Programa sistêmico e de caráter permanente, a ser anunciado nos próximos
dias, prevê a criação de núcleos de segurança dentro das escolas.
SSPAP e Seduce anunciaram
o lançamento do programa Escolas da Paz: criação nas escolas públicas estaduais
de núcleos de segurança integrados por professores, pais, vigilantes, policiais
civis e militares e as guardas municipais – Fotos: Solimar Oliveira/Seduce
Raquel Teixeira: “O
Escolas da Paz será apresentado rapidamente em um evento na presença de todos
os diretores e professores”
A Secretaria de Segurança Pública e
Administração Penitenciária (SSPAP) e a Secretaria de Estado da Educação,
Cultura e Esporte (Seduce) anunciaram o lançamento do programa Escolas da Paz,
com o objetivo de criar nas escolas públicas do estado núcleos de segurança
integrados por professores, pais, vigilantes, policiais civis e militares e as
guardas municipais. O anúncio foi feito em 31 de março, pelo titular da SSPAP,
Ricardo Balestreri, e pela secretária da Educação, Raquel Teixeira, após
reunião em que se buscou consolidar uma parceria entre as duas pastas para
debelar a violência nas escolas.
Raquel Teixeira lembrou que a Seduce já vinha
atuando em parceria com as forças policiais do estado, mas, no entanto, só a
partir dessa reunião é que essa parceria ganha um caráter mais sistêmico e
duradouro, a fim de levar mais tranquilidade às escolas. “O Escolas da Paz será
apresentado rapidamente em um evento na presença de todos os diretores e
professores”, destacou, aproveitando para apresentar solidariedade às
comunidades escolares vitimadas nos arrastões, mas reforçou a confiança no
trabalho que está se iniciando neste momento. “Espero que continuem com a
interação e a confiança necessárias, pois precisamos de todos para construir a
escola da paz que propicie o ensino e a aprendizagem”, justificou.
Ricardo Balestreri informou que os casos
recentes estão sendo investigados pelas Polícias Civil e Militar e em pouco
tempo os autores deverão ser apresentados. “Estas são medidas de curtíssimo
prazo para solucionar esses crimes, mas a violência nas escolas é um problema
nacional e que exige soluções de médio e longo prazo”, afirmou o secretário.
Conforme acentuou, para enfrentar a situação, as duas Secretarias vão se unir e
atuar em conjunto, mas de forma sistêmica, permanente, a partir do programa.
“Vamos utilizar a ‘expertise’ das Polícias
Militar e Civil do nosso estado, mas também vamos buscar experiências
realizadas em outros estados, principalmente os estados do Pacto Integrador, a
que tenho a honra de presidir”, afirmou. Entre outros estados que enfrentam
situações de violência nas escolas, segundo ele, está o Pará, que faz parte do
Pacto Integrador de Segurança Pública, hoje com 16 participantes. “Estaremos
reunidos no próximo dia 11 no Rio de Janeiro para tratar de demandas dos
estados, e a violência nas escolas estará na pauta”, garantiu.
Escolas da Paz
A iniciativa terá, entre outras ações, um
programa de formação de núcleos de segurança nas escolas, integrados por pais,
professores, alunos, vigilantes, mas, também, por policiais civis e militares e
pelas guardas municipais, onde houver. “A intenção é estabelecer parcerias
também com as prefeituras para fortalecer esses núcleos permanentes de
segurança nas escolas, com a intenção de buscar soluções para debelar a
violência nas escolas”, disse o secretário.
Outra ação que começa a ser delineada no
âmbito do Escola da Paz é o treinamento por parte da Polícia Civil dos mais de
1,9 mil vigilantes que trabalham na segurança das escolas, para que estejam
melhores preparados para a prevenção e o combate a situações de riscos à
comunidade escolar. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio,
que também participou da reunião com a Seduce, a Academia da Polícia Civil já
se prontificou a fazer esse treinamento.
Ricardo Balestreri destacou que o serviço de
Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária
já detectou que os arrastões nas escolas são ações oportunistas e não se tratam
de investida de grupos organizados. “Já fizemos um levantamento e vimos que
esses crimes se dão por ação de grupos locais, oportunistas, mais fáceis de
combater e já estamos identificando os criminosos”, acentuou.
Com o Escolas da Paz, conforme declarou o
titular da SSPAP, haverá uma convergência de ações entre educadores escolares e
educadores das forças policiais. “As polícias goianas também têm uma
experiência importante acumulada que vai se somar a essa disposição solidária
da Secretaria da Educação”, argumentou.
Para o comandante da Polícia Militar, Coronel
Divino Alves, também presente na reunião com a secretária Raquel Teixeira, o
policiamento foi reforçado nas imediações das escolas. “Já determinamos que em
toda a Grande Goiânia sejam intensificadas as visitas escolares, não apenas
passando, mas para as equipes desembarcarem, fazerem contato com os diretores e
professores, proporcionando a sensação de segurança devida durante todo o turno
escolar”, afirmou.
(Informações: Comunicação
Setorial da Seduce e Comunicação Setorial da SSPAP)
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