quarta-feira, 19 de outubro de 2016

‘EDITORIAL’ - Edição 244 – ' Falta d’água em Uruaçu – Nota zero para a Saneago’



Tal adversidade é antiga, em diversas ocasiões gerentes-gerais do Distrito uruaçuense da empresa de economia mista do Governo de Goiás buscaram solução na matriz Goiânia e os pedidos não foram atendidos de fato – Foto: Márcia Cristina (19/10/2016)

O calendário marca 2016, no coração do Brasil e, uma das maiores vergonhas e falta de consideração existentes em Uruaçu é a falta de estrutura da Saneamento de Goiás S. A. (Saneago). Inevitável afirmar que falta vontade maior geral.
Tal adversidade é antiga, em diversas ocasiões gerentes-gerais do Distrito uruaçuense da empresa de economia mista do Governo de Goiás buscaram solução na matriz Goiânia e os pedidos não foram atendidos de fato. Da mesma forma, dezenas de autoridades locais e o deputado estadual Júlio da Retífica (PSDB). Então presidida por Jairo Balbino (PT), em 2013 a Câmara Municipal local promoveu uma audiência pública que tratou do assunto. Na edição da primeira quinzena de outubro de 2012 [foto acima], o Jornal Cidade alertou Solange Bertulino (PMDB), então prefeita eleita de Uruaçu, sobre o problema. O caso é tão adverso, que número acentuado de políticos, inclusive um deputado estadual (sensibilizado e todo atencioso para com a causa), tentaram ajudar.
Em linhas gerais, a velha justificativa de sempre da prestadora de serviço: falta de recursos adequados. Mas isso soa estranho, pois com pouco investimento certamente todas as sucatas da Saneago em Uruaçu seriam trocadas. Da mesma forma, o suporte e a dinâmica referentes ao processo em si de captar a água no rio Passa Três (manancial de superfície).
Duas são as esperanças para solução definitiva do caso: ou os saneaganos dialogarem internamente e sanarem o problema totalmente. Ou o Ministério Público (MP) entrar no caso e determinar cumprimento de ordens. Longe de o periódico querer ver a Saneago multada. Pelo contrário: é preciso urgente uma solução definitiva.
O que os consumidores e as suas famílias não carecem também é de (mais e mais) explicações, principalmente as técnicas. A comunidade uruaçuense e os visitantes precisam é de conviver com a causa sanada 100%.
Durante entrevista coletiva de 14 de outubro com Valmir Pedro (PSDB), prefeito eleito de Uruaçu, o JC sugeriu – uma vez mais diante de uma autoridade (sem esquecer: Valmir Pedro ainda não assumiu a Prefeitura) –, que o caso seja levado, mas com firmeza e determinação, ao comando maior da Saneago, hoje presidida pelo atencioso José Carlos Siqueira. O futuro chefe do Poder Executivo comentou que vai tentar buscar solução para a questão. Tomara!
Siqueira que, ao assumir o cargo dia 30 de agosto último, fez promessa de dar maior transparência na empresa após a Operação Decantação, da Polícia Federal (PF), que investigou desvio comprovadíssimo de R$4,5 milhões para o pagamento de propina e dívidas de campanhas políticas de distintas cidades, inclusive Uruaçu. Palavras do correto Siqueira (amigo de Valmir Pedro) na ocasião: “A missão é bem administrar a empresa, manter seus níveis de governança corporativa, flexibilidade financeira, idoneidade diante no mercado financeiro e fornecer água e saneamento básico de qualidade para a população”.
Conforme já informou o Jornal Cidade, a Saneago tem as seguintes atribuições:
-Promover o saneamento básico em Goiás, cumprindo-lhe especificamente elaborar projetos, realizar estudos e praticar a exploração dos serviços de água e esgotos sanitários;
-Os encargos relativos ao controle da poluição ambiental;
-Promover a execução de novas obras;
-Ampliar as instalações de sistemas de esgotos sanitários já existentes; e,
-Fixar tarifas e contribuições para os seus serviços, reajustando-as, sempre que necessário, de modo a atender à amortização dos investimentos, encargos de manutenção e operação, bem como da natural e imperiosa necessidade de expansão dos sistemas.

‘Nota’ – Leia mais sobre o assunto em:

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