quinta-feira, 28 de julho de 2016

Presidente da Faeg pede a Temer maior segurança jurídica aos produtores e elaboração de novas políticas de assistência técnica




Representantes da entidade se reuniram com presidente em exercício.

Schreiner afirmou que, produtor brasileiro gasta, em média US$ 80 para escoar produção – Foto: Antônio Cruz

Durante reunião, Schreiner e dirigentes da CNA entregaram a Temer lista com dez sugestões de medidas para o agro – Foto: Marcos Corrêa/PR
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), José Mário Schreiner, afirmou nesta quinta-feira (28), em encontro com o presidente interino, Michel Temer, no Palácio do Planalto, que a agropecuária precisa de maior segurança jurídica aos produtores e elaboração de novas políticas de assistência técnica. Além de cobrar que o país invista mais na infraestrutura para baratear os custos que os produtores rurais têm com o escoamento da produção.
Schreiner afirmou que, atualmente, o produtor brasileiro gasta, em média US$ 80 para escoar a produção, enquanto um produtor dos Estados Unidos gasta US$ 16. Segundo ele, este fato resulta na perda de competitividade dos produtos brasileiros. “Dentro da porteira, o produtor rural do Brasil tem batido vários recordes, tem sido eficiente, mas, ao sair da porteira, tem dificuldades com o custo do escoamento da produção, porque faltam investimentos maiores em rodovias, ferrovias e portos. Enfim, são detalhes que dificultam o desenvolvimento maior da agricultura”, disse Schreiner.
Durante a reunião, José Mário e os demais dirigentes da CNA entregaram a Temer uma lista com dez sugestões de medidas para “garantir o crescimento e o fortalecimento da agropecuária brasileira”. Entre as reivindicações apresentadas estava a de se criar facilidades para o produtor brasileiro nos processos ambientais.
“Isso é extremamente importante, mas, veja bem: agora, com a entrada em vigor de uma portaria (do Ministério do Meio Ambiente) que até então estava suspensa, precisaremos de um licenciamento anual para plantar. Imagina isso: todo ano eu planto milho, mas ano que vem eu terei de renovar novamente essa licença. Isso burocratiza o processo. Para piorar, muitas vezes esse processo é delegado aos estados, e eles não têm celeridade nem gente preparada para que isso ocorra de forma muito rápida. E nós sabemos que tempo, clima e agricultura não esperam a boa vontade ou a falta de agilidade dos processos burocráticos”, argumentou.
Segundo ele, Michel Temer ficou “extremamente sensibilizado” com essa questão. “Vamos ter uma audiência com o ministro do Meio Ambiente, mas o presidente já se colocou de pronto e de forma solidária em relação a esse assunto”, acrescentou.

Kátia Abreu
Schreiner comentou a saída da senadora Kátia Abreu da presidência da CNA. Segundo ele, Kátia usou de “bom senso” ao dizer que não reassumiria o posto, uma vez que “a base não a digere” e os produtores e sindicalistas do setor não veem mais condições para que ela permaneça à frente da entidade.
A peemedebista deixou a presidência da Confederação e o mandato de senadora para assumir, a convite da então presidente Dilma Rousseff, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Com o afastamento temporário da petista, Abreu voltou para o Senado.

(Informações: Assessoria de comunicação da Faeg. Com informações da Agência Brasil)

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