Marconi
(no centro da foto) afirma que está
disposto a continuar trabalhando cerca de 18 horas por dia, mas com uma
vantagem: “Mais maduro, mais experiente, mais equilibrado” – Governo de Goiás/Divulgação
Mais
maduro e pronto para encarar novos desafios. Assim o governador Marconi Perillo
disse se sentir ao completar 54 anos de idade. Segundo ele, os 19 anos que se
passaram desde que foi eleito para o primeiro mandato como governador foram
importantíssimos para adquirir experiência e mais visão política e
administrativa.
“Não
sou mais aquele de 35 anos ao assumir pela primeira vez o governo, mas me sinto
energizadíssimo, disposto a trabalhar como sempre fiz, 16, 18 horas por dia;
mas com uma vantagem: mais maduro, mais experiente, mais equilibrado. Enfim,
pronto para novos desafios”, afirmou Marconi.
Em
entrevista, o governador fez ainda um balanço sobre a missão comercial ao
Oriente Médio, a qual avaliou como “altamente positiva”; lamentou o discurso
politiqueiro da oposição e criticou líderes por quererem que o Estado “ande
para trás”; e comentou que está preparando o governado estadual para o
lançamento de um amplo programa de investimentos que vai colocar Goiás na
vanguarda do Brasil, especialmente nesse momento de superação de crise. Leia.
Que avaliação o senhor faz da missão
comercial no Oriente Médio?
Avaliação
altamente positiva. Nós tivemos a oportunidade, tanto eu liderando a delegação
de Goiás e do Brasil, quanto os embaixadores que nos receberam, os empresários
e também o presidente da Assembleia, de conversar com grandes autoridades de
três países muito importantes do Oriente Médio. Começamos pelos Emirados
Árabes, depois Arábia Saudita e, por fim, o Líbano. Nós estivemos com
autoridades e empresários líderes de fundos soberanos, acertamos protocolo de
intenções para a vinda de uma nova fábrica para Goiás, com a geração de mais
600 empregos diretos (Caracal). Falei pessoalmente com representantes de fundos
soberanos e levei projetos de energia, de saneamento, o trem de Brasília a
Goiânia, dentre outros, para grandes fundos soberanos desses países. Estive com
o presidente do Líbano, Michel Aoun, quando também apresentei as potencialidades
de Goiás. Estive com o príncipe da Arábia Saudita, Maqrin Al Saud, e com outros
empresários e autoridades importantes, e também com grandes autoridades dos
Emirados Árabes. O fato é que o Brasil é quase que um risco n’água na relação
com esses países. Uma relação muito tímida e muito fraca. E Goiás é um estado
que não é conhecido por lá, porque é um estado central, que não tem o nível de
disposição de São Paulo, por exemplo. Se a gente não vai a esses países e
mostra as riquezas, os avanços, a modernização, a estratégia, logística e
infraestrutura de Goiás, a importância na produção do agronegócio, continuamos
a ser desconhecidos lá fora.
A oposição critica, diz que não traz
resultados concretos. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
A
oposição sempre quer que o governo ande para trás, que o estado ande para trás.
Se dependesse da oposição, não teríamos avançado em nada, porque a única
alternativa para a oposição ou para alguns setores atrasados da oposição em
Goiás o ideal é que eu não fizesse nada, que eu ficasse parado, não mandasse e
não trouxesse capital, que não trouxesse investimentos, não gerasse empregos,
não viabilizasse obras, para que eles pudessem ganhar sem discurso. O fato é
que quanto mais nos mobilizamos, mais nos articulamos no Brasil e no exterior;
quanto mais trazemos indústrias, modernização, investimentos em todas as áreas,
mais fica difícil para eles de sustentar um discurso contra o governo. Então, é
natural que alguns líderes da oposição tenham uma visão atrasada, medíocre,
tacanha. E eu vou continuar fazendo o que sempre fiz, que é acelerar para valer
o desenvolvimento de Goiás.
Como foi o encontro com o presidente
do Líbano?
Ele
foi extremamente simpático. O Líbano, como o Brasil, passou por dois anos de
crise, e sem presidente da República. Ele assumiu agora, e demonstrou um apreço
enorme. Afinal de contas, o Brasil tem entre libaneses e descendentes três
vezes mais o número de libaneses do que o próprio Líbano. Então, nós somos um país
irmão dos libaneses, e temos muito o que fazer conjuntamente. Existem muitas
potencialidades, e o que falta é o entrosamento maior, e isso eu estabeleci com
ele numa conversa muito boa.
O que essas missões podem efetivamente
mudar na vida dos goianos?
Primeiro,
empregos. Você viabilizar uma indústria nova é emprego. Segundo, você mostra
uma realidade que não é conhecida lá. Mostra a realidade do Brasil Central, a
realidade de Goiás, que é o estado mais estratégico e mais central do Brasil, e
onde está também a capital da República, Brasília. Mostra nesses seminários
tudo o que temos em termos de carteiras de projetos, os incentivos fiscais que
nós adotamos aqui, as facilidades que os empresários têm para trazerem seus
investimentos, abrirem suas fábricas e seus negócios para geração do emprego,
porque isso, sim, mexe com a vida das pessoas.
Qual mensagem o senhor tem para o ‘Dia
Internacional da Mulher’?
O
Dia Internacional da Mulher é um dia de muita reflexão. Sobretudo, em relação
aos problemas que ainda existem de violência contra a mulher e de
discriminação; mas também de reflexão dos avanços que as mulheres brasileiras
tiveram nas últimas décadas, do empoderamento das mulheres, que hoje já são
maioria em várias das atividades humanas do nosso país: na carreira jurídica,
no parlamento, na medicina, na engenharia, na arquitetura, no Direito, enfim.
Em outros serviços e nas empresas, as mulheres avançam cada vez mais no sentido
de garantir um papel de destaque e, principalmente, na preservação dos seus
direitos, que são direitos constitucionais. Por outro lado, nesse dia 8 nós
anunciamos uma série de medidas que já foram adotadas para garantir esses
direitos. É certo que o ideal é que no futuro não haja necessidade de termos
leis ou de termos projetos ou iniciativas governamentais que assegurem os
direitos das mulheres, ou que protejam as mulheres de maus tratos. Mas enquanto
esse dia não chega, o governo do Estado tem agido fortemente na criação de vinte
e duas Delegacias das Mulheres, nas patrulhas para atender a Lei Maria da
Penha, além de outros centros de atenção às mulheres. Enfim, quero desejar a
todas as mulheres que devem comemorar o seu dia de autoafirmação.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse
que o senhor é o governador mais inovador e trabalhador do Brasil. Como o
senhor recebe essa afirmação?
Nós
estamos aprofundando cada vez mais o programa Goiás Mais Competitivo e
Inovador, com vistas a explorar e a avançar cada vez mais em políticas públicas
voltadas à ciência, à tecnologia, pesquisa, inovação e competitividade. Eu
realizo semanalmente reuniões setoriais ou coletivas tratando de assuntos de
cada uma das pastas ou assuntos pertinentes à inovação e à competitividade do Governo
de Goiás. Cobro o cumprimento de metas, estabeleço uma série de diretrizes que
vão sendo cumpridas pelos secretários de estado, a fim de que Goiás possa, até
o final do ano que vem, estar entre os mais importantes na inovação e na
competitividade. Talvez por isso, Aécio Neves, que foi um importante governador
de Minas Gerais, Geraldo Alckmin, já pela quarta vez governador de São Paulo,
reconhecem o esforço que nós temos feito no sentido da modernidade, dos avanços
na gestão que permitem que Goiás seja hoje considerado um dos estados mais
eficientes e avançados do país.
Como se sente ao chegar aos 54 anos?
Está cansado, ou ainda tem muito a oferecer a Goiás e ao Brasil?
Não
sou mais aquele de 35 anos ao assumir pela primeira vez o governo, mas me sinto
energizadíssimo, disposto a trabalhar como sempre fiz, 16, 18 horas por dia;
mas com uma vantagem: mais maduro, mais experiente, mais equilibrado. Enfim,
pronto para novos desafios.
O que os goianos podem esperar do
governo em 2017 e 2018?
Nós
fizemos todos os ajustes necessários para enfrentar a pior crise econômica da
história do Brasil. Criamos todas as políticas de austeridade que nos
acompanharam nesse período difícil. Agora, estamos nos preparando para o
lançamento de um amplo programa de investimentos que vai colocar Goiás na
vanguarda do Brasil, especialmente nesse momento de superação de crise. A minha
expectativa é que possamos anunciar, com recursos assegurados para os próximos
dois anos, algo em torno de R$3 bilhões em investimentos em todas as áreas mais
importantes para o povo goiano.
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