Sem disputa oficial, vereador Sil se reelege presidente do Legislativo de Uruaçu

Alacir Freitas Carvalho (Sil) comandará a Câmara no ano 2018. Abaixo, demais integrantes da nova mesa diretora – Fotos: Márcia Cristina/Jornal Cidade (Arquivo) 

Joeli do Salão: vice-presidente 

Robson Pimentel: primeiro-secretário 

Wagner do Cais: segundo-secretário 

Raimundo Ferreira: primeiro suplente 

Wanildo Freitas: segundo suplente

Durante sessão da Câmara Municipal de Uruaçu, realizada na noite de 18 de dezembro, Alacir Freitas Carvalho (Sil) (PSDB) foi reeleito para presidir a Casa de Leis no próximo ano. Ele, que presidiu as sessões solenes de posse dos 13 edis e, do prefeito Valmir Pedro (PSDB) e do vice-prefeito doutor Juarez Lourindo (PSB) em 1º de janeiro último (face ter sido o campeão das urnas em 2016, com 697 votos), se elegeu naquela oportunidade para comandar o órgão em 2017, via chapa única.

Dia 7 de dezembro, ocorreu reunião no gabinete do prefeito, ocasião em que os vereadores se expressaram, expondo pretensões de votos, apresentando sugestões para a Câmara e registrando pedidos legais e públicos, práticas comuns em todo o território nacional. O intuito do Poder Executivo foi ouvir cada parlamentar, tentando viabilizar chapa única. Dali, a chapa de Sil teria saído praticamente formada, porém as articulações, conjecturas se desdobraram e na sessão de 11 de dezembro, minutos antes da votação a vereadora Maria das Neves (PSB) desmaiou e, a sessão foi suspensa e, encerrada, conforme noticiamos naquela noite de pura adrenalina – http://blogdojornalcidade.blogspot.com.br/2017/12/uruacunova-mesa-diretora-vereadora.html.

A mesa 2018

Assim ficou distribuída a nova mesa diretora, além da presidência Sil – Joeli do Salão (PMDB): vice-presidente; Robson Pimentel (PTB): primeiro-secretário; Wagner do Cais (PTB): segundo-secretário; Raimundo Ferreira (PROS): primeiro suplente; e, Wanildo Freitas (PSDB): segundo suplente.

Apesar de ser apresentada chapa única e após o plenário ser consultado se a oficialização do pleito se daria por meio de votação ou aclamação, a maioria optou pelo sistema de votação.

Deferida a chapa solo apresentada, das 13 cédulas depositadas na urna, oito votos para Sil, com cinco em branco (tidos como contrários).

Panorama: na eleição de agora, oficialmente inexistiu disputa pelo cargo, o que não significa afirmar que Sil foi eleito sob vontade geral, algo natural no Legislativo brasileiro. Nos bastidores – dias antes (e para a sessão do dia 11) –, mesmo que não apresentada (face a não continuidade da sessão), foi formada outra chapa, encabeçada por Antônio de Souza Reis (Taroba [PROS]), vereador em segundo mandato, também detentor de formação e capacidade política, administrativa, legislativa, cultural, intelectual para dirigir a Casa. Uma ala contabilizava, para aquele 11 de dezembro, vitória para Taroba. Política é como nuvem. Uma semana se passou e Sil ganhou.
Além do voto dele, Sil foi votado por Joeli do Salão, Robson Pimentel, Wagner do Cais, Raimundo Ferreira, Wanildo Freitas, Maria das Neves e Taroba. Taroba, que provavelmente presidirá a Casa em 2019, recebendo votos apenas da base aliada do prefeito, sem articulação com vereadores oposicionistas, como fez agora. Taroba e Valmir Pedro não são opositores.

Quarta legislatura

Em quarto mandato, antes Sil exerceu o cargo de vereador nos períodos 2001-2004, 2005-2008 e 2009-2012, não se reelegendo para 2013-2016 por ter sido vítima de denúncias infundadas e calúnias no transcorrer do pleito 2012.

A presidência 2017 de Sil foi marcada por herdar, segundo ele, um órgão com dívidas; a missão de contratar concursados (habilitados no ano anterior); e, por sequencial reclamação da parte do mesmo, alegando dificuldades financeiras da Câmara, razão pela qual, afirmou em ocasiões distintas, reduziu salários de servidores comissionados; barrou série legal de prestação de serviços; entre outras iniciativas. Criticado por alguns de inchar a Câmara através de contratações de comissionados, Sil nega, pautado no discurso da austeridade, com a observação de não querer sujar o CPF dele e nem se ver enroscado como outros presidentes. “Não é culpa minha, mas a despesa da Câmara ‘subiu’, agora, em 2017”, disse ao Jornal Cidade certa vez, destacando que teve e tem que “pagar o 13º salário aos vereadores”. Desde que seja seguida legalidade estrita, pagar 13º de vereadores é constitucional e Sil não errou ao decidir pagar.

Na relação com o Executivo, não se constatou polêmica e embates dentro de 2017. Ou seja: a relação Câmara-Prefeitura apresentou normalidade.

Além dos já citados na reportagem, os demais vereadores uruaçuenses são Bia (PSDB), Divino Negão (PDT), Professora Fátima (PMDB), Rony Piettro (PMB) e Zé Henrique (PPS).

Robson Pimentel assumiu em 1º de setembro, com o afastamento judicial de Fábio Vasconcelos (PP), que sofreu condenação da parte da Justiça Comum.

Família

Sil é filho do casal Prizulina Fiuza de Freitas (Tia Prizu)/Antônio de Freitas Carvalho (Toninho, que foi vereador nas legislaturas 31/01/1966-31/01/1970, 31/01/1970 a 31/01/1973 [para esta, os parlamentares da anterior foram mantidos, espécie de prorrogação de legislatura], 31/01/1973-31/01/1977 e 31/01/1977-02/02/1983 e, que empresta o nome ao plenário da Câmara Municipal de Uruaçu. E para a sede do Centro Popular de Abastecimento e Lazer de Uruaçu [Cepalur - Feira Coberta]). O pai, nascido dia 12 de janeiro de 1935, morreu em 15 de outubro de 1991. A mãe, nascida na data 21 de novembro de 1930, faleceu dia 27 de novembro de 2013.

Sil tem um irmão, Antônio de Freitas Filho (Kidão). Casado com Luiza de Oliveira Conceição Freitas, é pai de Arthur Matheus de Freitas Pimentel.

Leia mais sobre Sil (entrevista detalhada e analítica de um ano atrás), em www.jotacidade.com, links Agenda Política e Edições Anteriores (edição número 253, páginas 1, 3, 4 e 5). E, no Blog do JORNAL CIDADE/Personalidades (blogdojornalcidade.blogspot.com.br).

(Jota Marcelo e Márcia Cristina)