Na
abertura da ‘Feira do Agronegócio’, Sindicato e Faeg destacam importância do
setor e cobram valorização maior
Reportagem
resume balanço do primeiro dia do evento, além de apresentar dezenas de fotos de 5 de
julho.
Fotos: Márcia Cristina
e Jota Marcelo (Jornal Cidade/Uruaçu-GO). Mais fotos: abaixo
Foram pautas nos discursos da cerimônia
de abertura da 1ª Feira do Agronegócio do
Norte Goiano, ocorrida na manhã de 5 de julho e promovida pelo Sindicato
Rural de Uruaçu, a relevância e o desenvolvimento do agronegócio. Ao mesmo
tempo, cobranças de apoio institucional foram feitas diante do setor público,
especialmente da Prefeitura de Uruaçu, representada no ato por José Lustosa,
superintendente municipal de Agricultura (ele, que também é dirigente do SRU,
compôs mesa) e, João Bertulino, esposo da prefeita Solange Bertulino (PMDB).
Em diferentes ocasiões, a prefeita explicou publicamente, inclusive para este periódico, que enquanto considerou possível a Prefeitura apoiou financeiramente. Isso não aconteceu nos dois últimos anos por falta de recursos, justifica, reconhecendo que os eventos representam muito.
A novidade acontece concomitantemente
com a 33ª Exposição Agropecuária de
Uruaçu, iniciada no sábado 2, com duração até dia 10 de julho. Conforme
é de conhecimento público, em 2015 e 2016, o Poder Executivo local não firmou
parceria com a entidade presidida por Ozires Ribeiro.
“Se Deus quiser, no próximo ano teremos
os eventos com um apoio, ajudando nas suas realizações”, disse aos presentes José
Mário Schreiner, presidente Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás
(Faeg), que também focou tema estadual: “Pelo menos uma boa notícia nós temos
hoje [na relação com a seara
governamental em geral]”, informando que o Diário Oficial do Governo de Goiás da presente data traria a revogação
da Portaria 0148/16 GSF, via portaria 0162/16 GSF – o que de fato aconteceu (leia mais a seguir).
Repassando números e porcentagens, Schreiner
e Ozires Ribeiro relembraram que no país o agronegócio mantém-se como uma área
em crescimento constante, mesmo nos momentos contínuos de crise econômica.
De Ozires Ribeiro ao microfone: “O que
ocorre em Uruaçu é um pouco diferenciado”. Comentando que viajou bastante,
visitando eventos de fama nacional, passou a dialogar com os diretores sobre a
ideia de “plantar uma semente em Uruaçu. A maioria apoiou e estamos nesta
primeira edição”.
“Estou muito feliz com esse novo
formato”, sublinhou Ozires Ribeiro, interligando os dois acontecimentos. Ele
evidenciou ainda que as taxas de juros praticadas pelas instituições de crédito
são compensativas, ao mesmo tempo as condições que os expositores oferecem.
Enquete realizada pelo Jornal Cidade, colhendo opiniões, será
acrescida nesta reportagem, que trará outras novidades do evento.
Mesa e presenças
Também fizeram parte da mesa: Anderson
Tavares e Gessé Alves (Banco do Brasil; respectivamente consultor de Negócios
Banco do Brasil – Mafri e, funcionário da área gerencial/Uruaçu); Davi Caldas (Sicoob
UniCentro Norte Goiano); Túlio Santos, vice-presidente do Sindicato; Witter
Ferreira de Faria (SRU); Alarico Junior, presidente dos Cavaleiros de Sant’Ana;
Joveny
Magalhães, presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de
Uruaçu (Aciau); Tenente Coronel Maxwell, comandante do 14º Batalhão da Polícia Militar
do Estado de Goiás/Uruaçu (14º BPM); e, doutor Rodrigo Fernandes, presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) - Subseção Uruaçu. A maioria fez uso da
palavra, basicamente elogiando o surgimento da Feira do Agronegócio, de slogan
Quem acredita no agronegócio colhe lucros.
Dezenas de outras personalidades, produtores
rurais e populares compareceram ao evento do Parque de Exposições Durval Ponce
Leones, entre as quais Mário Ribeiro Filho (Marinho), presidente do Sindicato
dos Servidores Públicos Municipais de Uruaçu (SINDIURUAÇU); e, Mauri Lemes,
empreendedor urbano e rural e, presidente do PSDB. Aliás, do meio político
estavam três prefeitáveis: Machadinho (Democratas), doutor Juarez Lourindo (PSB)
e Valmir Pedro (PSDB).
Falando ao JC, Túlio Garcia avaliou como viu o dia pioneiro do evento e, reafirmou
posições ditas no discurso. Dizendo se sentir satisfeito com a aceitação dos
expositores e produtores, ressaltou que ambos saem ganhando. “Esta é uma pedra
fundamental e olha que em pouco tempo teremos que realizar a Feira do
Agronegócio em outro espaço. Muitas edições virão pela frente”.
Schreiner disse à reportagem que se
surpreendeu de forma positiva com a grandeza da 1ª Feira do Agronegócio do
Norte Goiano e que “em momento algum deixaria de contribuir de formas diversas
com o Sindicato e os meus amigos de Uruaçu e do Norte goiano”. No discurso
frisou: “Somos ‘chegados’ em ‘Festas Agropecuárias’. Com ‘Feira’, estamos
dentro do nosso ambiente”. Pronunciando sobre novidades, evolução, tecnologias
proporcionadas pelo agronegócio, o dirigente visitante categorizou: o segmento
é o mais evoluído e que mais dá certo. “Evoluiu e evolui porque temos ciência e
tecnologia”.
Palestras
Ciclo de palestras marcou o dia
inicial, com as mesmas apresentando público interessado em conhecer ou ampliar
conhecimentos. Confira quais foram, ambas presenciadas pela equipe de
reportagem do JC, que permaneceu
o dia todo acompanhando, inclusive postando imagens em redes sociais:
-Seguro
Rural, com Pedro Arantes (Sistema FAEG/SENAR), com participação de Anderson
Tavares e Gessé Alves.
-Manejo
de Sugadores no Milho, com Tiago Camargo (DuPont Pioneer).
-Manejo
no Controle da Mosca Branca, com Cecília Czepak (Professora/Doutora da Universidade
Federal de Goiás).
Outras palestras, dia 6:
-Controle
de Percevejos (9h)
-Fungicida
Protetores (14h)
Nas palestras finais, dia 7:
-Macrophomina:
O Novo Desafio (9h)
-Tecnologia
de Aplicação (14h)
-Controle
de Doenças na Cultura da Soja. E, lançamento do fungicida Ativium EC BASF (16h)
Gratuitamente, os estandes podem ser visitados
durante o dia e à noite, observando que em alguns períodos noturnos, devido
eventos da Mostra Agropecuária, é
cobrada entrada no portão principal.
Treinamentos
O Sindicato Rural de Uruaçu nunca mediu
esforços para disponibilizar treinamentos variados, inclusive quando das Exposições Agropecuárias, caso de
agora e, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar
Goiás). Atendendo reportagem do JC, Itamar Ribeiro Nascimento, mobilizador de cursos com atuação em Uruaçu,
comentou que os cursos abrem oportunidades profissionais aos praticantes e que boas
condições, inclusive refeição, são dadas gratuitamente a eles para que não percam
oportunidades de qualificação.
“Mesmo assim, ainda é difícil formar algumas
turmas”, assinalou, lembrando que a diversidade de cursos é grande e de
qualidade.
Pelo fim
da alteração do preço pago aos produtores
Em informações da Faeg, no início de junho,
o Governo de Goiás havia voltado a estabelecer limites para a exportação de
soja e milho, com a publicação da portaria 126/16-GSF e, segundo determinado
pela Secretaria da Fazenda, as empresas poderiam exportar livremente até 70% do
volume de soja e milho negociados por elas. Os 30% restantes devem ser
destinados ao mercado interno. Caso a regra fosse descumprida, a empresa
deveria arcar com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
do montante excedente... Razão de descontentamento enorme da parte do segmento
produtivo.
Ao saberem da volta da tributação, que
havia sido suspensa em março – após reunião com a Sefaz –, o setor produtivo
movimentou-se para reverter a situação. A Faeg encabeçou diversas reuniões com
a gestão estadual, em parceria com a Associação dos Produtores de Soja de Goiás
(Aprosoja - GO) e representantes da classe produtiva, para mostrar,
apresentando argumentos consistentes, que a portaria traria retrocesso
econômico e faria com que o preço pago aos produtores sofresse alterações. Além
disso, fere diretamente a Lei Kandir e constrói imposições ao Livre Mercado, comunicou
a entidade. O Governo de Goiás já
esclareceu que nunca visou prejudicar a classe produtora.
Fotos: Márcia Cristina
e Jota Marcelo (Jornal Cidade/Uruaçu-GO)
(Jota Marcelo e Márcia Cristina)
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