Seminário de Comercialização de grãos teve início em Chapadão do Céu e abordou sobre a comercialização e desafios logísticos – Fotos: Larissa Melo
Eduardo Peixoto, produtor de soja e milho, destacou a importância do evento e elogiou a iniciativa da Faeg
Pedro Arantes, explica que o produtor tem conseguido aproveitar com facilidade a tecnologia para aumentar a produtividade, inclusive na etapa de logística
Antônio
Roque acredita que preciso acreditar no potencial agrícola do estado
Descompasso
entre oferta e demanda e aspectos relacionados à viabilidade e comercialização
de grãos foram as principais temáticas abordadas no primeiro encontro do Fórum de Comercialização e Mercado Agrícola, realizado no dia 30 de janeiro, em Chapadão do Céu. Promovido pela
Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o fórum seguirá até o
próximo dia 15 de fevereiro, sendo realizado em dez municípios goianos.
No
evento em Chapadão do Céu, o consultor de mercado agrícola, Vlamir Brandalizze,
explanou sobre as principais demandas mundiais e os aspectos políticos que
afetam a economia e o trabalho no campo. Segundo ele, é necessário chamar a
atenção para as oportunidades do Brasil, em função da capacidade limitada que
outros países têm em aumentar sua produção de alimentos. De acordo com Vlamir,
é preciso que haja uma ampliação e investimentos na infraestrutura de
escoamento, principalmente na área de embarque dos portos – que em 2016, em um
determinado mês, atingiu o máximo da capacidade, em torno de 10 milhões de
toneladas no mês.
O
presidente da Faeg, José Mário Schreiner, avaliou importante a troca de
informações possibilitadas por meio de eventos como o fórum. Para ele, o
diálogo e o debate aprimoram o produtor a buscar soluções diárias e
complementares para a tomada de decisão na hora da comercialização de seu
produto. Como exemplo, ele citou a China, com uma economia voltada ao consumo,
a saída da Grã-Bretanha do bloco europeu, o chamado ‘Brexit’, que influencia o
mercado no Brasil e o ‘Efeito Trump’, movimentos que poderão fazer com que o
Brasil se insira positivamente no mercado. “Eventos como estes deverão, sem
dúvida nenhuma, dar mais oportunidades ao setor agropecuário”, sinaliza.
Desafios de mercado
O
consultor técnico da Faeg, Pedro Arantes, explica que o produtor tem conseguido
aproveitar com facilidade a tecnologia para aumentar a produtividade, inclusive
na etapa de logística. Apesar disso, ele acredita que a comercialização ainda
seja um dos grandes gargalos que o produtor enfrenta. “A formação de preço é
complexa, porque ela sofre influência do mundo inteiro. Por conta destes
fatores os produtores têm mudado sua expectativa constantemente, e por isso,
negociam a todo o momento. Portanto, a interação de mercado torna muito
complexa para o produtor acompanhar de perto”, pontua.
O
vice-presidente institucional da Faeg, Bartolomeu Braz, destaca a necessidade
de levar informações atualizadas para o produtor, diante da baixa
comercialização de seu produto. “Hoje a expectativa de safra está um pouco
acima do que a do ano passado. Nosso Estado está na média regular para cima,
porque estamos colhendo acima de 50 sacos. Então, se isso ocorrer teremos uma
safra recorde, proporcionando uma oferta grande, com preços de mercado. É
necessário, portanto, que o produtor fique atento para não vender seu produto
abaixo do preço”, destaca.
Perspectiva mercado
O
presidente do Sindicato Rural (SR) de Chapadão do Céu, Antônio Roque, acredita
que não adianta nada produzir apenas para dentro da porteira e não saber
vender. “Precisamos direcionar de maneira correta o nosso produto para termos
lucratividade em nossas propriedades. Cada vez mais devemos acreditar em nosso
potencial agrícola. Somos excelentes em produtividade, mas precisamos melhorar
as nossas lideranças para que o nosso agronegócio ganhe mais espaço”, relata.
Walter
Roque Rigodanzo, produtor há mais de 30 anos, diz que é necessário buscar cada
vez mais informações à respeito do mercado. “Precisamos ter mais subsídios para
a tomada de decisão, tanto de vendas e insumos. Precisamos ter noção de mercado
e, principalmente, do momento certo de comercializar o grão. Como produtor, o
diferencial é conhecer bem as oscilações do mercado”, pontua.
Eduardo
Peixoto, produtor de soja e milho, destacou a importância do evento. Ele
elogiou a iniciativa da Faeg, dizendo que a Federação proporcionou, por meio do
fórum, que o produtor tivesse uma visão global de tudo que influencia a
comercialização. “Quando nós tratamos de mercado, estamos falando de algo que
não temos controle, mas com informações econômicas conseguiremos melhorar nossa
forma de vender o nosso produto e com certeza acertaremos na hora de
comercializar”, conclui.
Próximos encontros nas cidades goianas
Mineiros
e região. 31/01/17 (terça), 19h. Tattersal do Parque de Exposições. Av. Hino
Resende, esquina com a BR-364, setor Pecuário. Mineiros
Jataí
e região. Data: 01/02/17 (quarta). 19h. Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
Rua Manoel Inácio, 10, Centro. Jataí
Rio
Verde e região. 02/02/17 (quinta). 19h. Salão Verde do Sindicato Rural. Rua 72,
nº 346 (Parque de Exposições), bairro Popular. Rio Verde
Itumbiara
e região. 06/02/17 (segunda). 19h. Auditório do Sindicato Rural. Av. Modesto de
Carvalho, 1.887, Vila Vitória. Itumbiara
Vicentinópolis
e região. 07/02/17 (terça). 19h. Rua Tancredo de Almeida Neves, 170, bairro São
Sebastião. Vicentinópolis
Ipameri
e região. 08/02/17 (quarta). 19h. Salão de eventos do Sindicato Rural. Rua José
Balduíno dos Santos, 770, Centro (Parque de Exposição Agropecuária). Ipameri
Formosa
e região. 09/02/17 (quinta). 19h. Salão do Sindicato Rural. Av. Brasília, 2.402,
setor Industrial. Formosa
Silvânia
e região. 14/02/17 (terça). 19h. Salão de eventos da AABB. 2º Avenida, quadra 4,
lote 24, nº 833, bairro Nossa Senhora de Fátima. Silvânia
Porangatu
e região. 15/02/17. 19h. Salão de eventos do Sindicato Rural. Av. Brasília, snº.
Parque Agropecuário Hilton Monteiro da Rocha, Vila Rosa. Porangatu