para o Cais, a não ser em casos extremos, que chamamos de atendimento de urgência, que não é feito no Postinho e, também com essa ação conjunta, com o resgate do convênio do Hospital Santana, com o atendimento no Postinho com médicos, remédios, atendimento no Cais na hora das emergências, eu penso que a nossa Saúde Pública vai começar a tomar um rumo que necessita...

...Mas terão outras ações...
...Logo depois, nesse mesmo parâmetro, nós vamos buscar a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento [UPA], através do governo federal. Essa Unidade é como se fosse uma mini clínica, toda equipada, arrumadinha, confortável, onde tem os médicos para atender, os profissionais da saúde e, de certa forma, fazer uma ação uma conjunta nesse sentido, tornando a Saúde Pública de Uruaçu melhor. Uma coisa interessante: é preciso que o nosso povo tenha essa sensação de estar sendo atendido, haja vista que, na verdade, a visão do nosso povo é: ele vai ao Postinho e não tem o médico, ele vai ao Postinho e não tem o remédio ou vai ao Cais e não é atendido. Então, essa sensação de não ser atendido tem que acabar, tem que acabar. Vamos fazer essas ações e ao longo disso queremos em um espaço de tempo razoável colocar uma espera adequada. Veja bem, analise: você, com alguma dor em A, B ou C chega a um Postinho de Saúde e não tem lugar para ficar, não tem banco para sentar, não tem médico. É uma situação muito crônica. Como vamos resolver? Conversando com quem sabe e entende, vamos conversar com o corpo clínico, vamos conversar com os médicos, enfermeiros, agentes de saúde, com a técnica que está lá com o odontólogo, enfim, com as pessoas que fazem a sistema acontecer no Município. Se você quer conversar a nível empresarial de investimento, você conversa com empresário e economista, para a Saúde nós vamos conversar com os médicos. Então, precisamos de uma ação conjunta nesse sentido e é isso que já estamos fazendo. Fizemos enquanto candidata, estamos fazendo enquanto prefeita eleita e vamos conseguir organizar, com certeza, ao longo de dois anos, dois anos e meio, quando queremos estar numa situação confortável no quesito Saúde Pública, porque a nossa maior queixa hoje, número um, é realmente essa sensação de não ser atendido, de não ser valorizado enquanto cidadão e, para isso já temos ações na área de humanização, de qualificação, de treinamento. A pior coisa do mundo é você chegar a um lugar doente precisando de acesso a saúde e ser mal atendido.

Articulista do Jornal Cidade, doutor João Joaquim de Oliveira, titular da coluna Saúde do Coração, escreveu recentemente no artigo O que a futura prefeita de Uruaçu deve fazer ou não para a saúde da população: ‘Mais do que tecnologia de ponta e da moda, que mostre imagens bonitas e laudos rebuscados de termos técnicos, os pacientes do Brasil e de Uruaçu esperam e precisam de médicos com ouvidos, olhos e mãos que os ouçam, que os vêem e que os examinem, dentro dos postulados éticos e de generosidade que a profissão exige.’.
Exatamente! Eu sei de casos - não estamos aqui para apontar o dedo para ninguém, mas veja bem -, a gente sabe de casos que um pequeno exame, um pequeno exame detectaria o problema. Talvez naquele momento aquele profissional, desmotivado, sem estrutura, sem apoio, contribui para que a Saúde Pública ficasse pior do que já está. Então, queremos dá aí, ao longo do nosso governo, uma atenção muito especial e queremos, modestamente falando, fazer o que estiver ao nosso alcance. Nós vamos resolver esse problema da Saúde em Uruaçu.
Nota da Redação: considerações de Ademir: “Só de o médico olhar para o paciente, só de ouvir, só ouvir, quando o atende, já ajuda na relação, pois tem caso por aí, em todo lugar, até particular, que o médico nem olha, nem pergunta o nome do paciente. Tem médico que atende, pede exames, o paciente volta ao consultório, mas o médico não interage com o paciente.” Ele lamenta ainda o não funcionamento pleno da Farmácia Pública Municipal

Nota da Redação (2): observações de Evisio: “O funcionário público em geral, não só da Saúde, está desmotivado e sem perspectiva. O nós pensamos fazer? Criarmos novas perspectivas, fazendo com que ele busque novos horizontes. Foi criada uma lei municipal [em Uruaçu], no período eleitoral, mas que não foi sancionada e, que parece interessante, tratando da Concessão de Plano de Cargos e Salários [PCS]. Pedimos cópia e estamos avaliando todo o Plano. Estamos com um projeto voltado para o funcionário público e, queremos fazer algo diferente, para melhor. O funcionalismo público municipal de Uruaçu, acho, é uma das classes mais desprestigiadas da cidade. Nas campanhas eleitorais muito são lembrados, mas depois são esquecidos. O servidor precisa de uma atenção diferenciada, até mesmo porque o serviço público é diferenciado”, opina

Mesmo que parciais, investimentos humano e material nos Postos de Saúde: no primeiro trimestre isso já seria possível?
Seria e será! Vai ser possível, pois na verdade a segunda maior queixa é a falta de medicamentos vista nos Postinhos de Saúde. São queixas assim: primeiro, a falta de humanização, que é o processo de ser mal atendido, você vai lá e é mal atendido, que seja por A, B ou C. Depois, a falta de medicamentos. Nós, de uma maneira muito sensata, com cuidado, vamos estar resolvendo isso aí, visto que não sabemos. Só temos uma vasta ideia da condição financeira que vamos pegar a Prefeitura, mas, vamos achar uma solução e estar viabilizando nesse primeiro momento a solução dessa problemática. Aplicar bem os recursos.

Com provas, se chegar até Solange Bertulino a informação de que algum servidor do Cais maltratou esse ou aquele usuário, que providências tomará?
É por isso que nós já estamos visualizando essa questão, porque o secretário [municipal] de Administração precisa ser uma pessoa antenada nesse sentido, vai cuidar de toda essa estrutura de funcionalismo. A primeira coisa que eu penso é que - normalmente, eu costumo ouvir as partes, ouvir a parte de quem foi ofendido e ouvir a parte que ofendeu e, eu sempre digo que existe uma solução através do diálogo -, cada um no seu momento tem a sua defesa, mas o mais importante, eu quero deixar isso bem claro, enquanto empossada prefeita, é que todos os funcionários da Administração são importantíssimos para nós e todo o povo. Até porque todos os prefeitos passam, de quatro em quatro anos e, o povo que vai para ter acesso A, B ou C só está indo lá porque precisa e a pessoa que recebe ele tem que entender que a função dele é acolher, sempre. Quem está indo lá não tem culpa dos problemas pessoais dele, os problemas pessoais têm que ser administrados de forma pessoal. A nossa Administração vai ser voltada ao ser humano, nós vamos conversar com esse funcionário, ouvir a sua queixa, sua defesa e vamos orientá-lo, vamos orientá-lo para que aquilo não ocorra mais, afinal de contas se ele está ali naquela função específica está ganhando para aquilo. Aquele cidadão que ele maltratou é responsável pelo pagamento do salário dele, através dos seus impostos. Essa relação precisa ser muito clara, o funcionário que está ali não está fazendo favor nenhum para a população, ele está devolvendo para a população, através dos seus impostos, os benefícios que eles estão indo buscar. Vamos tratar de maneira muito respeitosa, orientando sempre para que aquele momento não ocorra e orientando para que ele possa se tornar, através do erro, pessoa melhor, fazendo com que cresça de maneira pessoal e profissional.

O que fazer para não surgir novos atritos entre o Hospital Santana e o Município de Uruaçu, algo que prefeitos antecessores seus não conseguiram?
Eu penso assim: dos oito anos que Marisa [Araújo, prefeita de Uruaçu de 1º de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2008] ficou na Prefeitura, é claro, em uma relação, seja ela sentimental, de trabalho, vai haver atritos mesmo. Não existe uma relação 100 por cento em qualquer fator, ela vai ter atrito, tem atrito entre marido e mulher, namorado, namorada, entre irmãos, companheiros, enfim entre todo mundo. Agora, o mais bacana nesta questão é que os atritos precisam ser resolvidos através do diálogo, atritos vão ocorrer. O que vamos fazer para que nós diminuamos a quantidade de atritos?... Vamos falar assim! Vamos cumprir com o nosso papel e, qual é o nosso papel? É o pagamento em dia dos procedimentos, são os procedimentos sendo cobrados de maneira real, competitiva, ou seja, cada um fazer o seu dever de casa. Se um não fizer o dever de casa e querer cobrar do outro aí o atrito vai ser instalado e não vai ser resolvido. Para diminuir, nós vamos estar sempre fazendo o nosso dever de casa, porque o que a gente sempre pede é que o nosso povo seja atendido com dignidade, com zelo, com respeito, carinho, porque são nessas horas, na hora da doença, que você precisa de mais apoio, nessas horas, principalmente, que vamos pedir para todos os nossos parceiros terceirizados, companheiros, atenda o nosso povo realmente, porque o nosso povo merece, porque é por eles que estamos aqui, é por eles que nós vamos trabalhar. Definir o que é de cada um.
Nota da Redação: Ademir expôs que apenas no primeiro ano do mandato inicial de Marisa surgiram problemas na relação e, que após assessoria jurídica coordenada pelo advogado Jorge Elias (doutor Jorge [centralizado na capital do Estado, Goiânia]) assumir trabalhos pertinentes ao contrato e ao convênio, tudo se normalizou

Hospital Regional: prefeitos desunidos, Associação dos Municípios do Norte (Amunorte) desgastada e com atuação de uma mesmice ultrapassada; não construção da sede da unidade da saúde, não compra de equipamentos, não contratação de profissionais. O que tem a dizer?
Enquanto candidata, discutimos alguns assuntos que achávamos que seriam interessantes estar colocando em pauta e, o Hospital Regional é um deles. A ação mais viável que entendemos é a seguinte: quem vai construir esse Hospital aqui na região é o governo federal. Não adianta a gente falar de A, B ou C, porque quem tem condições financeiras de construir e equipar é o governo federal. Pensando nessa premissa, o que pretendemos fazer? Reunir todos os prefeitos eleitos da região que vai ser coberta pelo Hospital Regional. Nós vamos sentar com esses prefeitos, vamos pedir aos nossos representantes para que marquem uma audiência com o ministro da saúde [Alexandre Padilha] e vamos pedir para quem pode fazer, que é o ministro, através da presidente Dilma Rousseff [PT]. Não vemos outra alternativa, porque esse sonho do Hospital Regional começou com uma emenda de bancada, foi encabeçada pelo nosso deputado federal Pedro Chaves [PMDB-GO]. Naquela época foram R$22 milhões, colocados à disposição do Estado para construção inicial do Hospital e o que era de responsabilidade naquele momento da prefeita [Marisa] ela providenciou e, ficou faltando apenas o projeto, vindo do Governo do Estado, que não foi feito e a verba devolvida. E, agora muitos rumores, polêmicas nesse sentido, porque fulano vai construir, sicrano vai construir. A nossa solução nesse momento, a nossa luz, nosso caminho a ser trilhado vai ser esse, porque entendemos que quem pode e deve construir é o governo federal e nós temos que pedir. Não é porque eu quero enquanto prefeita, é porque o nosso povo precisa do Hospital Regional, o nosso povo precisa. Com essa viabilidade, eu penso que todos os Municípios da região vão ter uma nova virada e Uruaçu vai ser uma nova Uruaçu.
Nota da Redação: de fato, foram R$28 milhões, via emenda de bancada referente a pedido coletivo de 2008 (com a liberação tendo sido feita em 2009), quando os 17 deputados federais e os três senadores por Goiás acataram pedido do então governador do Estado, Alcides Rodrigues, que havia sido procurado pela direção da Amunorte - idealizadora da construção da unidade hospitalar -, que sugeriu ao governador formular o pedido aos 20 congressistas goianos. Aproveitado, com adaptações, da obra do Hospital Regional de Santa Maria-DF, o projeto demorou apresentar definição. Realidade: o Hospital Regional de Referência do Norte (denominado também como Hospital Geral de Urgência e Emergência Serra da Mesa) nunca foi construído por falta de vontade administrativa e notável protelação, além da dificuldade financeira em que se encontrava e encontra o Governo de Goiás. Muita mentira pública já foi jorrada a respeito dessa (não) obra

Nota da Redação (2): observações de Evisio:
-A construção do Hospital Regional só será possível através do governo federal. “É conversa!”, critica o peemedebista, sobre outras hipóteses em se tratando de edificação

Em todos os sentidos, para Uruaçu, o melhor não seria investir, adequar, ampliar a UMPA?
No Cais nós vamos fazer uma reestruturação geral, inclusive tem até sugestão da própria área médica na questão da obstrução da via de acesso das emergências... Igual eu tenho relatos de médicos. De repente, não teve o procedimento no atendimento da emergência porque chega ali na frente e tem o pessoal que está no corredor esperando atendimento. Aí, vai passar com a maca e, principalmente quando chega um acidentado, as pessoas querem ver simplesmente por querer ver... Não vai ajudar em nada e, junta tudo em cima e acaba dificultando o atendimento do médico. Então, queremos fazer uma reestruturação geral ali, só que é importante ressaltar que vamos fazer isso de maneira ponderada e organizada. Não é do dia para noite. Vai ter que ter outra via de acesso, chegada de emergência, ficar livre, para quando chegarem as emergências. Não ficar junto.
Nota da Redação: percebe-se, ainda bem, que a prefeita eleita e o PMDB de Uruaçu, ao contrário da atual Administração uruaçuense, no alto de suas corretas visões, não têm empolgação alguma em relação ao assunto Hospital Regional, o que é fator importante e positivo. Seria gigante novo erro ver um gestor municipal local querer se envolver com uma causa que é de responsabilidade da Amunorte. Quase 100 por cento do destino político do prefeito de Uruaçu, Lourencinho (PP), se desenrola e desenrolará - de forma negativa -, face o tremendo e errôneo envolvimento dele com a causa. Ao comprar a briga, Lourencinho se autoflagelou politicamente. Fator Hospital Regional: rasteira que o prefeito levou de dois então poderosos do PP então ligados ao Palácio das Esmeraldas (sumidos do mapa desde 1º de janeiro de 2011) deixou ferida em Lourencinho praticamente incurável

Serviço público de oftalmologia: a prefeita eleita tem ciência da multidão de uruaçuenses carente que precisa de atendimento?
Tenho e, eu tenho essa noção através de entidade que é importante para nós aqui no Município, que é uma entidade autônoma. Autônoma e de maneira voluntária, que é o Lions Clube de Uruaçu. No Lions Clube de Uruaçu eu fui domadora de por um tempo, participei de muitas ações naquele momento. Saí por questões de compromissos muitos abarrotados e não estava dando assistência como necessitava. Eu participei naquela época de muitas ações do Lions nessa área de oftalmologia. Não sei se vocês se lembram, o Lions organizava vindas daquele ônibus que tinha um médico e as pessoas saíam de lá até com óculos prontos. Então, eu tenho essa noção através de relatos, de estatísticas do próprio Lions. Na verdade, não é só na área de oftalmologia. Temos também uma deficiência na saúde das mulheres, área de ginecologia. Nós precisamos estar atuando de maneira firme e compromissada em todos os setores e essa é uma das áreas que precisamos voltar os nossos olhos. Nós não sentamos ainda de maneira geral para ver sobre essa situação, ver de uma maneira mais clara, mas temos esse déficit nessa área de oftalmologia, porque muita gente às vezes tem o dinheiro, junta o dinheirinho lá para fazer a consulta, mas não tem o dinheiro para comprar óculos. Ou precisa renovar, trocar o óculos - ele vence de tempo em tempo -, e a pessoa não tem condições nem de renovar, nem de fazer outra consulta. Precisamos pensar de uma maneira decente, estar atendendo esse público que está cada vez mais crescente no País. Não sei de onde está vindo esse déficit, mas aqui [presentes na Redação], todos passaram dos 40 [anos]. Todos têm que usar mesmo. De acordo com um amigo oftalmologista, os nossos olhos são feitos para enxergar de maneira clara e nítida até os 40 anos. Passamos dos 40 [para enxergar longe, Jota Marcelo, que fará 46 anos dia 5 de fevereiro próximo. E, para enxergar perto, Márcia Cristina, que completará 42 anos em 25 de abril, usam óculos].

Mais esclarecimentos proporcionados pela entrevista, na última submatéria


'Precisamos colocar Uruaçu com a cara da cidade de Uruaçu e turística'
“O que queremos fazer? Queremos contratar uma empresa especializada na reorganização urbana, mas o que é reorganização? É desmanchar o que está pronto? Não, é melhorar o que tem e na viabilidade construir de maneira correta a nível urbano o que está para construir. Vamos contratar uma equipe na área de projetos turísticos e urbanos para melhorarmos a ‘cara’ de Uruaçu. Precisamos colocar Uruaçu com a cara da cidade de Uruaçu e turística.” Palavras de Solange Bertulino (PMDB) na Redação do JC dia 30 de outubro (rodeada por Ademir Sandoval e Evisio Silva, ainda presidente e vice-presidente do PMDB da cidade do Norte do Estado; e, de Marciel Lázaro Araújo Silva [militante, aliado]), no encerramento da ampla entrevista, idealizada para a nova líder política se expressar em detalhes e, oportunizar a todos conhecer mais a chefe do Poder Executivo de 1º de janeiro em diante. Esta submatéria final mostra perguntas-respostas sobre a seara urbanística.


Loteamentos continuarão pipocando em Uruaçu?
Solange Bertulino responde: “Nós vamos ver isso
de uma forma muito moderada, contundente”

De Júlio Moreno, no livro O futuro das cidades, de 2002: ‘Foi no século XX que se deu o aparecimento do planejamento urbano e regional sobre uma base codificada e profissionalizada, ou seja, uma forma de o Estado manter o controle sobre a cidade.’. A questão urbana em Uruaçu é grave, tamanha a quantidade de irregularidades. Aos poucos a senhora pretende amenizar essa baderna hoje existente?... Se for o caso, podemos relatar dezenas de desacertos existentes...
...Como somos moradores de Uruaçu e andamos a cidade inteira nós temos algumas ações nesse sentido e, olhamos muito a questão do planejamento no sentido geral e teor da palavra. O que queremos fazer? Queremos contratar uma empresa especializada na reorganização urbana, mas o que é reorganização? É desmanchar o que está pronto? Não, é melhorar o que tem e na viabilidade construir de maneira correta a nível urbano o que está para construir. Vamos contratar uma equipe na área de projetos turísticos e urbanos para melhorarmos a cara de Uruaçu. Precisamos colocar Uruaçu com a cara da cidade de Uruaçu e turística. Como fazemos isso? Embelezando, através de suas vias de acesso, reurbanizando e só vamos fazer isso com as pessoas que entendem do processo. Como eu disse, quem vai cuidar da saúde são os médicos, enfermeiros. Assim também vai ser na urbanização, quem entende da área de urbanismo. Então, vamos contratar esse pessoal para fazer uma leitura, refazer um projeto e vamos melhorar. Já temos até um projeto na nossa cabeça. Ali na avenida Coronel Gaspar [Centro] já sonhamos e até já partilhei com os meus deputados, já pedi verbas também - lembram, que eu disse ter pedido verbas para revitalização? -, fazer ali na Coronel Gaspar, aquela entrada toda nos moldes daquelas pracinhas de Goiânia [capital do Estado], no Centro, no setor Universitário, onde tenha a beleza que se estabeleça a jardinagem, o banquinho, o quiosque de lanche, a pista de caminhada, em alguns lugares equipamentos de ginástica, ou seja, coisa simples que melhora a vida do cidadão e embeleza a cidade, do modelo de Mara Rosa [cidade do Norte goiano].
Nota da Redação: “Em Uruaçu não existe acessibilidade”, narrou Ademir, relembrando que Marisa Araújo (prefeita nos mandatos 2001-2004 e 2005-2008) providenciou um Plano Diretor (concluído em 2008), com a Câmara Municipal não se dedicando ao caso. “Na verdade, nós vamos ter que refazer aquele Plano Diretor todo”, disse Solange. Evisio lembrou algumas particularidades sobre a elaboração do Plano Diretor, ressaltando que “Uruaçu tem problemas crônicos”, categorizando que o loteamento básico da cidade data do início da década de 1950, contendo mapa desfigurado. “Uruaçu não tem um mapa confiável, de poder dizer assim: ‘Esse é o mapa.’ Precisamos, e já é no primeiro, fazer um estudo que vai dar para a gente a real situação de Uruaçu, especificando os nomes das ruas, por exemplo”, alertou Evisio. Mais de Evisio: “Nós precisamos fazer um levantamento sistemático da cidade”, enaltecendo que existe tecnologia para isso - “Geoprocessamento, georreferenciamento”, categoriza Evisio. Solange: “Esse estudo vai dar para a gente a solução da questão dos nomes das ruas. Já viu o tanto que é difícil conseguir entregar correspondências? Os carteiros dos Correios conseguem entregar porque convivem, conhecem a gente, nem tanto determinados lugares. Mas pega um [carteiro] de fora, um que não conhece as pessoas e veja se ele consegue entregar.” Ademir: “Se trazer um carteiro de Goiânia para fazer entregas em Uruaçu ele não dá conta”

Estudo e mapa interessantes...
...Vamos resolver problema até de valorização, investimentos, porque, veja só: aqui em Uruaçu tem, por exemplo... Você vai a um bairro X e têm duas ruas asfaltadas e o resto sem asfaltar. Aí você abre o mapa e está asfaltado... Mas só são duas ruas que estão asfaltadas. Esse estudo, esse mapa que nós vamos fazer no início do governo já vai ajudar.

Hoje Uruaçu é uma das cidades mais feias do Norte goiano... Muito feia! Então, as pessoas podem ter esperança de que melhoras também surgirão no quesito urbanismo?
Pois é! Eu ouvi isso recentemente, essa afirmação de feiúra e, fiquei brava demais, mas não pude concordar com a pessoa que me disse, porque precisamos defender, porque sabemos que é importante dizer o seguinte: nós vamos estar atuando de uma forma muito ponderada e responsável em cada pedacinho desse Município. De uma maneira direcionada, responsável a gente vai sanar e com a força do trabalho - eu não tenho dúvidas -, com a força do trabalho, com as parcerias que se farão necessárias, com a ajuda dos companheiros, buscando neles as suas experiências, a sua competência, eu tenho certeza absoluta que nós vamos fazer juntos, com vocês, um grande governo, porque é isso, gente, o que o povo espera de nós. De maneira simples, ponderada, para que façamos as coisas acontecerem.

Exemplo bem claro: razão para orgulhos pequeno, médio e grande no passado, as praças e os parques uruaçuenses representam vergonha inaceitável. Por etapas, pretende revitalizar tudo isso?
Não só pretendemos revitalizar, como também nós temos aqui em mente e em nosso plano de governo construir mais parques, porque vemos a importância da construção para a cidade, para o nosso cidadão, que é tão notória essa minha afirmação. É só passar pelo Parque das Araras, que é o mais centralizador e, ver a quantidade de famílias fazendo piquenique no final de semana. É preciso investir na revitalização e conservação, uma vez que não adianta fazer e deixar para lá. Tem que ter a conservação, para que isso se perpetue e vamos sim revitalizar, cuidar e vamos buscar recursos para construir, porque tem [a questão do] o Parque Jatobá, que precisa ser construído, tem uma reivindicação antiga dos moradores das Vilas Primaveras I e II e, emenda com a Xique-Xique, enfim aquela região ali, Parque Paraíso, Madre Paulina, a construção de um parque, e está tudo aqui em nosso plano de governo, é uma reivindicação muito antiga: a construção de parque. Ali é outra cidade e nós queremos sim. Eu já falei com Pedro Chaves, Bruno Peixoto [deputados federal e estadual, ambos do PMDB] sobre a designação de verbas para construir um parque lá. Um parque nos moldes modernos, com instalações de academia, pistas e afins.
Nota da Redação: sugestão de nome do Jornal Cidade para o espaço: Parque Ubiratan Gonçalves de Araújo. Ao longo de toda a história do Município, através do médico radiologista/militante político (esposo de Marisa e, falecido em 15 de julho de 2010) foram obtidos diversos investimentos sociais e estruturantes, conseguidos vários benefícios públicos. Mesmo sem ocupar cargo público eletivo, doutor Ubiratan exerceu papel ímpar em favor de Uruaçu, pedindo e conseguindo ajudas para a localidade nortense no decorrer da segunda metade dos anos 1980 e ao longo da década de 1990. Conseguiu tudo isso de maneira objetiva e discreta, sem fazer espalhafato

Com emendas federais, é possível fazer algo no que se refere a ciclovias/pistas cicláveis. Concorda?
É possível. Embora, pelo nosso conhecimento, a gente entende ser um grande anseio de desportistas aqui de Uruaçu: fazer a ciclovia, da cidade até o lago Serra da Mesa e, isso se faz realmente com verbas federais. É um projeto de alto custo, mas é possível. Não é porque é alto, baixo custos que não vamos buscar. Vamos buscar sim o que for da nossa vontade e de disposição de ir. Até - nós vamos fazer, temos uma solução imediata -, para que possa estar privilegiando todas essas pessoas que praticam esporte através do ciclismo... Falamos de construir e, por isso, vamos contratar um grupo que entende da área de urbanismo turístico para construir na avenida Coronel Gaspar uma ciclovia. Existe essa possibilidade, vamos estudar realmente se ela concretiza e, na verdade queremos estar apoiando todas as formas de esportes. Todas as nossas propostas têm em comum o propósito de ajudar o cidadão se desenvolver.

Prefeita eleita: calçadas existem para...?
...Para os pedestres!... Primeiramente, a calçada, na visão mais próxima, é feita para, de certa forma, embelezar a sua porta. Depois, faz parte do projeto urbanístico da cidade. A cidade com calçada fica mais bonita. A calçada inicialmente é feita para os pedestres e para embelezar e melhorar a sua porta.
Nota da Redação: em Uruaçu, parte do comércio ocupa de maneira totalmente irregular as calçadas durante o dia e na parte noturna, seja no Centro (de forma mais desrespeitosa) ou em bairros periféricos. Na frente de determinados imóveis residenciais também são avistadas obstruções das calçadas

No que depender da Administração vindoura, continuarão pipocando loteamentos irregulares dentro de Uruaçu?
Não, visto que a gente entende que é preciso fazer um planejamento. É por isso que voltemos lá no início [desta parte da entrevista]: o Plano Diretor e, um dos idealizadores está aqui, Evisio, o Ademir Sandoval também. Eu participei de uma forma com proporção muito pequena. O Plano Diretor é justamente para isso, para se dar um estudo em uma margem de X para ambos o quanto as cidades poderiam se planejar para o surgimento. Então, nós vamos ver isso de uma forma muito moderada, contundente e assim, pipocar não, mas de acordo com a demanda do Município irá acontecer. Tem que cumprir as exigências legais.

[da mesma forma que no tópico inicial do abrangente bate-papo - edição 150 -, no encerramento da entrevista, o periódico repete as considerações finais de Solange Bertulino]: Mais alguma observação, prefeita eleita?
Quero agradecer ao Jornal Cidade pela oportunidade de colocar, publicar os nossos planos que irão se concretizar, com certeza! Agradecer meus companheiros de longas datas [direção do periódico] e agradecer ao povo de maneira carinhosa e dizer a todos que, como eles acreditaram e hoje eu estou prefeita eleita, nós vamos estar de maneira muito digna respondendo a todo esse anseio com trabalho. Vamos honrar cada voto, cada homem e mulher dessa cidade, devolvendo a Uruaçu a dignidade que fora perdida. Quero agradecer a Deus porque sem Deus na vida da gente nós não somos nada, pedir a ele que nos dê saúde, perseverança, fé e coragem para que possamos dar andamento aos nossos projetos, todos eles pensados para cada homem e mulher, para cada família da nossa querida Uruaçu. Um abraço a todos, que Deus nos abençoe a cada um de nós.

No período de 8h55 a 12h13 do dia 30 de outubro, Solange Bertulino (centro), prefeita eleita de Uruaçu, esteve na Redação do Jornal Cidade, quando foi entrevistada pelo casal de editores Márcia Cristina/Jota Marcelo (esq.). Estava ladeada de Marciel Silva (militante peemedebista); e, Evisio Silva e Ademir Sandoval (dir.), então vice-presidente e presidente do PMDB


Uruaçu 09/12/12 - (Da Redação do
JC Online). Com ajustes técnicos e atualizações. Postagem: Marcello Dantas

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