Marconi Perillo
Encerradas as eleições, a hora é de avaliação dos resultados alcançados e de reflexão sobre os próximos passos da política tanto nos municípios quanto em termos de Estado. O ponto que destaco em primeiro lugar é mais uma vez o extremo caráter democrático do momento eleitoral. Votar faz bem para o cidadão, reoxigena as instâncias do poder, renova o compromisso entre os eleitores e seus representantes, diminui a distância entre o povo e os donos dos mandatos, obriga os políticos a calçar as sandálias da humildade e abre novos rumos para o desenvolvimento político do País.
Particularmente, tenho um gosto especial por eleições. Desde os meus primeiros passos na política, nunca tive medo do voto porque sempre soube respeitar a total e absoluta soberania do eleitor, decidindo de acordo com as suas convicções o que é melhor para o futuro. Em todos os pleitos que disputei, empenhei a fundo a minha mente e o meu coração no processo de campanha eleitoral, porém ciente de que ganhar ou perder são as duas faces do mesmo jogo - a critério exclusivo do cidadão e de mais ninguém. Nunca me decepcionei.
A vibração, a adrenalina, o delicado equilíbrio entre os lados emocional e racional, tudo isso faz das eleições um instante de paixão coletiva que sempre mexe com as pessoas. Mais uma vez, nas últimas semanas, tive a chance de testemunhar de perto a intensa movimentação política nos municípios, caminhando ombro a ombro com aliados em 201 cidades, algumas por repetidas vezes. Senti de perto os anseios de cada comunidade, ouvi reivindicações, avalizei projetos de governo e, sobretudo, dei apoio a candidatos alavancados por boas propostas e um perfil pessoal em que honestidade e competência são os itens de maior peso. Nem posso dizer que me cansei, porque foi uma maratona de forte conteúdo cívico e de muita alegria também, no embalo das ruas e das praças repletas de multidões. Um contato direto, capaz de restaurar esperanças e renovar expectativas para o cansativo e extenuante exercício da política.
Nos 50 maiores municípios do Estado, a coligação política que integro conseguiu eleger 35 prefeitos. No geral, companheiros da base aliada estarão administrando 181 prefeituras a partir de janeiro, cada um procurando levar a efeito os princípios gerais que orientam o nosso arco de partidos: jamais alcançar o poder pelo poder, mas pensar de maneira mais ampla, buscando realizações para o conjunto da população a partir de propostas viáveis e exeqüíveis que efetivamente melhorem a vida de cada cidadão.
Mais importante que ganhar a eleição é administrar com retidão e eficácia, dialogando em caráter permanente com a sociedade. Sem desvios, manter o foco no projeto administrativo aprovado pelos cidadãos: a orientação que emana do voto deve ser seguida com atenção, cumprindo os compromissos de campanha e transformando cada um deles em fatos concretos no menor prazo possível. Toda eleição é sinalizadora para o futuro. É assim que os políticos devem receber os resultados, procurando interpretar a mensagem enviada pelo eleitor, de olho nas tendências apontadas pela contagem final dos sufrágios, seja na definição da vitória, seja na caracterização da derrota. Pelas páginas do Diário da Manhã, quero aproveitar a oportunidade para cumprimentar todos os que participaram da última campanha. Mais ainda, parabenizar os que levaram a sua luta até o dia cinco sem resvalar para as baixarias, jamais abandonando a discussão em alto nível de propostas e de soluções para os seus respectivos municípios. Cumprimentar, especialmente, os que venceram, de todos os partidos, e passam daqui para a frente a encarar o desafio de administrar em tempos de crise na economia e incerteza no mercado, com reflexos para todas as esferas do poder público. Desejo sucesso a todos eles, pelo bem da população das suas cidades. Que se realizem como bons gestores, não só administrativamente, como também politicamente, governando em paz, governando democraticamente, governando, enfim, em sintonia com toda a comunidade.
Muitas vezes, as derrotas têm mais a ensinar do que as vitórias, mais ainda quando deixam um exemplo de luta e perseverança. Por isso, cumprimento também os que não chegaram à frente, mesmo batalhando com força e determinação - e espero que se tornem mais maduros, mais experientes, mais preparados. Os que perderam, mas podem agora seguir de cabeça erguida, porque souberam conduzir a campanha com dignidade, sem ataques e sem agressões rasteiras. Cumpriram o seu dever. Cumpriram a sua missão.
Aos amigos da base aliada que disputaram as últimas eleições, vencedores ou não, uma palavra de carinho, afeto e solidariedade: contem comigo. Novos horizontes despontam e sei que, separados, podemos menos, mas juntos podemos muito mais. Em qualquer circunstância, devemos e podemos nos manter unidos, confiantes na qualidade do nosso trabalho e na força das nossas idéias.
Marconi Perillo é senador (PSDB) e foi governador de Goiás (1999-2006)
Particularmente, tenho um gosto especial por eleições. Desde os meus primeiros passos na política, nunca tive medo do voto porque sempre soube respeitar a total e absoluta soberania do eleitor, decidindo de acordo com as suas convicções o que é melhor para o futuro. Em todos os pleitos que disputei, empenhei a fundo a minha mente e o meu coração no processo de campanha eleitoral, porém ciente de que ganhar ou perder são as duas faces do mesmo jogo - a critério exclusivo do cidadão e de mais ninguém. Nunca me decepcionei.
A vibração, a adrenalina, o delicado equilíbrio entre os lados emocional e racional, tudo isso faz das eleições um instante de paixão coletiva que sempre mexe com as pessoas. Mais uma vez, nas últimas semanas, tive a chance de testemunhar de perto a intensa movimentação política nos municípios, caminhando ombro a ombro com aliados em 201 cidades, algumas por repetidas vezes. Senti de perto os anseios de cada comunidade, ouvi reivindicações, avalizei projetos de governo e, sobretudo, dei apoio a candidatos alavancados por boas propostas e um perfil pessoal em que honestidade e competência são os itens de maior peso. Nem posso dizer que me cansei, porque foi uma maratona de forte conteúdo cívico e de muita alegria também, no embalo das ruas e das praças repletas de multidões. Um contato direto, capaz de restaurar esperanças e renovar expectativas para o cansativo e extenuante exercício da política.
Nos 50 maiores municípios do Estado, a coligação política que integro conseguiu eleger 35 prefeitos. No geral, companheiros da base aliada estarão administrando 181 prefeituras a partir de janeiro, cada um procurando levar a efeito os princípios gerais que orientam o nosso arco de partidos: jamais alcançar o poder pelo poder, mas pensar de maneira mais ampla, buscando realizações para o conjunto da população a partir de propostas viáveis e exeqüíveis que efetivamente melhorem a vida de cada cidadão.
Mais importante que ganhar a eleição é administrar com retidão e eficácia, dialogando em caráter permanente com a sociedade. Sem desvios, manter o foco no projeto administrativo aprovado pelos cidadãos: a orientação que emana do voto deve ser seguida com atenção, cumprindo os compromissos de campanha e transformando cada um deles em fatos concretos no menor prazo possível. Toda eleição é sinalizadora para o futuro. É assim que os políticos devem receber os resultados, procurando interpretar a mensagem enviada pelo eleitor, de olho nas tendências apontadas pela contagem final dos sufrágios, seja na definição da vitória, seja na caracterização da derrota. Pelas páginas do Diário da Manhã, quero aproveitar a oportunidade para cumprimentar todos os que participaram da última campanha. Mais ainda, parabenizar os que levaram a sua luta até o dia cinco sem resvalar para as baixarias, jamais abandonando a discussão em alto nível de propostas e de soluções para os seus respectivos municípios. Cumprimentar, especialmente, os que venceram, de todos os partidos, e passam daqui para a frente a encarar o desafio de administrar em tempos de crise na economia e incerteza no mercado, com reflexos para todas as esferas do poder público. Desejo sucesso a todos eles, pelo bem da população das suas cidades. Que se realizem como bons gestores, não só administrativamente, como também politicamente, governando em paz, governando democraticamente, governando, enfim, em sintonia com toda a comunidade.
Muitas vezes, as derrotas têm mais a ensinar do que as vitórias, mais ainda quando deixam um exemplo de luta e perseverança. Por isso, cumprimento também os que não chegaram à frente, mesmo batalhando com força e determinação - e espero que se tornem mais maduros, mais experientes, mais preparados. Os que perderam, mas podem agora seguir de cabeça erguida, porque souberam conduzir a campanha com dignidade, sem ataques e sem agressões rasteiras. Cumpriram o seu dever. Cumpriram a sua missão.
Aos amigos da base aliada que disputaram as últimas eleições, vencedores ou não, uma palavra de carinho, afeto e solidariedade: contem comigo. Novos horizontes despontam e sei que, separados, podemos menos, mas juntos podemos muito mais. Em qualquer circunstância, devemos e podemos nos manter unidos, confiantes na qualidade do nosso trabalho e na força das nossas idéias.
Marconi Perillo é senador (PSDB) e foi governador de Goiás (1999-2006)
Nota da Redação: transcrito, sem adaptações, do jornal Diário da Manhã (Goiânia-GO), de 27/10/08
Nenhum comentário:
Postar um comentário