Prefeito de Petrolina de 2009 a 2016, Júlio Lóssio adotou envolvimento comunitário como estratégia para ampliar o atendimento na educação infantil da cidade pernambucana – Foto: Mônica Salvador/Seduce
Raquel Teixeira (acima e, abaixo [dir.]), secretária de Educação, Cultura e Esporte: nos dois dias do Seminário, presente durante toda a programação – Foto: Mônica Salvador/Seduce
[Foto: Mônica Salvador/Seduce
Carolina Helena Micheli Velho (representante do ministro da Educação, Mendonça Filho): palestra Políticas Públicas para a Educação Infantil e prestação de outras informações – Fotos: Márcia Cristina/Jornal Cidade
Márcia Oliveira Cavalcante Campos, da Secretaria da Educação do Ceará, compartilhando experiências, com cases de sucesso da educação infantil
do Estado nordestino – Foto: Mônica Salvador/Seduce
Com Raquel Teixeira comemorando, Carolina (Carol) apresentou mais uma alternativa benéfica para a educação infantil: CEBAS Educação, ‘ação que contribui de maneira efetiva para o processo de inclusão social no País por meio da garantia de oferta de bolsas, integrais ou parciais, aos estudantes de Educação Básica ou Educação Superior, constituindo-se em uma política pública de acesso’ (em informações do MEC - http://cebas.mec.gov.br/)
Dulcéria Tartuci (Universidade Federal de Goiás – Unidade Catalão): “Estou muito feliz de saber que vamos começar uma discussão em Goiás de política articulada com Governo estadual e Municípios. Um momento histórico”
Raquel Teixeira, nos minutos finais do evento: “Tenho certeza que estamos saindo daqui diferentes do que entramos”
Prefeito da pernambucana Petrolina nos mandatos 2009-2012 e 2013-2016, Júlio Lóssio é exemplo de grande sucesso nacional na condução da educação infantil pública
Secretária
de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira encerrou na noite de 18 de
agosto, o I Seminário Internacional sobre
Educação Infantil: Caminhos e Conhecimentos para o Desenvolvimento da Primeira
Infância agradecendo a presença de prefeitos e secretários municipais
de Educação. Desde o dia anterior, o grupo esteve reunido no auditório do Hotel
San Marino, em Goiânia, para um ciclo de palestras e troca de experiências
sobre o tema. A lista de palestrantes contou com especialistas de diversos
Estados e também de outros Países.
“Tenho
certeza que estamos saindo daqui diferentes do que entramos”, destacou a
secretária ao agradecer a contribuição de cada palestrante. A titular da Seduce
classificou o momento como único, uma vez que o programa Goiás Mais Competitivo
e Inovador (GMCI) está proporcionando parceria entre Estado e Municípios em
prol da educação infantil. “O que queremos com a Educação é o desenvolvimento
pleno do ser humano, e isso começa a ser construído nos primeiros anos de
vida”, comentou.
Experiências no Nordeste
A
tarde de 18 de agosto contou com rodada de quatro palestras. Foi momento de
especialistas de outros Estados compartilharem suas experiências. Prefeito de
Petrolina-PE, entre 2009 e 2016, Júlio Lóssio adotou o envolvimento comunitário
como estratégia para ampliar o atendimento na educação infantil daquele Município.
Nos dois mandatos, Lóssio disse que ampliou em 150 o número de creches da
cidade. O incremento levou para a rede municipal mais de 10 mil crianças.
Ele
trabalhou o conceito de creches compactas e, com o apoio financeiro mensal de
R$25 de cada mãe, alugou os imóveis. Ficaram para a Prefeitura os gastos de
manutenção e pessoal. O trabalho fez com que a localidade alcançasse 100% das
crianças com idade entre quatro e cinco anos e 80% do público alvo na faixa
etária de zero a três anos ao final de 2016.
O
ex-prefeito explicou que a co-participação das mães nas creches não tinha só o
aspecto financeiro, elas eram envolvidas a faziam parte do processo. “Nesse País
nós precisamos fazer escolhas. O poder público tem que ter limites”, pontuou. A
apresentação de Lóssio foi destacada na programação do Seminário como um exemplo de experiência inovadora na área.
A
secretária de Educação do Ceará, Márcia Oliveira Cavalcante, também apresentou
dados sobre a iniciativa que o governo estadual teve de estabelecer um regime
de cooperação com Municípios. Semelhante ao que está sendo desenvolvido em
Goiás, o programa cearense começou em 2007 e conta com diversas etapas.
Mais
recentemente, em 2015, foi criado o Programa Mais Infância com a união de
esforços nas áreas da Educação, Saúde e Desenvolvimento Social. “É uma rede de
apoio que promove a educação infantil”, resumiu a secretária. “Estamos
desenvolvendo um trabalho de mudança de visão, de entendimento do que significa
a Educação. É preciso fazer as pessoas entenderem a importância de se investir
na Educação durante os primeiros anos de vida”, concluiu Márcia.
Mais palestras
Já a
especialista Zilma de Moraes Ramos de Oliveira, da Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Ribeirão Preto (Universidade de São Paulo [USP-SP]), abordou
o tema Educação Infantil: currículo,
didática e formação docente. Zilma detalhou alguns aspectos da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), enfatizando ao público que a organização da
base não é só uma orientação para a construção de currículos. Ela tem impactos
significativos na maneira de trabalhar conteúdos.
Para
Zilma, o aprendizado da criança não pode seguir a rotina que é trabalhada nos ensinos
fundamental e médio, com uma organização muito fechada. “O foco não deve ser na
perspectiva do professor, e sim na do aluno. A criança constrói experiência com
sua noção espaço-tempo, que é diferente da nossa”, explicou.
A
especialista defende que o conhecimento da criança não se dá dentro de uma
rotina, portanto, não é possível estabelecer horários específicos para o
aprendizado. “A abordagem do currículo se dá desde a hora que a criança entra
até a hora que ela sai da unidade de ensino”, completou.
Na
última palestra, a professora Dulcéria Tartuci, da Universidade Federal de
Goiás (UFG) – Unidade Catalão, falou sobre educação infantil e a inclusão da
criança público-alvo da educação especial. “Estou muito feliz de saber que
vamos começar uma discussão em Goiás de política articulada com Governo
estadual e Municípios. Esse é um momento histórico”, disse ao elogiar a
iniciativa do GMCI.
A
especialista expôs levantamento sobre o número de vagas destinadas às crianças
público-alvo da educação especial, evidenciando a necessidade de dar mais
atenção ao assunto. Dulcéria também disse que o País não possui nenhuma
diretriz com relação à estimulação precoce para crianças de zero a três anos
com alguma deficiência. “Os documentos básicos que temos hoje estão vinculados
à área da Saúde. As instituições de educação infantil não estão pensando
nisso”, disse.
A
professora da UFG ainda abordou a urgência em se pensar na adaptação da
estrutura física de creches e pré-escolas para receber os alunos. “Um dos
nossos desafios é conjugar novas formas de organização escolar”, destacou, ao
defender a criação de um currículo para a educação infantil, bem como o
investimento na formação de professores e gestores.
Sobre o Seminário
O I
Seminário Internacional sobre Educação Infantil: Caminhos e Conhecimentos para
o Desenvolvimento da Primeira Infância é uma iniciativa da Secretaria de
Educação, Cultura e Esporte (Seduce), em parceria com o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério da Educação (MEC) e,
integra o desafio de promoção do acesso à educação infantil do programa Goiás
Mais Competitivo e Inovador do Governo de Goiás.
[Nota do Blog:
leia mais sobre o evento:
(Informações, com acréscimo de dados do Blog: Comunicação Setorial da Seduce)
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