terça-feira, 7 de março de 2017

Servidores ambientais ganham plano de cargos e remuneração

Vilmar Rocha: “O governador Marconi Perillo sempre foi muito sensível às questões dos servidores, mas em 2015 e 2016 o Brasil viveu a pior recessão de sua história e não foi possível atender esse pleito” – Fotos: Comunicação Setorial da Secima

Evento reuniu diversas autoridades e personalidades [Reportagem também postada em http://www.jotacidade.com/noticias/exibir.php?noticia_id=1829&noticia_link=3

Uma antiga reivindicação dos analistas e assistentes ambientais da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) foi atendida nesta terça-feira 7 de março, pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Em solenidade no auditório Mauro Borges, do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, o secretário Vilmar Rocha apresentou o novo Plano de Cargos e Remuneração (PCR) dos servidores dessas categorias.
“Quando assumi a Secima, em 2015, um grupo de servidores me procurou com essa reivindicação, mas eu falei pra eles que não era o momento de discutirmos isso”, explicou Vilmar Rocha. “O governador Marconi Perillo sempre foi muito sensível às questões dos servidores, mas em 2015 e 2016 o Brasil viveu a pior recessão de sua história e não foi possível atender esse pleito”, completou o titular da Secima.
O PCR busca atender não só à reivindicação dos servidores, mas também uma necessidade da Secima. Nos últimos seis anos, a baixa remuneração e a não estruturação das carreiras fizeram com que 136 servidores da área ambiental da Secima pedissem exoneração, deixando vagos 60 cargos de assistente ambiental e 40 de analista ambiental, referentes ao concurso público de 2010. Atualmente, o setor ambiental da Secima conta com 117 analistas ambientais e 50 assistentes ambientais.
Com número reduzido de analistas, os processos de outorga e licenciamento são os mais afetados. “Temos hoje, na Secima, cerca de 7,7 mil processos de licenciamento para serem analisados e outros 2,5 mil solicitações de outorga”, afirmou. “Esse número reduzido de servidores faz com que alguns desses processos levem meses para serem analisados. Então, a gente tinha duas alternativas: aumentar o número de servidores, o que não é possível neste momento, ou melhorar as condições salariais e de carreira dos atuais e condicionar essa melhora aos desempenhos de produtividade. Foi o que fizemos”, esclareceu Vilmar Rocha.
A proposta de estruturação das carreiras de assistente ambiental e analista ambiental prevê a criação de classes e padrões salariais; a criação dos adicionais de titulação e de atividades de meio ambiente; alteração da nomenclatura de cargo de assistente ambiental para técnico ambiental; a previsão de escala diferenciada e a criação da carteira de identidade funcional para os servidores que desenvolvem trabalhos de vistoria e fiscalização.
Atualmente, os analistas e assistentes ambientais custam aos cofres públicos o montante de R$10,5 milhões ao ano, já incluído insalubridade, férias, 13º salário e contribuição previdenciária patronal. A nova proposta impactará em cerca de R$8,56 milhões de reais anualmente em 2017 e em seguida em cerca de R$11 milhões anuais em 2018 e 2019. “A vantagem é que parte desses recursos virá do Fundo Estadual de Meio Ambiente [Fema] e a condição que estabelecemos com os servidores é que eles se empenhem para aumentar a arrecadação e eles concordaram”, ressaltou o secretário, acrescentando que o compromisso é de aumentar a arrecadação do Fema em R$30 milhões em três anos. “Ou seja, os recursos para cobrir esse impacto na folha estarão garantidos”, frisou.
O novo PCR dos servidores ambientais da Secima já tem o aval da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan Goiás) e do próprio governador e, está na Secretaria de Estado da Casa Civil para ser encaminhado à Assembleia Legislativa de Goiás. Presente na solenidade, o secretário-chefe da Casa Civil, João Furtado, garantiu que irá colher a assinatura do governador ainda nesta terça e encaminhar à Alego, além de solicitar ao presidente da Casa, deputado estadual José Vitti (PSDB) – também presente –, celeridade na votação do projeto.

Eficiência
O PCR é mais uma das ações que a Secima tem feito para buscar uma maior eficiência nos setores de outorga e licenciamento, bem como na fiscalização. Além do plano, a pasta também já lançou o WebLicenças, um sistema online de licenciamento para empreendimentos de baixo impacto ambiental, e tem trabalhado forte na descentralização do licenciamento. Atualmente, 74 municípios já realizam o licenciamento ambiental para atividades de impacto local.
“O PCR procura estimular os servidores e fazer com que eles permanecem nos cargos. Além disso, essas outras ações buscam desafogar os setores para que possam ganhar em eficiência e celeridade nas análises”, afirmou o secretário Vilmar Rocha. “O Governo de Goiás está preocupado com a questão ambiental, mas não podemos deixar de lado o desenvolvimento de nosso estado. A sustentabilidade tem um caráter ambiental sim, mas não só isso. Há o aspecto social e econômico também e é nesse sentido que temos trabalhado: para garantir o desenvolvimento sustentável de Goiás”, conclui o titular da Secima.
Entre outras autoridades e, personalidades presentes, no evento: o secretário de Planejamento, Joaquim Mesquita; o presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Luiz Stival; a superintende de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da Secima, Jacqueline Vieira; e, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico), Thiago Vilar.
(Informações, sob adaptações: Comunicação Setorial da Secima)

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