sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Educação Infantil: ensino especial e experiências de outros Estados encerram ‘Seminário’

 
Prefeito de Petrolina de 2009 a 2016, Júlio Lóssio adotou envolvimento comunitário como estratégia para ampliar o atendimento na educação infantil da cidade pernambucana – Foto: Mônica Salvador/Seduce


Raquel Teixeira (acima e, abaixo [dir.]), secretária de Educação, Cultura e Esporte: nos dois dias do Seminário, presente durante toda a programação – Foto: Mônica Salvador/Seduce

[Foto: Mônica Salvador/Seduce


Carolina Helena Micheli Velho (representante do ministro da Educação, Mendonça Filho): palestra Políticas Públicas para a Educação Infantil e prestação de outras informações – Fotos: Márcia Cristina/Jornal Cidade

Márcia Oliveira Cavalcante Campos, da Secretaria da Educação do Ceará, compartilhando experiências, com cases de sucesso da educação infantil do Estado nordestino – Foto: Mônica Salvador/Seduce



Com Raquel Teixeira comemorando, Carolina (Carol) apresentou mais uma alternativa benéfica para a educação infantil: CEBAS Educação, ‘ação que contribui de maneira efetiva para o processo de inclusão social no País por meio da garantia de oferta de bolsas, integrais ou parciais, aos estudantes de Educação Básica ou Educação Superior, constituindo-se em uma política pública de acesso’ (em informações do MEC - http://cebas.mec.gov.br/) 

Dulcéria Tartuci (Universidade Federal de Goiás – Unidade Catalão): “Estou muito feliz de saber que vamos começar uma discussão em Goiás de política articulada com Governo estadual e Municípios. Um momento histórico”

Raquel Teixeira, nos minutos finais do evento: “Tenho certeza que estamos saindo daqui diferentes do que entramos” 

Prefeito da pernambucana Petrolina nos mandatos 2009-2012 e 2013-2016, Júlio Lóssio é exemplo de grande sucesso nacional na condução da educação infantil pública 




Secretária de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira encerrou na noite de 18 de agosto, o I Seminário Internacional sobre Educação Infantil: Caminhos e Conhecimentos para o Desenvolvimento da Primeira Infância agradecendo a presença de prefeitos e secretários municipais de Educação. Desde o dia anterior, o grupo esteve reunido no auditório do Hotel San Marino, em Goiânia, para um ciclo de palestras e troca de experiências sobre o tema. A lista de palestrantes contou com especialistas de diversos Estados e também de outros Países.
“Tenho certeza que estamos saindo daqui diferentes do que entramos”, destacou a secretária ao agradecer a contribuição de cada palestrante. A titular da Seduce classificou o momento como único, uma vez que o programa Goiás Mais Competitivo e Inovador (GMCI) está proporcionando parceria entre Estado e Municípios em prol da educação infantil. “O que queremos com a Educação é o desenvolvimento pleno do ser humano, e isso começa a ser construído nos primeiros anos de vida”, comentou.

Experiências no Nordeste
A tarde de 18 de agosto contou com rodada de quatro palestras. Foi momento de especialistas de outros Estados compartilharem suas experiências. Prefeito de Petrolina-PE, entre 2009 e 2016, Júlio Lóssio adotou o envolvimento comunitário como estratégia para ampliar o atendimento na educação infantil daquele Município. Nos dois mandatos, Lóssio disse que ampliou em 150 o número de creches da cidade. O incremento levou para a rede municipal mais de 10 mil crianças.
Ele trabalhou o conceito de creches compactas e, com o apoio financeiro mensal de R$25 de cada mãe, alugou os imóveis. Ficaram para a Prefeitura os gastos de manutenção e pessoal. O trabalho fez com que a localidade alcançasse 100% das crianças com idade entre quatro e cinco anos e 80% do público alvo na faixa etária de zero a três anos ao final de 2016.
O ex-prefeito explicou que a co-participação das mães nas creches não tinha só o aspecto financeiro, elas eram envolvidas a faziam parte do processo. “Nesse País nós precisamos fazer escolhas. O poder público tem que ter limites”, pontuou. A apresentação de Lóssio foi destacada na programação do Seminário como um exemplo de experiência inovadora na área.
A secretária de Educação do Ceará, Márcia Oliveira Cavalcante, também apresentou dados sobre a iniciativa que o governo estadual teve de estabelecer um regime de cooperação com Municípios. Semelhante ao que está sendo desenvolvido em Goiás, o programa cearense começou em 2007 e conta com diversas etapas.
Mais recentemente, em 2015, foi criado o Programa Mais Infância com a união de esforços nas áreas da Educação, Saúde e Desenvolvimento Social. “É uma rede de apoio que promove a educação infantil”, resumiu a secretária. “Estamos desenvolvendo um trabalho de mudança de visão, de entendimento do que significa a Educação. É preciso fazer as pessoas entenderem a importância de se investir na Educação durante os primeiros anos de vida”, concluiu Márcia.

Mais palestras
Já a especialista Zilma de Moraes Ramos de Oliveira, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (Universidade de São Paulo [USP-SP]), abordou o tema Educação Infantil: currículo, didática e formação docente. Zilma detalhou alguns aspectos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), enfatizando ao público que a organização da base não é só uma orientação para a construção de currículos. Ela tem impactos significativos na maneira de trabalhar conteúdos.
Para Zilma, o aprendizado da criança não pode seguir a rotina que é trabalhada nos ensinos fundamental e médio, com uma organização muito fechada. “O foco não deve ser na perspectiva do professor, e sim na do aluno. A criança constrói experiência com sua noção espaço-tempo, que é diferente da nossa”, explicou.
A especialista defende que o conhecimento da criança não se dá dentro de uma rotina, portanto, não é possível estabelecer horários específicos para o aprendizado. “A abordagem do currículo se dá desde a hora que a criança entra até a hora que ela sai da unidade de ensino”, completou.
Na última palestra, a professora Dulcéria Tartuci, da Universidade Federal de Goiás (UFG) – Unidade Catalão, falou sobre educação infantil e a inclusão da criança público-alvo da educação especial. “Estou muito feliz de saber que vamos começar uma discussão em Goiás de política articulada com Governo estadual e Municípios. Esse é um momento histórico”, disse ao elogiar a iniciativa do GMCI.
A especialista expôs levantamento sobre o número de vagas destinadas às crianças público-alvo da educação especial, evidenciando a necessidade de dar mais atenção ao assunto. Dulcéria também disse que o País não possui nenhuma diretriz com relação à estimulação precoce para crianças de zero a três anos com alguma deficiência. “Os documentos básicos que temos hoje estão vinculados à área da Saúde. As instituições de educação infantil não estão pensando nisso”, disse.
A professora da UFG ainda abordou a urgência em se pensar na adaptação da estrutura física de creches e pré-escolas para receber os alunos. “Um dos nossos desafios é conjugar novas formas de organização escolar”, destacou, ao defender a criação de um currículo para a educação infantil, bem como o investimento na formação de professores e gestores.

Sobre o Seminário
O I Seminário Internacional sobre Educação Infantil: Caminhos e Conhecimentos para o Desenvolvimento da Primeira Infância é uma iniciativa da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério da Educação (MEC) e, integra o desafio de promoção do acesso à educação infantil do programa Goiás Mais Competitivo e Inovador do Governo de Goiás.

[Nota do Blog: leia mais sobre o evento:

(Informações, com acréscimo de dados do Blog: Comunicação Setorial da Seduce)

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