Em entrevista, a pré-candidata a pefeita Eunice Aparecida
Faria (Eunice, Professora Eunice ou Nice) (PDT) comenta diferentes assuntos e,
diz que Uruaçu pode melhorar: “Quero muito acreditar que tem jeito sim e prego
isso, mas sei que fácil não é!”. Comentando que anda e dialoga, diz: “Estamos
trabalhando, falando para os amigos, conhecidos, pessoas da sociedade que temos
o ideal de administrar Uruaçu”. Leia sobre todos os temas, abaixo – Fotos: Márcia Cristina
Eunice (esq.)
e a deputada federal Flávia Morais, durante Encontro
em Trindade – Foto: PDT/Divulgação
Doutor George Morais (esq.), Eunice e vereadoriável Eduardo Jaguar, em Trindade – Foto: PDT/Divulgação
Também no recente Encontro na Grande Goiânia:
Eduardo Jaguar, Eunice e a vereadoriável Tiana Barroso – Foto: PDT/Divulgação
17 de março: prefeitáveis Xuxa (PRP) (esq.),
Professor Francisco (PROS), Eunice (PDT), Machadinho (Democratas) e doutor
Juarez Fernandes Lourindo (PSB)
Pessoa
centrada, uma de suas características é a defesa do bom planejamento na
Administração pública. Comente.
Tem que planejar! Não é isso o que
percebemos. Eu vejo assim: se você não ouve a comunidade, o companheiro, acha
que está tudo bem, está tudo normal. Você não vai melhorar em nada porque já está bem. Sempre digo que é preciso
estar conversando com a comunidade, tendo contato com as pessoas que usam, por
exemplo, a área da saúde pública, para saber se realmente esse setor está
atendendo as necessidades, se o usuário está sendo bem atendido ou não.
Uma vez
mais
pré-candidata a prefeita, como vão as
suas atividades?
Sim, sou pré-candidata a prefeita de Uruaçu.
Nós estamos com essa meta, conversando com outras pessoas, fazendo visitas,
dialogando com os amigos, porque o primeiro passo é esse. Temos que tentar
buscar apoio dos amigos, da família, porque se os amigos e a família não forem
favoráveis não tem como caminhar para frente. É uma coisa que temos no dia a
dia nosso, sempre procurando pelas informações, tanto dos amigos, quanto da
família e, se for positivo a gente segue em frente, se não, a gente recua.
Estamos fazendo visitas, não vou dizer que andamos muito, mas estamos
trabalhando, dentro das normas eleitorais, falando para os amigos, conhecidos,
pessoas da sociedade em geral que temos o ideal de administrar Uruaçu. Ainda
tem um caminho longo pela frente.
Seu nome
representa o novo e isso é favorável perante o eleitorado. Como se sente?
Não deixa de ser. E, vai depender também do
nosso trabalho daqui para frente: se vamos conseguir convencer as pessoas,
porque hoje vejo a dificuldade maior que nós enfrentaremos, além do desgaste
geral da classe política, desde lá de cima até aqui. O povo está descrente e, o
eleitor ainda tem que enfrentar fila imensa para o recadastramento [biométrico]. Eu estive no Cartório, as
pessoas não estão gostando de votar faz tempo, tem que recadastrar, junta tudo
isso e não compensa, porque ouvimos muito, sobre os políticos em geral: É tudo igual! A hora que chega lá não faz
diferente não!. Eu quero muito acreditar que tem jeito sim, eu quero muito
acreditar que os bons são maioria e nós merecemos uma cidade melhor. Nós temos
que mudar em Brasília, em Goiânia temos sim, mas se começar a mudar aqui nós
vamos chegar, lá com certeza.
Além de
ter bom potencial eleitoral, sua pessoa é uma espécie de queridinha, muitos
gostariam de tê-la como candidata a vice. De que forma lida com isso?
Nós estamos conversando, vejo que ainda é
muito cedo para falar em y ou b. Ainda vai levar um tempinho, mas em
momento algum fechamos as portas. As
conversas são com diversas pessoas e, depois que eu vim para o PDT muitos
ficaram felizes. Se de outro lado alguns acharam que eu estava atrapalhando, é
gratificante você ouvir de alguém que você vai somar em algum lado, sinto
lisonjeada, isso só aumenta a minha responsabilidade. Estamos aí conversando,
espero realmente que possamos fazer uma coligação boa, com pessoas sérias que
querem mudar, fazer alguma coisa diferente. Essa história de que todos são iguais já ouvi em diversas
situações e aí a gente se pergunta: Será que vale a pena? Mas se eu acredito
que é possível mudar esse quadro de descaso do nosso país inteiro, por isso não
posso abandonar o barco, porque se
abandono eu estou dando espaço para os demais.
Vereadoriáveis:
o PDT lançará chapa competitiva?
Sim e lutaremos para eleger número máximo de
colegas para a Câmara. Temos em torno de 15 nomes de homens e uns oito nomes de
mulheres. Estamos com uma certa tranquilidade nessa situação. Além da Tiana
Barroso [Sebastiana Paulino Bueno
Barroso, presente na Redação, durante a entrevista], temos: Paulinho do
Sacolão, Divino Negão [Divino Ferreira
Maia], João Fonseca, Eduardo Jaguar, Manoel José Alencar e outros bons
nomes.
Nota da
Redação:
outros pré-candidatos a vereador pelo PDT: Ana Caroline Pereira dos Santos,
Márcio Alves Santana (Pelé), Carlos Eder Santos, Cristiano Coutinho da Silva,
Divina Maria Vieira, Guilherme Fontes Mendes, Hélio Rodrigues Félix, Hilda
Gonçalves de Almeida e Miriam Cardoso de Souza.
Como
foi a sua transição para o PDT?
Um momento difícil, pois foram muitos anos
que militamos em um partido [PMDB], nunca
tive pretensão de ser candidata, antes das eleições 2012, mas sempre gostei de
estar no meio, acreditando naquela ideologia, naquela equipe, turma que sempre
trabalhou ali. De repente, a gente começa a se sentir que não estava comungando
com a forma de trabalhar, com as ideias [referenciando
a Administração 2013-2016 de Uruaçu]. Num primeiro momento, pensei em ir
embora para casa e cuidar da minha
vida, minha família e deixar as coisas acontecerem, só que a partir do momento
em que você tem um nome público a comunidade cobra isso. Quando a doutora Carla
[de Oliveira Faria – advogada com atuação
em Uruaçu; hoje vice-presidente da Comissão Provisória do PDT local] e
doutor Murilo [médico, esposo de doutora
Carla] telefonaram, me convidando para ir para o PDT, inicialmente
assustei. Foi o que aconteceu. Eu avaliei, salientei que o PDT é um partido com
o qual tenho certa afinidade. Conhecendo a história do PDT não tem esse que não
se apaixona. Em Goiás, nós temos a Flávia Morais, deputada federal [em segundo mandato], fazendo trabalho
belíssimo que admiro muito, sempre tendo o incentivo do esposo dela, o doutor
George Morais [médico; presidente do PDT
em Goiás; prefeito de Santa Bárbara de Goiás-GO {1993-1996} e, de Trindade-GO
{2001-2004 e 2005-2008}; deputado estadual {eleito para legislatura 1999-2003,
em 31 de dezembro de 2000, renunciou para assumir a Prefeitura trindadense};
ex-presidente da Associação Goiana de Municípios {AGM}]. Então, esse
conjunto positivo foi uma das coisas que me levou a dar o sim para eles,
aceitando o convite. Valorizo demais o trabalho social que o partido e todos
eles têm em Goiás e, sei que fiz boa opção.
Nota da
Redação:
a Provisória é composta também por José Carlos Ribeiro da Silva ([Zezinho] –
secretário); Elenice Elvira Batista Santana (tesoureira); e, Paulo Alves Silva
(membro).
Nota da
Redação:
entre as atividades desenvolvidas, está o programa Saúde em Movimento, com trabalhos assistenciais, ajudando usuários
cuidarem da saúde e, que por diversas vezes contemplou a população de Uruaçu,
conforme diferentes reportagens e notas publicadas pelo Jornal Cidade.
Sabe-se
que foram cerca de 30 anos. Sua saída foi sem atrito?
Eu queria sair do PMDB, estava com isso na
cabeça, apesar de ainda não ter falado nada com o PMDB, diante da Prefeitura e
nem em casa, quando a doutora Carla e o doutor Murilo fizeram o convite. Logo,
eles conversaram com a Flávia Morais, agendando uma visita comigo, em Goiânia,
tivemos a reunião e oficializamos. Quando voltei de Goiânia, entreguei o cargo
de secretária municipal, agradeci ao [Poder]
Executivo e disse que não dava mais, expliquei o acontecido e a saída do
partido. Vivemos em um país democrático, temos direito de ir e vir. Nos
primeiros dias considerei meio estranho, mas hoje está tudo bem. Militei 30
anos! Não teve discussão, agradeci e entreguei meu cargo, a única coisa que a
Solange [Bertulino, prefeita de Uruaçu]
falou foi que se eu tivesse falado com ela antes, a mesma teria arrumado um
partido para me filiar. Vejo que eu não precisava dar esse trabalho para ela,
mas sei que alguém da equipe dela falou ter sido um limpa o que se fez no partido. Isso eu falei para ela – “Olha
Solange, jamais imaginei que eu estaria prejudicando o município. Se eu
soubesse disso...! Vocês poderiam ter falado, que nós teríamos saído no
primeiro dia [1º de janeiro de 2013; ela,
aliados e simpatizantes comissionados]. Sempre pensamos que estávamos
ajudando”.
Como
vem sendo esses primeiros meses no tradicional PDT uruaçuense?
Filiei em setembro de 2015. Hoje eu estou na
presidência da Comissão Provisória, atuando com seriedade e responsabilidade.
Quando assumimos, estivemos no escritório [político]
da deputada Flávia Morais, com eles nos passando informações sobre filiados
veteranos. No primeiro momento, olhamos e não conhecíamos praticamente ninguém,
mas depois fomos interagindo, conversando e as pessoas vão se apresentando e
falando que são filiadas. Descobrimos algumas pessoas, média de trezentas e
poucas filiadas, aqui no município, que são filiadas desde 1992. Depois que
entramos, conseguimos filiar mais 150, 160 pessoas e, é muito bom todos estarem
na sigla e caminharem com a gente. O PDT é o partido do Leonel Brizola [político gaúcho com atuação destacada no
Rio de Janeiro, falecido em junho de 2004]; do senador Cristovam Buarque [pelo Distrito Federal, atualmente no PPS];
da Flávia Morais, que faz um bom trabalho em Uruaçu. O PDT tem muita afinidade
com a minha forma de trabalhar, o meu jeito de atuar. Passados uns dias, fui
conversar com a doutora Carla e, eu disse a ela que aquela novidade não
significava que eu seria obrigada a
ser pré-candidata e candidata. Ela disse: “Não, Nice! Nós precisamos de alguém
para estruturar o partido e tudo mais”. Pensei que eu fosse para casa cuidar de
mim, da minha família e pronto. Passaram os meses e a realidade é que sou
pré-candidata a prefeita. E prossegue nossa campanha de convites para
filiações. O PDT é o partido que mais cresce em Goiás e em Uruaçu não é
diferente. Venham, vamos conversar, filiem no PDT de Uruaçu, no PDT do seu
município. Estamos convidando.
De que
maneira avalia a simplicidade da Flávia Morais e do doutor George Morais?
São bons dirigentes e eles têm um carisma
muito grande, uma simplicidade grande. Eles andam por todo o Estado de Goiás e
o contato com as pessoas é corpo a corpo, olho no olho, o que é muito
importante. O Eduardo Jaguar comentava recentemente sobre a simplicidade da
Flávia Morais, inclusive de que ela é gente como a gente. Tanto ela, como o
doutor George. Também vimos depoimentos nesse sentido de todos os prefeitos e
outros oradores presentes em um Encontro
do PDT realizado em Trindade.
Uma
comitiva de uruaçuenses se fez presente nesse Encontro, em Trindade. Comente.
Já tínhamos ido em outro Encontro, de
Goiânia, em dezembro, que foi muito bom. E participamos do Encontro do PDT em
Trindade, que foi ainda mais diferente para melhor, superando, em número de pessoas
e nas informações. Eu, a Elenice, a Tiana, o Eduardo Jaguar fomos. Convidados a
participar, aproveitamos para aumentar nossos relacionamentos e conhecimentos
coletivos ou próprios. Já no café da manhã, conversamos bastante. No evento em
si, as orientações se apresentaram cada uma mais importante que a anterior.
Sobre as eleições que estão vindo, suas mudanças através da minirreforma de
2015. Quanto às novidades para 2016, o comando do PDT também é muito preocupado
com isso. Todas as vezes que fomos ao escritório, uma das preocupações centrais
foi e é essa. A orientação é para todos os militantes, informando, com
assessoria parlamentar, com assessoria jurídica à disposição, palestrantes, com
atenção da direção, da deputada e muito mais. A pauta de Trindade foi mais
voltada para essa parte, inclusive nas falas do doutor George e da deputada
Flávia. O objetivo foi realmente nos orientar sobre os procedimentos na
pré-campanha, na campanha, no pós-campanha, no ato de tomar posse, daí por
diante. Foi explicado: posteriormente ao Encontro, sempre que precisarmos de
qualquer informação, o PDT presta assistência para os filiados nas cidades.
Sentimos a cada dia a preocupação especial que eles têm. A preocupação é
informar a todos, o objetivo principal é ganharmos as eleições para prefeito,
para vice-prefeito, elegermos bons vereadores, em Uruaçu e em outras cidades.
Mas, precisamos ganhar as eleições e realmente estarmos em ordem para tomarmos
posse, principalmente agora, devido as mudanças que vieram. Em toda sigla, algo
pode ocorrer: o risco de alguém ser eleito e não conseguir tomar posse, por
exemplo, devido falha contábil na prestação de contas. Nosso comando estadual
do PDT tem toda uma preocupação, pois quer o bem dos pedetistas.
Voltando
atenção novamente para a atuação na Prefeitura: é de conhecimento público que
na condição de secretária municipal da Habitação, sua correta atuação produziu
bons frutos, beneficiando centenas de famílias. Como se sente?
Desde a função anterior, comandando a [Secretaria Municipal da] Administração,
eu tentei fazer o possível e com qualidade, com o que tínhamos de melhor nas
mãos. A boa vontade de atender as pessoas, visando resolver os problemas, na
Administração, administrativo mesmo. Isso, conversando, resolvendo situações
das pessoas, tanto funcionários, como da população. Na Habitação, por exemplo,
fizemos o cadastramento das famílias para serem beneficiadas com as casas [de diferentes projetos habitacionais].
Foi até falado: Vamos fazer um
levantamento das pessoas que precisam de um cheque-reforma, porque o município
vai estar ajudando!. Foi providenciado cheque-reforma, em período
específico, através de uma entidade. Foi dito que iria ser vista a
possibilidade de o município mesmo fazer esse trabalho, só que ficou mesmo no
cadastramento. Ali na Habitação, o que a gente sentia, procurava atender com a
máxima qualidade, ainda mais que a expectativa era e é enorme. Procuramos
atender bem as pessoas, conversar, explicar a real situação, o que estava
acontecendo e, na medida do possível, dialogávamos mais a fundo com as famílias
das quatrocentas e quarenta e seis casas [de
três conjuntos habitacionais – a entrega está agendada para abril]. Não é
fácil, tínhamos que contatar famílias praticamente todos os dias. Quando
pensávamos que a documentação estava correta, chegava na Caixa [Econômica Federal] e era devolvido,
porque a Caixa é muito exigente e tem que ser. Tivemos dificuldades com esses
documentos das famílias, para deixar tudo como a Caixa exigiu...
...Seu
bom trabalho na Pasta, em sintonia com auxiliares, ajudou...
...Não é fácil mesmo! Mas, na Secretaria cada
um tem sua parcela de contribuição e, acho que qualquer pessoa que estivesse lá
teria feito o que eu fiz. Têm pessoas muito humildes, que não têm conhecimento,
sem acesso a internet em casa, outras pessoas têm dificuldade até mesmo de se
expressar. Então, tínhamos que ter essa boa vontade de ajudar os agraciados por
causa disso. Sabemos das dificuldades que elas têm e, por mais que você passa
orientações por escrito, mesmo assim inúmeras famílias tinham dificuldades. De
fato, você tem que ter boa vontade e interesse de estar ajudando as pessoas,
mas vejo que qualquer um que estivesse lá teria feito o que eu fiz.
A
cidade está feia e as deficiências estruturantes são inúmeras. Isso foi
alertado em sua conta da rede social Facebook dias atrás.
Muito desagradável e deixa a gente muito
triste. Fazer vídeo, colocar em rede social, acho que não precisa, só mesmo
para os arquivos, para fazer uma retrospectiva e não deixar acontecer, cair na
mesmice. É bom gravar, filmar, tirar fotos para guardar. Para mostrar, não
precisa, basta você colocar o pé para fora de casa que vai ver: o lixo
doméstico está deixando a desejar e se apodrecer na sua porta você tem que
pegar. O mato está uma coisa absurda. Os buracos nem se fala. A iluminação, por
todos os lugares que você vai, o pessoal reclama que está tudo escuro e tudo
abandonado. São coisas básicas! Esses dias um colega disse que na saúde [pública] está muito bem, excelente, mas
por onde eu ando as pessoas não têm demonstrado isso não. Mas fico contente se
está bem, pois o que eu quero é que o povo de Uruaçu seja bem atendido e que
tenha seu direito preservado. Reclamar, alertar, acho que é até obrigação do
cidadão. Sempre falo: se você acomodar, você também não tem o direito de
reclamar do que está acontecendo lá fora. Essa é uma preocupação que sempre
tivemos... De estar no meio, saber o que está acontecendo e, hoje continuamos
com o mesmo ideal e objetivo de querer uma cidade melhor, de querer trabalhar
em prol do nosso povo, porque merecemos uma cidade melhor e é por isso que
estamos nesta luta.
Pessoa
centrada, uma de suas características é a defesa do bom planejamento na
Administração pública. Comente.
Tem que planejar! Não é isso o que
percebemos. Eu vejo assim: se você não ouve a comunidade, o companheiro, acha
que está tudo bem, está tudo normal. Você não vai melhorar em nada porque já está bem. Sempre digo que é preciso
estar conversando com a comunidade, tendo contato com as pessoas que usam, por
exemplo, a área da saúde pública, para saber se realmente esse setor está
atendendo as necessidades, se o usuário está sendo bem atendido ou não. Existe
muita reclamação de usuários que chegam nas estruturas da saúde e as pessoas não
sabem conversar... Seja o usuário, seja o servidor. Sabemos que ninguém é salvador da pátria, ninguém vai ter
dinheiro para resolver todos os problemas, ao mesmo tempo. Imprevistos
acontecem, sabemos disso, mas vejo que precisamos planejar, você tem que ter
prioridade das prioridade. Como ver isso? Através do contato com a comunidade,
para a Prefeitura estar resolvendo cada situação, as prioridades, o que o
gestor vai colocar primeiro para ser resolvido. Se a chefia do Poder Executivo
fizer isso junto com a comunidade, ela vai estar junto com o Executivo, com
certeza.
Nota da
Redação:
opinião da vereadoriável Tiana, que acompanhava a entrevistada: Prioridade!
Principalmente a de cada bairro. Isso é muito importante. Cada setor é uma
realidade.
A
Prefeitura, num todo, não devia se aproximar mais da comunidade?
Nós pregamos isso em 2012 e eu volto a
afirmar: precisa ser feito. Ah, mas a
gente chama o povo para audiência pública e não vão!. A nossa cultura é que
fomos acomodados, não gostamos de reunião... Ah, eu vou lá nessa audiência pública e vai ficar do jeito que eles
querem mesmo, então não perderei meu tempo com audiência!... Mas é preciso
persistir, ou então, divide as ações por bairros. Criar mecanismos para que
realmente a comunidade marque presença. Ou, marcar reunião na casa de alguém,
tomar um café, conversar com os vizinhos... Acho que tudo isso é possível
fazer, com a Prefeitura tentando assimilar, praticar a prioridade das
prioridades, desenvolvendo uma ação de cada vez.
Nota da
Redação:
da vereadoriável Tiana: Uma organização na cidade, com boa aparência, até
chegar na beira do lago Serra da Mesa.
Na
avaliação do
Jornal Cidade, o trabalho em favor do
turismo local se mostrou tímido, desde a Administração 1993-1996, quando já era
sabido que o lago seria uma realidade. Hoje Uruaçu devia estar em patamar mais
elevado.
Com certeza e, não trabalhar só o lago em si,
porque hoje, por exemplo, é reclamado que tem pouca água. O que o povo vai
fazer lá? Porém, temos que dá um jeito de melhorar a cidade nesse aspecto
também, inclusive com uma aparência melhor na cidade e no lago, para que os
visitantes se sintam mais acolhidos, para que a população seja atraída. Os
comerciantes ribeirinhos e adjacentes precisam ser ouvidos sempre, pois têm
muitas ideias e, vermos o que podemos fazer. Da mesma forma, os que lidam com
hospedaria, que milita com gastronomia, os transportadores, os guias
turísticos, os ambientalistas. Não tem dinheiro para realização de obras
absurdas, mas é preciso a Prefeitura atender todas as prioridades principais de
lá, para termos melhores atrativos, levando as pessoas a terem vontade maior de
frequentar o lago. Melhorar e, conservar o que temos é fundamental, afinal,
tudo que o município adquiriu é dinheiro de todos nós – Ah! foi prefeito fulano de tal
que construiu!. Isso deve ser esquecido, porque assim nenhum prefeito
futuro valorizará o que antecessores fizeram. Os benefícios são para o povo e é
dinheiro nosso que está em cada estrutura implantada...
...Inclusive
os parques, as praças...
...Indo ao Parque das Araras a gente fica
triste. Sou apaixonada pelo Parque? Sou mesmo! Quem não lembra como era aquele
espaço? Hoje está muito abandonado. É da nossa cidade e, não é porque a Marisa [Araújo; prefeita nos mandatos 2001-2004 e
2005-2008, ela faleceu em 2011] construiu, que deixa de interessar.
Construiu para o povo, nós é que beneficiamos e, até então não tínhamos um
lugar para fazer caminhadas. O povo fazia caminhadas no anel [rodoviário – avenida Juscelino Kubitschek],
na rodovia [GO-237]. Depois passou a
fazer no Parque das Araras, no Parque dos Buritis. Só que os dois estão dentro do mato. Da mesma forma, o
Memorial Serra da Mesa carece de atenção...
...Memorial,
que, até hoje, nem todos sabem a dimensão da importância dele...
...Uma das coisas mais lindas que tivemos a
oportunidade de ter aqui está abandonado – Ah,
mas não é obrigação da Prefeitura!. Quem beneficia disso? Somos nós, a
população. O Memorial, na época em que foi construído, logo que foi inaugurado,
recebia visitas de alunos de várias escolas, das universidades. Iam muito lá.
Só que hoje o pessoal não tem mais esse reconhecimento pela e da história e,
precisamos passar, mostrando isso, propor. Mas para você levar uma escola lá
tem que ter uma aparência agradável e tudo isso tem um custo, sabemos disso – Ah, mas o município não tem dinheiro para
tudo isso!. É preciso ver onde é possível apertar o cinto para poder cuidar da nossa cidade. Qual dos trevos
está mais feio? Cada chegada da cidade devia ter aparência agradável. – Ah, mas não tem recurso para isso!. Eu
repito: precisamos correr atrás, conversar com a comunidade, pois ela ajuda
demais, quer ver Uruaçu bem. Se você tiver boa vontade e interesse a comunidade
não deixa de ajudar. Ajuda sim.
Qual é
o seu posicionamento em relação ao Fundo de Previdência do Município de Uruaçu
(Uruaçu Prev)?
O pessoal está na luta e vejo falar que a
prefeita vai retornar ao Regime Geral [Regime
Geral de Previdência Social {RGPS}, que tem suas políticas elaboradas pelo
Ministério da Previdência Social {MPS} e executadas pelo Instituto Nacional do
Seguro Social {INSS}]. Os funcionários se dividem hoje. Em 2012, o pessoal
todo queria e dizia que chegaria lá e
retornaria ao Regime Geral, mas essa ideia já não está mais só no Regime Geral.
O debate divide muito as ideias dos funcionários públicos. Quem defende a ideia
de voltar ao Regime Geral é porque está preocupado... Se o administrador
passado [Lourencinho {PTB}] não fez
os repasses, se o atual não está fazendo. Quem garante que os futuros farão?
Realmente é uma preocupação e a gente entende isso. Doutor Vercilei [José dos Santos – médico], sempre
presente nas reuniões, quer que continue a Uruaçu Prev, falando toda vez dos
prós e contras. O medo do funcionalismo é de realmente deparar com: – Ah, lá [INSS] também tem furo, no geral têm os rombos, tem no Banco Central, nos
Correios, Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal e, aqui está mais próximo
para podermos vigiar!. Outros avaliam que, se for no Regime Geral vai ter o
Brasil inteiro para correr atrás. Diverge muito essa situação e eu volto a
falar: se eles não resolverem isso nesse período [Administração atual], na condição de prefeita nós resolveríamos,
com muita seriedade, fazendo valer a vontade do servidor, com certeza. Entre os
meus projetos, consta que quero muito administrar, com a ajuda de toda a
comunidade e, quando se tratar do que é direito, dever, do funcionário público,
vamos conversar com eles para que possamos chegar a um denominador comum.
Uruaçu,
cidade do coração do Brasil, tem jeito?
Eu quero muito acreditar que tem jeito sim e
prego isso, mas sei que fácil não é! Eu sei que tem que apertar o cinto e, com isso você não consegue agradar 100 por
cento. Mas eu acho que junto com a comunidade – sempre falo: se você trabalhar
de comum acordo, não é difícil –, é mais viável. Eu vejo que não é diminuir
ninguém você pedir opinião das pessoas, você trabalhar em comum acordo... – Ah, mas é porque não sabe administrar!...
Não é isso e, claro que você não vai acatar qualquer ideia, pois tem que saber peneirar isso. O primeiro ponto é ouvir as pessoas, conversar,
elencar as prioridades das prioridades e sendo bem transparente com a
população, mostrando: – Nós temos isso
para fazer isso, o que nós podemos fazer com ele... Isso é importante,
mostrar para as pessoas: cadê o dinheiro, em que área e de que forma o dinheiro
está sendo empregado. Tem precatório para pagar, pague com esse dinheiro, pois
a Prefeitura é obrigada a pagar. Não é que eu quero ser boazinha. Não é isso!
Mas tem coisa que você tem obrigação de pagar dentro de determinadas normas.
Uruaçu Prev: você tem obrigação de pagar e, se for lá para o Regime Geral vai
pagar também, um valor até maior...
...Consignado...
...A Prefeitura não está fazendo favor para
ninguém. É do salário do funcionário que tirou [descontou], o funcionário foi ao banco, pegou adiantado. A
Prefeitura fez contrato com determinado banco autorizando o banco fazer isso e
a Prefeitura assumindo o compromisso de descontar em folha, tirar do salário do
funcionário para repassar ao credor. Tem quem afirma que o consignado é uma coisa fora, é um presente da Prefeitura
para o funcionário, mas não vejo isso. Acaba que o funcionário recebe cartinha, com seu nome ficando com
restrição e, todo funcionário se mostra contrariado. Tem gente que não preza
essa questão de nome, mas tem muita gente que preza. Eu volto a falar: não é
favor que a Prefeitura está fazendo para o funcionário, pois não é um prêmio.
Se ele não tivesse ido lá e tomado o dinheiro emprestado do banco não teria que
receber o salário integral? Então! E, ainda tem o Ipasgo: o povo chega [para atendimento médico e afins] em
Ceres [cidade do Vale do São Patrício
goiano], Goiânia, mas na hora de passar o cartão, o convênio Ipasgo está
suspenso e o funcionário ou beneficiário dele fica sem atendimento. Ruim dentro
de Uruaçu, pior quando a pessoa desloca da cidade. É a mesma coisa: a
Prefeitura também descontou no salário do funcionário e não faz o repasse
mensal de forma correta. Acho que tem que levar com mais seriedade as coisas.
Ipasgo:
praticamente todo mês o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Uruaçu
(SINDIURUAÇU), presidido por Marinho, enfrenta dificuldades por causa do atraso
no repasse dos recursos e acaba, sem ter culpa alguma, que arcar com despesas
de juros e similares. É mais uma adversidade...
...Me parece que na época do doutor Edmundo [Filho; prefeito no mandato 1997-2000],
a Prefeitura fez um convênio. Só que ficou uma dívida, do Ipasgo e, então a
Prefeitura tem o nome sujo perante o Ipasgo. Não pode. Quando o funcionalismo
quis que o Ipasgo fosse revitalizado a Prefeitura não tinha como proceder e,
para fazer teria que pagar toda a dívida anterior. Como a Prefeitura não tinha
recurso para isso foi feito através do Sindicato. É descontado do salário do
servidor, mas o repasse é feito ao Sindicato com atraso por parte da
Prefeitura.
No
exercício do cargo de prefeita, buscaria recursos perante todas as opções
legais ou se resumiria aos aliados políticos?
De jeito nenhum. Principalmente quem teve
voto em Uruaçu. Precisamos de todos eles e precisamos abrir a mente para isso, porque, eleita prefeita, nós não iríamos
trabalhar para a gente, mas a comunidade. Se é para a comunidade todo mundo que
vem aqui pedir voto tem que dar sua contribuição. Quem comanda a Prefeitura tem
que ir atrás sim. É um direito e dever estar indo...
...Saber
separar?...
...Precisamos saber separar isso. A campanha
acabou, acabou, eu não governo para quem votou em mim de maneira nenhuma, mas
sim para o município inteiro. Na Câmara, ser vereador do município inteiro, da
mesma forma o deputado estadual e o federal, o senador, o governador, o
presidente da República. Temos que trabalhar em prol da comunidade para essa
comunidade ter os benefícios. Por isso, é preciso ir lá no governador e em
outras fontes. Podemos até não ser atendidos, mas temos que fazer a nossa
parte. Vejo assim: se conversamos com as pessoas certas, corrermos atrás,
podemos conseguir. Exemplo da Marisa: para a construção do Memorial Serra da
Mesa, recebemos verbas do Demóstenes Torres [então
senador], do Carlos Alberto Leréia [então
deputado federal], adversários políticos. Ela conseguia conversar com essas
pessoas e convencê-las que realmente precisava da contribuição. Se o candidato
foi vitorioso e teve votos aqui ele tem um compromisso, uma obrigação.
Nota da
Redação:
da vereadoriável Tiana: A Marisa corria
atrás de todo mundo e estava certa, porque o governador que está lá não é
governador só de quem votou nele e sim de todo Estado. Buscar benefícios de
todos os lados, não interessa quem está no poder. O importante é que o
beneficio chega no município.
Uruaçu
precisa ter deputado estadual daquele que na cidade reside. Concorda?
Já lutei demais por isso e, na condição de
prefeita, faríamos o possível, trabalhar muito pela causa. Precisamos ter um
representante e se não for possível eleger um nome nosso daqui – só que temos
condições e eleitores para isso –, se fizer um bom trabalho por Uruaçu, também
vale, mas o ideal seria alguém daqui. Precisamos mudar muito, para que Uruaçu
seja beneficiada. Precisamos praticar mudanças nos governos. Provavelmente
teremos mudanças no Brasil, para presidente. Tem que mudar tudo o que estiver
errado! Vamos ter uma possibilidade muito grande, só que temos que chegar e
começar a trabalhar, porque precisamos de apoio dos nossos vizinhos para eleger
um deputado estadual de vínculos com Uruaçu, para fazer um trabalho aqui. Só
que para isso precisamos é não deixar só para 2018, mas começar a fazer esse
trabalho de início.
Seu
plano de governo está na fase preparatória?
Estamos fazendo o possível para estar conversando ao máximo com a
comunidade, inclusive dialogando com outros partidos recentemente e foi falado
que alguns planos de governo estão prontos. Eu falei que o nosso não está,
porque precisamos ouvir bem a comunidade. Primeiro, para podermos – claro, em
toda conversa que temos levamos ideias novas –, chegar lá e rascunharmos.
Depois, quando ficar mais próximo das eleições, reuniremos com o grupo para
vermos o que dá para fazer. Essa preocupação de estar ouvindo a comunidade
serve também para realmente termos um plano de governo pé no chão, aquilo que é
possível fazer. Estamos ouvindo e veremos se a gente elabora um plano de
governo com bastante seriedade, clareza. Eu lembro que em 2012, quando
estávamos caminhando, a gente chegava nas casas e o povo falava que não
precisava falar muito e nem fazer muito, apenas queriam que a Prefeitura
limpasse nossa cidade, tapasse os buracos, colocasse lâmpadas nos postes,
cuidasse da nossa saúde pública. Ouvi demais isso, que não é pedir muito: – Se vocês fizerem isso está de bom tamanho,
não precisa preocupar com mais nada!.
Ou
seja: ter vontade política e institucional é fundamental?
Foi um aprendizado muito grande que nós
tivemos em 2012. Do contato que tivemos com as pessoas, o que elas falavam para
a gente, o que almejavam, quais eram os sonhos delas. Isso fica guardado com a
gente até hoje e, se Deus der essa oportunidade para nós, tentaremos trabalhar
da melhor maneira possível, realmente cuidar da nossa cidade, cuidar do nosso
povo. Todos nós merecemos uma cidade melhor, uma união maior para nossa cidade
e essa coisa de rivalidade deixar para frente e com respeito, uma próxima
campanha, porque precisamos trabalhar, somos amigos de todo mundo, moramos em uma cidade pequena, onde a maioria conhece
todo mundo, precisamos uns dos outros, ninguém vive sozinho. Ninguém administra
sozinho, pois não é o prefeito só. Se não tiver ajuda, se todo mundo que
caminhou junto não tiver o interesse de fazer um trabalho voltado para a
população, quem comanda a Prefeitura não consegue...
Eu, eu,
eu!!!... Sozinho fica difícil...
...Ninguém dá conta sozinho e, fica um exemplo da
campanha de 2014: o Estado em momento algum mostrou qualquer preocupação com
falta de dinheiro. Pelo contrário: achei que eles não tinham nenhum problema
nesse sentido, porque mostraram que estavam com o bolso cheio e o povo de Goiás não teria problemas. Isso em 2014!
Quando foi em 2015, o governador chega lá [assume]
e fala que o Estado está falido. Os funcionários são culpados? Um Estado
funciona sem servidor? Não funciona. É preciso ter um gestor que pensa em tudo,
que seja compromissado. Quando usei a palavra na reunião com o Ronaldo Caiado [senador {DEM}, dia 5 de dezembro em Uruaçu]
disse que nunca sabemos quando é a hora, cada um teria que aprender a dizer que
a oportunidade é agora, devo falar agora. E, nós precisamos prometer para as
pessoas só aquilo que é possível fazer. Se você promete demais e depois não faz
– é o que nós estamos tendo –, descrença o povo. Esta é uma culpa do próprio
político, prometendo que faz, faz, faz. Depois fala que não fez porque não tem
dinheiro.
Eunice, sobre os vereadoriáveis: "Lutaremos para eleger número máximo de colegas
para a Câmara"
(Jota Marcelo – JC
Online)
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