Vereadores Taroba (esq.) e Sil: acirramento pela presidência do Legislativo é prorrogado devido desmaio – Fotos: Márcia Cristina/Jornal Cidade (Arquivo)
Por volta das 20h45 de 11 de dezembro, foi suspensa
a sessão da Câmara Municipal de Uruaçu, definida para abrigar a eleição da mesa
diretora 2018 e que contava com a presença dos 13 representantes legislativos. A
vereadora Maria das Neves (PSB) teria desmaiado, na cantina, durante a primeira
pausa da noite.
Antes cinco, na reta final dois vereadores
mantiveram pré-candidaturas à presidência, transformando-as em candidaturas: o
atual comandante, Sil (PSDB) e, Taroba (PROS).
Normalmente, a vereadora chegou até a sede da
Casa de Leis e, na condição de primeira-secretária fez a leitura da ata da
sessão anterior e se portava bem na bancada parlamentar.
Agendados para 18h30, os trabalhos tiveram
início por volta das 19h. Após a parte convencional da sessão, Sil começou a
proceder para que a votação começasse e, de imediato, a primeira polêmica,
assim que ele deliberou instantes para observações referentes ao pleito: Maria
das Neves pediu a palavra, sugerindo ao microfone, que os votos fossem em
aberto e verbalmente (ao invés de secretos, por escrito), com o que – na bucha –, discordaram os pares Zé
Henrique (PPS) e Robson Pimentel (PTB). Debate torrencial e Sil solicitou que Walter
Paiva de Araújo (doutor Walter) explanasse na tribuna sobre a causa. O assessor
jurídico expôs que a votação pode, sim, ser em aberto, com Zé Henrique e Robson
Pimentel continuando discordando. Sil disse que não se importaria com a opção
secreta e determinou que o assessor Luciano Bordiga providenciasse as cédulas
de votação, o que fez vagar os trabalhos, ou seja, as atividades foram suspensas
por minutos.
Nesse intervalo, vereador pra lá, vereador
pra cá, atravessa daqui, giro acolá, cochichos e bochichos, bastante ao pé do
ouvido, cédulas em confecção e eis que a vereadora apresentou a crise, sendo
levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Passados mais alguns momentos, Sil, ao
microfone, explicou que a suspensão seria mantida, até averiguação sobre a causa
e as condições de saúde – se Maria das Neves retornaria ou não ao plenário para
trabalhar. O presidente comentou que os presentes (edis e público) poderiam
permanecer no plenário.
O tempo não para e, quando o relógio marcava
20h39, Sil, ao microfone, comunicou que a sessão seria encerrada – “...A Maria
está na ‘Sala Vermelha’ da UPA...! [caso
considerado grave]” –, com nova jornada a ser marcada e, daí, sim, tende ocorrer
a eleição.
Taroba pediu a palavra e, registrou que a
sessão poderia ter continuidade normalmente (recebendo aplauso da plateia), ao
mesmo tempo em que Robson Pimentel também opinou o mesmo que Taroba, inclusive
lendo trecho do regimento interno. Da mesma forma, Professora Fátima (PMDB)
alertou que a realização da sessão poderia ter sequência.
Sil não aceitou os argumentos, explanando que
ele tem autonomia para encerrar os trabalhos caso surjam fatos inesperados
desse naipe. Como justificativa maior, o fato de que Maria das Neves é amiga
dos demais 12 e que os trabalhos não deviam continuar. “...Cabe a mim poder
encerrar...”.
Em meio aos protestos de Robson Pimentel –
que sugeriu presença de viatura e policiais militares para registro de boletim
de ocorrência (B. O.) –, Sil determinou ao segundo-secretário, Joeli do Salão
(PMDB), que fizesse a leitura bíblica e comandasse a oração do Pai Nosso. Sessão encerrada.
Contabilidade dos
votos
Após Maria das Neves passar mal, muitos
outros bochichos. Nos bastidores, comentários de sobra apontando possíveis
opções no placar final da votação, não realizada: Taroba oito a cinco. Taroba sete
a seis. Sil sete a seis...
No decorrer da pausa da sessão, com cada vereador
aparentando tensão, alguém foi enfático em afirmar que certo vereador teria
revelado para Maria das Neves que determinado parlamentar votaria em Taroba,
com a mesma sofrendo imediato mal súbito, haja vista que ela somava tal voto
ser favorável a Sil, apoiado pela mesma.
Tudo está como antes: a mesa 2018 ainda não é
conhecida.
(Jota Marcelo)
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